Overview by AgriBrasilis (23/08/25 – 29/08/25)

Published on: August 29, 2025

México ultrapassa EUA e se torna o 2º maior mercado da carne bovina brasileira

 

Atividade econômica cresceu 6,4% em junho ante mesmo mês de 2024, enquanto que, na comparação mensal, o PIB encolheu pelo segundo mês consecutivo. Houve contração de 0,7% em junho, ante maio. (Indec)

Área plantada com milho deve crescer 9,6% na safra 2025/26, ante ano anterior, para 7,8 milhões de hectares. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, essa representaria a segunda maior área plantada com o cereal no país. (Bolsa de Cereales)

Chuvas alagam mais de 1 milhão de hectares na região de Buenos Aires em agosto, afetando cerca de 15% da produção nacional de milho e soja. (Confederação de Associações Rurais de Buenos Aires e La Pampa)

Argentina seguirá vacinando contra a febre aftosa, mas criou comissão com governo, indústria, produtores e Senasa para discutir futura transição ao status de “livre sem vacinação”. Nicolás Pino, presidente da Sociedade Rural, destacou avanços nas negociações comerciais com os EUA e elogiou a autorização para exportar gado vivo, apontando interesse de países árabes e potencial na venda de genética bovina. (Senasa)

Produção de cana-de-açúcar na safra 2025/26 deve chegar a 668,8 milhões de toneladas, redução de 1,2% ante 2024/25. Houve queda de 2,1% na produtividade média nacional, estimada em 75.575 kg/ha. Condições climáticas desfavoráveis durante rebrota e desenvolvimento das lavouras ainda em 2024 influenciaram a redução, principalmente na região Centro-Sul, onde foram registrados focos de incêndios, irregularidade hídrica e excesso de temperaturas. (Conab)

Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais – Abiove manifestou concordância com a decisão da Justiça Federal que suspendeu a determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica contra a Moratória da Soja. Em nota, a entidade afirmou que “a decisão reconheceu a necessidade de aprofundamento do debate sobre a Moratória da Soja e foi compatível com a visão da Abiove quanto à legalidade do pacto”. A Associação, que representa as principais empresas processadoras e exportadoras de soja do Brasil, havia impetrado mandado de segurança contra a medida preventiva do CADE. (Abiove)

Consumo de sebo bovino para biodiesel deve aumentar no Brasil para compensar queda nas exportações para os EUA, que impuseram tarifa de 50% sobre carne e subprodutos brasileiros. Entre janeiro e julho, embarques somaram 290,8 mil toneladas, com quase 98% destinados aos EUA. As tarifas tornam as vendas ao país proibitivas, mas frigoríficos e produtores de biodiesel brasileiros devem absorver parte do excedente. (Scot Consultoria; Abiove)

Coamo, maior cooperativa agrícola do Brasil, investirá R$ 3 bilhões na construção de um porto em Itapoá, SC. A operação do novo porto está prevista para 2030. Serão construídos três berços de atracação, com previsão de movimentar 11 milhões de toneladas por ano. (Coamo; Governo de SC)

Produção brasileira de ovos deve alcançar 62 bilhões de unidades em 2025, alta de 7,5% ante 2024. O consumo per capita pode alcançar 288 unidades em 2025 e 306 unidades em 2026, segundo estimativas, o que colocaria o Brasil entre os 10 maiores consumidores mundiais de ovos pela primeira vez. (ABPA)

Colheita da segunda safra de milho atingiu 94,8% da área plantada, desempenho atrasado ante a safra anterior. Yedda Monteiro, analista de inteligência e estratégia da Biond Agro, afirma que esse atraso compromete o melhor período de exportação. “O milho brasileiro tem uma janela mais competitiva de julho a setembro. Se a colheita e o programa de exportação atrasam, parte desse milho só chega ao mercado quando os EUA já estão ofertando grandes volumes, reduzindo espaço para o Brasil nas vendas externas e pressionando os preços”. A produção brasileira deve ultrapassar os 130 milhões de toneladas em 2025. “É improvável que a demanda externa absorva todo esse volume, já que nossa janela de competitividade é relativamente curta”, destaca Monteiro. (Biond Agro)

México ocupa lugar dos EUA e se torna 2º maior mercado da carne bovina brasileira pós-tarifaço dos EUA, atrás apenas da China. Exportações de carne bovina para o México já somaram mais de 10 mil toneladas até o dia 25 de agosto, colocando o país na vice-liderança do ranking. No mesmo período, os EUA receberam apenas 7,8 mil toneladas, caindo para a quinta posição, atrás de China, México, Rússia e Chile. (ABIEC)

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que a Selic deve permanecer em patamar elevado por um longo período. Atualmente, a taxa está estabelecida em 15% ao ano. “Estamos em um cenário de ter descumprido a meta [de inflação] duas vezes, no final de 2024 e meados de 2025, e com expectativas e projeções do mercado e do Banco Central que apontam que essa convergência está se dando de uma maneira lenta para a meta de inflação. É isso que tem demandado uma política monetária mais restritiva”. (Banco Central; Fenabrave)

Emissões brasileiras de metano aumentaram 6% entre 2020 e 2023. Três quartos das emissões de gás metano do Brasil estavam ligadas à produção de gado de corte e leiteiro, que representou 14,5 milhões de toneladas do total de emissões em 2023, o equivalente a 406 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente. 2023 foi o ano com o segundo maior nível de emissões de metano no Brasil. “O metano é um gás de efeito estufa que pode aquecer o planeta muito mais do que o dióxido de carbono”, disse o Observatório do Clima, uma rede de organizações ambientais. “Suas moléculas… têm um potencial de aquecimento global 28 vezes maior do que o do CO2”. (Observatório do Clima)



Após renúncia de Esteban Valenzuela, Ignacia Fernández é a nova Ministra da Agricultura. Fernández já atuou como Subsecretária de Agricultura entre março de 2023 e maio de 2025. (Governo do Chile)

Instituto Agropecuário da Colômbia ordena abate de 35.680 aves reprodutoras oriundas do Brasil por suspeita de presença de Salmonella gallinarum. Segundo a HY-Line Colombia, especializada em genética de galinhas poedeiras, a decisão foi equivocada e as galinhas fazem parte de lote clinicamente saudável, cujo valor ultrapassa US$ 8 bilhões. A empresa afirma que houve erro laboratorial de contaminação cruzada por parte do Instituto. “O lote permaneceu em quarentena rigorosa por quase oito meses, sem apresentar sinais clínicos compatíveis com Salmonella gallinarum, e foi submetido a inúmeras análises diagnósticas que descartam claramente a presença da bactéria”. (HY-Line Colombia)

PIB do agro desacelerou no 2º trimestre de 2025, crescendo apenas 3,8% ante crescimento de 6,8% no 1º trimestre. A perda de ritmo do café, que vinha impulsionando o setor, foi determinante. Espera-se que a Colômbia possa ampliar sua participação no mercado de café dos EUA. O Brasil, maior fornecedor de arábica aos EUA, enfrenta tarifa de 50% sobre o café verde, enquanto a Colômbia mantém taxa de apenas 10%. (Bancolombia) 

Confiança empresarial na Colômbia cresceu em julho. Índice de Confiança Comercial atingiu 27,2% e o Industrial 6,7%, impulsionados por melhora nas expectativas e aumento de pedidos. As exportações mostraram saldo positivo no segundo trimestre, mas ainda enfrentam entraves logísticos e incertezas quanto ao desempenho nos próximos meses. O diretor executivo do centro independente de pesquisa econômica e social Fedesarrollo, Luis Fernando Mejía, enfatizou que esses ganhos refletem uma melhora no sentimento empresarial. “O aumento do Índice de Confiança Empresarial se deve ao maior otimismo em relação à situação econômica atual e às expectativas para o próximo semestre”. (Fedesarrollo)

Colômbia produziu 22,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2024, destacando-se pela alta produtividade por hectare, que pode chegar até 180 toneladas, com média de 120. Claudia Calero, presidente da Asocaña, disse que o país é líder mundial em produtividade agrícola e industrial no setor açucareiro. “A Colômbia supera a produção de açúcar por hectare de outros grandes produtores, como Austrália, EUA, México, Índia e União Europeia, além do Brasil”. (Asocaña; Procaña)



Será criado sistema de certificação agroexportadora em 2026. A partir de 1º de janeiro de 2026, o México vai implementar o Sistema Mexicano de Certificação de Agroexportação, começando pelos abacates. O objetivo é garantir que as exportações agrícolas não estejam ligadas ao desmatamento, uso irresponsável da água ou trabalho irregular. O programa será coordenado com produtores de Michoacán e Jalisco e, gradualmente, abrangerá outros produtos, para manter a competitividade do país nos mercados internacionais. (Sader)

Exportações de trigo produzido na safra de 2024 registraram aumento de 215.933 toneladas no final de julho, o que representa aumento de 80% ante mesmo período da safra anterior, devido à recuperação significativa da produção. Exportações da safra de 2024 devem ser encerradas em setembro. (Capeco)

Uruguai registrou apenas 62 negócios de terras somando 66.500 hectares no primeiro semestre de 2025, menos da metade de 2024. Queda ocasionada pela valorização de áreas agrícolas e florestais e menor demanda por pecuária. (Agroclaro)


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