Novo foco de gripe aviária na Argentina
Inflação foi de 2,1% em setembro, acumulando 31,8% em 12 meses, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos. O país enfrenta crise política e cambial enquanto o presidente Javier Milei busca apoio dos EUA e do FMI para conter a desvalorização do peso e estabilizar a economia após cortes de gastos e subsídios. (Indec)
Novo foco de gripe aviária H5N1 em aves domésticas na província de Buenos Aires. O surto ocorreu em uma propriedade rural de San Andrés de Giles, onde 19 aves foram sacrificadas, segundo o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar. As autoridades desinfetam as áreas afetadas e mantêm o estado de emergência zoossanitária prorrogado por mais 180 dias. (Senasa)
Lamb Weston, uma das maiores fornecedoras globais de batatas congeladas pré-fritas, inaugurou planta de 40 mil m² em Mar del Plata, Argentina, com capacidade para processar cerca de 90,7 mil toneladas de batatas por ano. O investimento de US$ 240 milhões permitirá exportar 80% da produção ao Brasil e demais mercados latino-americanos. (Lamb Weston)
Risco de seca aumenta com o retorno do fenômeno La Niña na Argentina, onde o padrão climático pode provocar ondas de calor e reduzir as colheitas de soja e milho. Embora o evento seja projetado como fraco, analistas alertam que os efeitos sobre a região pampeana podem afetar a oferta de divisas do país. Episódios anteriores, em 2018 e 2023, causaram severas perdas agrícolas. (NOAA; BCR)
Exportações de arroz cresceram 91% em 2025, o maior avanço entre os grãos, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. O país exportou 702 mil toneladas entre janeiro e agosto, impulsionado pela maior produção e pela demanda de Brasil e Chile. (Bolsa de Cereais de Buenos Aires)
Exportações de carne bovina cresceram 20% em 2025, somando US$ 2,25 bilhões, segundo o Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina. O aumento foi impulsionado pela maior demanda da China, União Europeia e Chile. O volume embarcado ultrapassou 600 mil toneladas, com preços médios de exportação 7% acima do ano anterior. (IPCVA)
Futuro do trigo argentino depende do Brasil, não da Europa, afirmam analistas da Bolsa de Rosário. O Brasil absorve cerca de 70% das exportações argentinas de trigo, favorecido pela proximidade logística e pela qualidade do produto. A limitação de compras europeias e a variação cambial reforçam o foco argentino no mercado brasileiro. (BCR)
Congresso Nacional cancelou sessão que analisaria os vetos à Lei Geral do Licenciamento Ambiental, prevista para 16 de outubro de 2025. O adiamento foi solicitado pela liderança do governo, segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A nova data para a votação ainda não foi definida. O texto é considerado prioritário por setores do agronegócio e da infraestrutura, que defendem a desburocratização dos licenciamentos. Ambientalistas, por outro lado, alertam para os riscos de flexibilização excessiva. (Agência Senado)
Agronegócio paulista registrou superávit de US$ 16,81 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, resultado de US$ 21,15 bilhões em exportações e US$ 4,34 bilhões em importações, segundo a Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios. O complexo sucroalcooleiro liderou exportações, com US$ 6,32 bilhões, seguido por carnes, produtos florestais, sucos e soja. Vendas para os EUA caíram após tarifaço de 50%, sendo redirecionadas para China, México e Argentina. (APTA)
Brasil deve colher 177,6 milhões de toneladas de soja na safra 2025/26, um recorde e cerca de 6 milhões a mais que no ciclo anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento. A área plantada aumentou 3,6%, para 49 milhões de hectares, e as exportações podem superar 112 milhões de toneladas, impulsionadas pela menor oferta dos Estados Unidos em meio à guerra comercial com a China. (Conab)
SLC Agrícola ampliou área certificada de agricultura regenerativa para 181,5 mil hectares pelo programa internacional Regenagri, com meta de atingir 485 mil hectares até 2029, o equivalente a 70% de suas áreas produtivas. Além disso, a empresa projetou aumento de 13,6% na área plantada para a safra 2025/26, com crescimento de 28,9% no milho, 13,8% na soja e 11,7% no algodão. Custos devem subir cerca de 10%, para R$ 7,1 mil por hectare, devido ao maior gasto com fertilizantes. (SLC Agrícola)
Ministério Público do PR denunciou o empresário Celso Fruet, de 72 anos, por aplicar golpes que lesaram ao menos 120 produtores rurais em Campo Bonito, no Oeste do estado. Mesmo após vender sua cerealista a uma cooperativa, ele continuou negociando grãos sem pagar, obtendo enriquecimento ilícito de R$ 20,3 milhões. Fruet está foragido, com mandado de prisão em aberto. (MPPR)
Preço médio do arroz em casca atingiu o menor nível desde setembro de 2011. Com dificuldade de acesso ao crédito e valores abaixo dos custos de produção, produtores reduzem o ritmo de plantio. (Cepea/Esalq)
Governo Federal lançou a Medida Provisória nº 1.314/2025, criando condições especiais para renegociação e liquidação de dívidas rurais de produtores e cooperativas afetados por seca, geada, enchentes e vendavais entre 2020 e 2025. O programa, voltado ao Pronaf e Pronamp, prevê juros anuais de 6% a 10% e prazos de reembolso de até nove anos. O objetivo é aliviar as perdas climáticas e restabelecer a capacidade de investimento no campo. (CMN)
Associação Colombiana de Sementes e Biotecnologia defende o uso de sementes certificadas para aumentar a produtividade e garantir a segurança alimentar no país. Segundo o Instituto Colombiano Agropecuário, apenas 22% do arroz, 12% da soja e 10% da batata são cultivados com sementes certificadas, enquanto o milho alcança 87,5%. A entidade pede um marco legal mais moderno e incentivos à inovação agrícola. (ICA; Acosemillas)
Governo lançou três projetos nacionais de conservação: MEx30x30, que visa proteger 30% do território até 2030; ACCIÓN, voltado à adaptação climática e proteção de ecossistemas costeiros na Península de Yucatán; e ORIGEN, focado em restauração ambiental e práticas agropecuárias sustentáveis. As iniciativas são financiadas pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente, pelo Green Climate Fund [Fundo Verde para o Clima] e pelo banco alemão KfW, com execução do Fondo Mexicano para la Conservación de la Naturaleza e coordenação da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais. (Semarnat)
Crise agrícola sem precedentes atinge o México, segundo associações rurais e economistas do setor. A queda da rentabilidade e o aumento dos custos de produção afetam pequenos e médios produtores de milho, trigo e feijão. Entidades alertam para o enfraquecimento das políticas públicas e redução do orçamento federal para o campo. (GCMA)
Agricultores realizaram protestos e bloqueios em mais de 20 estados, incluindo Sinaloa, Sonora, Jalisco e Guanajuato, em resposta à queda nos preços dos grãos e à falta de apoio governamental. A Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural instalou mesas de diálogo para discutir soluções, como subsídios e financiamento. Senado está cobrando ações imediatas para evitar o agravamento da crise no campo. (Sader; Senado de la República)
Preço médio da carne bovina exportada pelo Paraguai atingiu US$ 6.062 por tonelada até setembro, aumento de 18,8% ante 2024, segundo o Banco Central do Paraguai. Exportações totalizaram US$ 1,56 bilhão, alta de 27,8%, com crescimento de 7,6% no volume embarcado. Chile manteve-se como principal destino, seguido por Taiwan e Israel, que liderou em preço médio (US$ 6.501/t). O avanço reflete maior demanda externa e valorização de cortes premium em mercados de alto poder aquisitivo. (BCP; Senacsa)
Vladimir Germán Cuno Salcedo foi nomeado novo ministro de Desenvolvimento Agrário e Irrigação do Peru pelo presidente José Jerí. (Midagri)
Peru registrou avanços expressivos na fruticultura. Segundo a Associação de Produtores e Exportadores de Abacate Hass, a temporada de 2025 alcançou exportações de 690 mil toneladas, 37% acima do ano anterior. Europa, Japão, EUA e China são os principais destinos. Exportações de mirtilo cresceram 92,9% entre maio e setembro, totalizando mais de 135 mil toneladas, de acordo com o Serviço Nacional de Sanidade Agrária. Morango também se destacou, com 17,6 mil toneladas exportadas até setembro, alta de 57% impulsionada pela abertura do mercado brasileiro. (ProHass; Senasa)
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