Overview by AgriBrasilis (27/09/25 – 03/10/25)

Published on: October 3, 2025

Recuperação judicial no agro cresce 31,7% e PJ supera PF em 2025

 

Produção de grãos da Argentina deve atingir um recorde de 142,6 milhões de toneladas em 2025/26, alta de 8,9% sobre a safra anterior, com destaque para milho (58 milhões de toneladas, +18,4%) e girassol (5,8 milhões, +16%). A soja deve recuar 3,6%, para 48,5 milhões de toneladas, devido à redução da área cultivada. Além disso, o amendoim bateu recorde de área plantada, com 532.991 hectares (+23%), e produção projetada de 1,81 milhão de toneladas (+22%) para 2024/25. (BCR; Senasa)

Produção de açúcar no Centro-Sul na 1ª quinzena de setembro chegou a 3,62 milhões de toneladas (+15,72 % ano a ano). Volume de cana destinado à produção de açúcar caiu para 53,5 %, indicando maior competitividade do etanol. (Unica)

Pedidos de recuperação judicial no agro somaram 565 no 2º trimestre de 2025, com aumento de 31,7 %. Pela primeira vez desde 2023, produtores pessoa jurídica superaram os produtores pessoa física. (Serasa Experian)

Colheita da segunda safra de milho atingiu 99,6 % da área e a produção ultrapassou 138 milhões de toneladas. As usinas de etanol de milho têm desempenhado papel fundamental em sustentar preços internos mesmo com oferta elevada. (Conab)

Safra de soja 2025/26 foi projetada em recorde de 178,6 milhões de toneladas. O aumento de mais de 5% em relação ao ciclo anterior reflete expectativas de maior área plantada e bom clima inicial para o plantio. (StoneX)

SLC Agrícola lançou o maior projeto de mensuração de carbono do agronegócio brasileiro, cobrindo 736 mil hectares em 23 fazendas. Desenvolvido em parceria com a Fluere, o sistema registrou a captura de mais de 500 mil toneladas de CO₂ em 2024 por meio de práticas regenerativas. A companhia pretende alcançar a neutralidade em carbono até 2030. (SLC Agrícola)

Exportações brasileiras de café em 2025 devem ficar entre 40 e 41 milhões de sacas de 60 kg, cerca de 20% abaixo do recorde de 2024 (50,58 milhões). Estoques reduzidos, colheitas menores e tarifas dos EUA limitam os embarques. (Cecafé)

Embrapa encerrou em São Paulo a série Diálogos pelo Clima em preparação para a COP30. O evento reuniu especialistas, governo e setor privado para discutir impactos da mudança climática na Mata Atlântica e práticas agrícolas sustentáveis. As contribuições serão consolidadas em documento a ser entregue à presidência da COP30 em outubro. (Embrapa)

Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou a aquisição da Mig-Plus, fabricante de nutrição animal no Rio Grande do Sul, pela Cargill. A multinacional passa a controlar duas unidades fabris voltadas a rações e suplementos para suínos, ruminantes e outras espécies, reforçando sua presença em região estratégica para a pecuária. (Cade; Cargill)

Frente Parlamentar da Agropecuária conseguiu adiar a votação da Medida Provisória 1.303/2025, que propõe a taxação de 7,5% sobre os rendimentos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), instrumento financeiro essencial para o crédito rural. Após pressão do setor, o relator da MP admitiu rever o texto, com a possibilidade de reduzir a alíquota para menos de 5% ou até mesmo suspender totalmente a tributação. A FPA argumenta que a cobrança pode encarecer o financiamento agrícola e prejudicar pequenos e médios produtores. (FPA)



Indústria de mirtilo iniciou a temporada 2025/26 durante o evento “Blueberry Day 2025” em Ñuble. O setor aposta em novas variedades, diversificação de mercados e melhoria de qualidade para enfrentar maior competição internacional. (Comité de Arándanos de Chile)

Exportações de café ultrapassaram US$ 5,4 bilhões nos últimos 12 meses, recorde histórico. O país produziu 14,79 milhões de sacas, 18% acima do período anterior. (FNC)

De janeiro até agosto, a Colômbia embarcou 3.355 contêineres refrigerados de limão Tahiti, acréscimo de 6,2 % ante 2024. Os EUA foram destino de 2.615 contêineres. (Grupo Puerto de Cartagena)  

Entre janeiro e julho a Colômbia exportou 176.357 cabeças de gado vivo, 23.755 toneladas de carne e despojos e 7.320 toneladas de lácteos. Agosto foi o mês com maior embarque de animais no ano. (Fedegán)

Governo revisou os preços mínimos de exportação para tomate fresco. Tomate cereja ficou em US$ 1,50/kg; o tomate bola varia de US$ 0,95/kg (com talo) a US$ 1,65/kg (com talo), ou US$ 1,70/kg (em racimo). A medida visa proteger os produtores frente ao fim do acordo antidumping com os EUA. (Sader)



JBS anunciou investimento de US$ 70 milhões na planta avícola Pollos Amanecer no Paraguai. Após reformas, a unidade passará a processar 100.000 aves por dia e terá 28 granjas, incubatórios e fábrica de ração, com metas para exportação. (JBS)

Ministério da Agricultura lançou o aplicativo AgroDigital, que beneficiará 400 mil produtores de café e cacau. A ferramenta permitirá acesso a geolocalização, monitoramento por satélite, consulta de preços e certificações, fortalecendo a competitividade das cadeias produtivas. (Midagri)

Peru será sede da presidência de Fontagro, fundo regional de cofinanciamento criado em 1998 que apoia pesquisa, desenvolvimento e inovação agrícola na América Latina e Caribe, após decisão anunciada durante encontro em Buenos Aires. A medida reforça o papel do país na agenda regional de inovação e sustentabilidade agrícola. (Midagri)

Nos nove primeiros meses de 2025, o Uruguai exportou 396.558 toneladas de carne bovina, alta de 8,2% em relação a 2024, com receitas de US$ 1,96 bilhão (+30%). O preço médio de exportação atingiu US$ 4.950/t (+20,2%). China lidera as compras com 142.034 toneladas, seguida por EUA (132.871 t) e UE (54.032 t). (INAC)

Apesar da queda histórica no rebanho (-11,2%, para 4,75 milhões de cabeças), o setor de lã apresenta forte expansão, com preços recordes e demanda crescente, especialmente da China. A lã do tipo Merino certificada chega a US$ 7/kg e o mercado projeta a produção mais relevante em décadas. O preço da carne ovina está 41% superior ante os preços do ano passado. (SUL)

Há 54% a 60% de probabilidade de formação do fenômeno La Niña entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026, trazendo altas temperaturas e chuvas escassas. O evento pode prolongar a seca até abril e comprometer a produtividade agrícola, repetindo perdas severas como as de 2020–2022. (NOAA)


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