Entregas de fertilizantes aumentam em 11,4% no Brasil
Brasil
Jorge Tame Jr. é o novo diretor comercial da Stoller. (Stoller do Brasil)
Pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagri avançam no desenvolvimento de bioinsumo para controle do percevejo-do-grão (Oebalus poecilus) nas lavouras de arroz irrigado em SC. O microrganismo Beauveria spp. mostrou potencial para diminuir custos, melhorar a qualidade do grão e reduzir o risco de contaminação de água e solo. (Epagri)
Programa Cana IAC, do Instituto Agronômico de Campinas, desenvolveu experimentos com nematicidas e inseticidas biológicos em cana-de-açúcar. Dentre os resultados, destacam-se a eficiência de microrganismos de uso relativamente novo na canavicultura, como o fungo Cordyceps para controle de cigarrinha-da-cana e a microvespa Tetrastichus no controle da broca-da-cana. “Sobre os resultados dessas tecnologias mais recentes, de modo geral, as reduções populacionais de broca foram significativas, os índices de intensidade de infestação caíram para menos da metade da área não tratada”. (IAC)
Índice de Poder de Compra de Fertilizantes de julho fechou em 1,32, registrando alta de 4,6% em relação ao mês anterior. Essa variação foi impulsionada por cenário global instável, marcado pela queda nos preços das commodities e aumento nos preços dos fertilizantes. (The Mosaic Company)
Associação Nacional para Difusão de Adubos revela que, de janeiro a maio de 2025, as entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro totalizaram 15,83 milhões de toneladas, aumento de 11,4% ante mesmo período de 2024. Apenas em maio, foram entregues 3,70 milhões de toneladas, representando crescimento de 13,8% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. MT liderou as entregas no período, concentrando 24% do total. (ANDA)
Mosaic reportou lucro líquido de US$ 411 milhões e lucro por ação diluído de US$ 1,29 no segundo trimestre de 2025. Ebitda ajustado foi de US$ 566 milhões. “O trabalho que realizamos no primeiro semestre prepara o caminho para uma segunda metade do ano mais forte, impulsionada por melhorias operacionais, redução nas paradas de planta, excelente desempenho no Brasil e fundamentos favoráveis do mercado de fertilizantes”, afirmou o CEO da empresa, Bruce Bodine. A Mosaic também concluiu seu programa de redução de custos de US$ 150 milhões iniciado dois anos atrás, com US$ 106 milhões economizados no segmento brasileiro e US$ 55 milhões em SG&A. (The Mosaic Company)
ICL divulgou resultados financeiros para o segundo trimestre de 2025, encerrado em 30 de junho. As vendas consolidadas totalizaram US$ 1,8 bilhão, cerca de US$ 80 milhões acima do registrado no ano anterior. O lucro operacional foi de US$ 181 milhões, contra US$ 211 milhões registrado no segundo trimestre de 2024, com lucro operacional ajustado de US$ 201 milhões frente aos US$ 225 milhões do mesmo período. No Brasil, os preços mais altos compensaram a queda nos volumes, embora a variação cambial tenha afetado a margem bruta. (ICL Group)
Plant Health Care prevê expansão de 90% em 2025 e mira quadruplicar participação no mercado brasileiro nos próximos cinco anos, alcançando volume acumulado de US$ 60 milhões. (PHC)
Reunião na sede do Centro de Engenharia e Automação, do Instituto Agronômico, em Jundiaí, SP, reuniu entidades e especialistas de diferentes áreas, com objetivo de avançar no desenvolvimento de estratégias eficazes ao controle da podridão-da-uva-madura. A doença, provocada por fungos, atinge áreas de cultivo do Rio Grande do Sul e também do chamado Circuito das Frutas, na região de Jundiaí, preocupando produtores e pesquisadores ante potenciais prejuízos. De acordo com o pesquisador científico Hamilton Ramos, diretor do CEA-IAC, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, o encontro no centro de pesquisas reuniu representantes da prefeitura de Jundiaí e da Associação Agrícola local, além de produtores de uva e do Instituto Biológico do Estado de SP. “Até o momento, observamos que variações de fungos que agem em Jundiaí são diferentes das identificadas no RS”, adianta Ramos. (IAC)
Presidente executivo da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários, Paulo Tibúrcio, afirmou nesta terça-feira (5/8) que os casos de recuperação judicial e extrajudicial de distribuidoras de insumos têm origem, principalmente, em falhas de governança e não representam uma crise generalizada no setor de distribuição de insumos. (Andav)
Agência de Defesa Agropecuária do Paraná conduziu, entre 28 de julho e 1º de agosto, a Operação Agro+ nos municípios que fazem limite com Marialva, cidade do Noroeste, reconhecida como a maior produtora de uva do PR. O objetivo da operação é promover a aplicação adequada de agrotóxicos, priorizando a eficiência no controle de pragas e doenças, em paralelo à redução da deriva, fenômeno que pode causar danos a culturas sensíveis e ao meio ambiente. (Adapar)
Cafeicultura brasileira movimentou US$ 493 milhões em defensivos agrícolas na safra 2024/25. O resultado se deve, sobretudo, ao aumento significativo de 20% na intensidade de tratamentos para a proteção do cultivo. O montante apurado no período só não foi mais robusto em virtude do recuo de 10% observado nos preços e custos, em reais, dos defensivos da cultura, além do impacto cambial negativo, também na faixa de 10%. Em compensação, a área potencial tratada chegou a 35,2 milhões de hectares. “Esse crescimento em adoção de tecnologias reflete cenários de pressão de pragas, doenças fúngicas e nematoides, bem como a demanda por herbicidas face à incidência de plantas invasoras”, ressalta Cristiano Limberger, especialista em pesquisas da Kynetec. “Houve registro acentuado de pragas e doenças-chave do café, tais como broca-do-café, ferrugem, cercospora e as plantas invasoras trapoeraba, buva, capim-pé-de-galinha e corda-de-viola”. (Kynetec Brasil)
FMC está investindo mais de R$ 50 milhões no Brasil neste ano para ampliar sua presença no campo. Os recursos têm servido principalmente para a contratação de equipes especializadas. (FMC Corporation)
Centro-Oeste do Paraná revela um grande potencial para o mercado de defensivos agrícolas, principalmente para as safras de verão 2025/26 e safrinha 2025/26. Levantamento da EEmovel Agro indica que, até o momento, entre 30% e 35% dos defensivos destinados à safra de verão já foram vendidos, enquanto para a safrinha, a comercialização alcança apenas de 5% a 10%. Historicamente, essa média costuma ultrapassar 80% para o período. (EEmovel Agro)
Mercado de distribuição de insumos agropecuários no Brasil registrou faturamento de R$ 167 bilhões em 2024, segundo dados da 10ª Pesquisa Nacional da Distribuição, realizada pela Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. (Andav; Cepea)
Cancelados 8 pleitos de registro de agrotóxicos em atendimento a solicitação das empresas requerentes. (DOU, Ato n° 31 de 01/08/2025, MAPA)
Em cumprimento a decisão judicial, Anvisa aprova avaliação toxicológica de abamectina da Tecnomyl. (DOU, Resolução n° 3015 de 07/08/2025, Anvisa)
Cemvita assinou acordo para instalar no RS a primeira planta industrial do mundo de biofertilizantes por bioconversão. Projeto integra agricultura e energia renovável, conta com suporte técnico e incentivos da Invest RS, e reforça o compromisso com a economia de baixo carbono na região. (Cemvita; Invest RS)
América Latina
Acadian Plant Health anunciou ampliação de sua cobertura da América do Sul para toda a América Latina, oferecendo tecnologias de bioestimulação à base da alga Ascophyllum nodosum em parceria com a Koppert e como matéria-prima para outras empresas. (Acadian Plant Health)
Corteva teve alta de 43% no lucro líquido, com US$ 2,05 bilhões no 1º semestre de 2025, receita de US$ 10,87 bilhões, e crescimento nas vendas de sementes e novos produtos de proteção de cultivos. O Ebitda ajustado subiu 14% para US$ 3,35 bilhões, e a empresa prevê receita anual de até US$ 17,8 bilhões e cenário favorável para a América Latina no 2º semestre. (Corteva)
Mercado de bioinsumos na Argentina, avaliado em US$ 124 milhões e cobrindo 18,6 milhões de hectares, cresce 14% ao ano contra 5% dos químicos, e representa 4% do setor, com destaque para tratamento de sementes com Bradyrhizobium. O governo argentino simplificou a aprovação de microrganismos geneticamente modificados, renovou a Comissão Consultiva sobre Bioinsumos para Uso Agrícola e já concedeu 55 selos “Bioprodutos Argentinos”, 40% deles nesta gestão, além de buscar harmonização regulatória no Mercosul. (Casafe)
Na Patagônia Argentina, olivicultor conseguiu cultivar oliveiras que resistiram a geadas de até -14°C ao utilizar bioestimulantes à base da alga Macrocystis pyrifera. (Biotec SA; Universidade de Buenos Aires)
Pesquisadores da Universidade Nacional da Terra do Fogo e do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina, desenvolveram o Tricho DF, bioinsumo com cepas locais de Trichoderma adaptadas ao frio extremo, que aumenta o crescimento da alface e reduz a podridão cinzenta, também presente em morangos. (INTA; Conicet)
Governo da Argentina autorizou a comercialização de um algodão geneticamente modificado, resistente a insetos lepidópteros e tolerante aos herbicidas glifosato e glufosinato de amônio, visando aumentar a produtividade e reduzir custos. (Aapresid)
Serviço Agrícola e Pecuário do Chile alterou o status fitossanitário do nematoide Aphelenchoides fragariae, causador de nanismo em morangos, de praga quarentenária ausente para praga presente no país, reforçando a exigência de controle em viveiros registrados para evitar a venda de plantas contaminadas. (SAG)
Desde 30 de junho, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar do México tem atuado em municípios para o controle de gafanhotos, oferecendo capacitação e assistência técnica para proteger cultivos essenciais como milho e feijão. O Projeto Manejo Fitossanitário destinou cerca de US$ 27.000 para insumos e reforço das ações, visando conter a praga e minimizar impactos econômicos e de produtividade. (Senasica)
Ministério da Agricultura do Uruguai confirmou presença de glifosato no pátio da Escola Agrícola de Guichón após pulverização em lavoura vizinha, que não estava registrado no Registro Único de Operadores. Houve deriva do herbicida, violando decreto que proíbe exposição, causando sintomas em alunos. (MGAP)
75% dos produtos fitossanitários importados pelo Uruguai são chineses, com 1.891 registros ativos, principalmente herbicidas. As importações uruguaias somam US$ 196,4 milhões anuais, e o país avança em regulação e uso de bioinsumos, firmando acordos com a China para segurança, rastreabilidade e inovação no setor. (Ccpia)
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