Exportações do agro aos EUA despencam 17,6%
Bolsa de Buenos Aires vive novo colapso: o índice Merval acumula queda de 31,8% em pesos e mais de 50% em dólar até 9 de setembro, pior desempenho desde 2008. A instabilidade se soma ao câmbio pressionado, em que o dólar já encosta no limite da banda cambial, mesmo com o governo Milei reforçando controles. (Bolsa de Buenos Aires)
Secretário de Agricultura, Sergio Iraeta, esteve em Brasília para encontro com o ministro da agricultura do Brasil, Carlos Fávaro. Na pauta, destacou-se a proposta argentina de regionalização do comércio de carne de frango, que permitiria restringir eventuais barreiras às áreas afetadas por surtos de Doença de Newcastle e/ou Influenza Aviária, mantendo o fluxo bilateral. Também avançaram discussões sobre o uso do certificado eletrônico fitossanitário e sobre acordos de reconhecimento mútuo em defensivos agrícolas, medicamentos veterinários e produtos orgânicos, voltados a reduzir burocracia e custos de exportação. (Secretaria de Agricultura)
Bolsa de Comércio de Rosário projeta safra recorde de milho em 2025/26, estimada em 61 milhões de toneladas, com expansão de 16,8% na área plantada. A soja deve recuar para 16,4 milhões de hectares (-7%), com produção prevista de 47 milhões de toneladas. Para o trigo, o excesso de chuvas desde julho traz efeitos regionais distintos, mas a produção pode superar 20 milhões de toneladas. (BCR)
Orçamento 2026 da Argentina projeta receita de US$ 63,5 bilhões, aumento de 22,5%, enquanto as exportações agrícolas seguirão com tributo de US$ 6,8 bilhões, sem menção direta ao setor no discurso de Milei, o que levou a Sociedade Rural Argentina a cobrar investimentos em infraestrutura e conectividade para estimular produção e empregos. (SRA)
Recorde de 70,01 milhões de toneladas em Declarações de Vendas ao Exterior até agosto de 2025, superando o máximo histórico de 66,39 milhões e quase 10 milhões acima da média dos últimos cinco anos. O setor agroindustrial gerou US$ 21,34 bilhões no período, 32% a mais que em 2024. (CIARA-CEC)
Grow Farms realizou a primeira exportação de alfalfa para Gana, com planos de expansão para a Nigéria. O processo, que levou seis meses, integra a estratégia de posicionar as forragens argentinas em mercados exigentes. A empresa atua como único vendedor internacional, gerenciando produção, qualidade, logística e financiamento, e exportou mais de 35.000 toneladas no ano passado. (Grow Farms)
Agricultores que participaram do CONSERV, projeto que remunera proprietários rurais para conservar áreas de vegetação nativa além da reserva legal, continuam preservando mesmo após o fim dos pagamentos da primeira etapa. Entre 2020 e 2024, a iniciativa protegeu mais de 27 mil hectares excedentes no Cerrado e na Amazônia. O sucesso mostrou que compensações financeiras podem reduzir o desmatamento e abrir caminho para ampliar o modelo, conciliando produção agropecuária e conservação ambiental. O projeto é conduzido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. (IPAM)
Após queda de 15% nos preços do frango congelado desde maio, o setor avícola aposta na retomada das exportações para a China, suspensas após caso de gripe aviária no RS. A ausência da China afetou especialmente a venda de pés de frango, antes comercializados a US$ 3/kg para o país asiático. De janeiro a agosto, o Brasil exportou 3,394 milhões de toneladas de carne de frango (-1,1%), com receita de US$ 6,308 bilhões (-0,2%). (Cepea; APA)
Exportações brasileiras de cafés do tipo solúvel e especial para os EUA caíram em agosto após o tarifaço imposto pelos EUA. Exportação de café solúvel caiu 59,9% ante agosto de 2024, enquanto a de cafés especiais recuou 79,5%. “Muitos contratos que haviam sido assinados vêm sendo suspensos, cancelados ou adiados, a pedido dos importadores americanos, uma vez que a taxação de 50% sobre os cafés especiais brasileiros torna praticamente inviável a realização desses negócios, devido aos preços extremamente elevados”, disse a presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais, Carmem Lucia de Brito (ABICS; BSCA)
Produção de milho 2025/26 pode alcançar 142,5 milhões de toneladas, crescimento de 1,75% ante a safra anterior. O avanço é impulsionado pela expansão de 3% na área do milho de verão, que deve render 25,5 milhões de toneladas, e pela expectativa de estabilidade na segunda safra, projetada em 101,2 milhões de toneladas, volume recorde. Área total de milho deve atingir 21,6 milhões de hectares, alta de 1,4%. (Safras & Mercado)
Exportações do agronegócio brasileiro para os EUA caíram 17,6% em agosto, para US$ 765 milhões. As maiores quedas ocorreram na carne bovina in natura (-46,2%) e industrializada (-33%). Já os embarques para a China aumentaram 32,9%, alcançando US$ 5,12 bilhões, com destaque para café verde (+131,8%), carne bovina (+89,8%) e açúcar (+20,3%). (MAPA)
Fenômeno climático conhecido como “oscilação de Madden-Julian” deve alterar o padrão climático no Brasil a partir da segunda quinzena de setembro, trazendo chuvas para áreas que enfrentam mais de 100 dias de seca, como Brasília. O fenômeno aumenta a instabilidade atmosférica nos trópicos e pode provocar temporais, além de elevar o risco de ciclones extratropicais no Sul. A expectativa é de precipitações irregulares em quase todo o país, favorecendo o início do plantio da soja no Centro-Oeste. (MetSul)
Grupo SADA vai investir R$ 1,1 bilhão em duas usinas flex [modelo flex, capaz de processar milho ou cana-de-açúcar] de etanol em Jaíba, MG, e Montes Claros de Goiás, GO. Os projetos incluem geração própria de energia e produção de coprodutos como DDGS e óleo de milho, com início de operação previsto entre 2026 e 2027. (Grupo SADA)
Entre janeiro e agosto de 2025, as exportações de nozes chilenas cresceram 45%, totalizando mais de US$ 339 milhões, com destaque para Itália, Alemanha, Turquia, Índia e Espanha, e novos mercados na América Central e Caribe. O Chile se consolidou como o segundo maior exportador de nozes com casca e o terceiro sem casca. (Nueces del Sur)
Após 2024 marcado por baixa rentabilidade e problemas climáticos, a exportação de bananas mostra sinais claros de recuperação. Aumento de 22% no primeiro semestre de 2025, ante mesmo período do ano anterior. EUA se consolidaram como destino estratégico, com forte crescimento na demanda, enquanto a União Europeia segue pressionando o setor com novas exigências ambientais e sociais. O setor pede apoio do governo para manter competitividade. (Asbama)
FAO confirma México como líder no mercado global de abacate, maior produtor e exportador mundial, à frente de Colômbia e Peru. EUA e União Europeia seguem como principais destinos, enquanto cresce a abertura de mercados na China, Coreia do Sul, Índia e Oriente Médio. (FAO)
Paraguai exportou 5,4 milhões de toneladas de soja até agosto, 1,4 milhão a menos que no mesmo período de 2024. Apesar da queda, houve avanço na industrialização interna, com aumento nos embarques de óleo e farelo. O movimento reflete a estratégia de agregar valor diante da queda dos preços internacionais do grão. (Capeco)
Exportações de limão cresceram 19% em volume até agosto de 2025, apesar da queda em valor. A crise citrícola global abriu espaço para o produto peruano, com destaque para a lima Tahiti. O setor enfrenta desafios com pragas e barreiras comerciais, mas a demanda mundial por alimentos saudáveis e orgânicos favorece seu potencial de consolidação internacional. (FreshFruit)
Primeiro envio de nozes pecã à China, com 25 toneladas certificadas pelo Serviço Nacional de Sanidade Agrária. A abertura desse mercado, alcançada em 2024, permite exportar nozes com ou sem casca e amplia as oportunidades da agricultura familiar. Atualmente, o Peru conta com mais de 3.700 hectares de cultivo e já tem acesso a 32 destinos internacionais. (Ministério da Agricultura)
Área de arroz na safra 2025/26 deve cair de 8% a 10%, chegando a cerca de 165 mil hectares. O recuo é explicado por preços internacionais mais baixos, alto custo do diesel e limitações hídricas nas represas, dentre outros fatores. Na safra passada, o país havia alcançado produção recorde de 1,7 milhão de toneladas com rendimento médio de 9,4 t/ha. (ACA)
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