Preço do café supera R$ 500 por saca
Secretário de Finanças da Argentina, Pablo Quirno, anunciou que o governo vai intervir no mercado de câmbio, alterando a política econômica do país. Nos últimos dias, o aumento da demanda por dólares levou a cotação da moeda próxima ao teto da banda estabelecida pelo governo em 1.467 pesos por dólar. Até então, o governo vinha elevando a taxa de juros de referência do país numa tentativa de conter a alta do dólar, mas a estratégia não foi suficiente. (Governo da Argentina)
Bolsa de Cereais de Buenos Aires divulgou relatório com perspectivas positivas para as principais culturas argentinas. Para o trigo, 84,8% da área apresenta condição hídrica adequada ou ótima, e 99,5% das lavouras estão classificadas como normais ou excelentes. Se confirmadas as chuvas previstas para o próximo fim de semana, os rendimentos podem superar a média histórica. (BCBA)
Dívida bruta do Brasil registrou alta em julho e ficou acima do esperado, enquanto o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário mais forte do que o projetado. A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou julho em 77,6 %, contra 76,6 % no mês anterior. Já a dívida líquida do setor público foi a 63,7%, de 62,9%. (Banco Central)
Mercado de café encerrou agosto com colheita finalizada e preços em forte alta. A valorização de ambas as variedades de café superou os R$ 500 por saca de 60 kg, com avanços expressivos de quase 50% para o café robusta e de 28% para o arábica. O aumento ocorre sobretudo por conta da oferta limitada, com quebras de produção superiores às previstas inicialmente, o que tende a dificultar a recomposição dos estoques mundiais. Além disso, a tarifação extra dos Estados Unidos sobre o café brasileiro reforça o movimento de alta. (Cepea)
Companhia Nacional de Abastecimento anunciou destinação de R$ 300 milhões para operações de Contratos de Opção de Venda de arroz. Com os recursos, será possível garantir contratos para aproximadamente 200 mil toneladas da safra 2025/2026. (Conab)
MT registrou a maior produção de milho de sua série histórica. Safra 2024/25 foi consolidada em 55,43 milhões de toneladas. Com estoques iniciais de 0,11 milhão de tonelada, a oferta total do cereal atingiu 55,54 milhões de toneladas, alta de 14,03% ante a safra anterior. (IMEA)
Copersucar, maior comercializadora de açúcar e etanol do Brasil, já aumentou em cerca de 9 milhões de toneladas/ano a capacidade de moagem de suas usinas associadas nesta safra 2025/26, após aquisições de ativos da Raízen. O volume potencial extra, com as unidades operando em plena carga, poderia gerar até 185 milhões de litros de etanol e 280 mil toneladas de açúcar. (Copersucar)
Federação da Agricultura do RS reforça urgência na renegociação das dívidas dos produtores rurais gaúchos, diante da proximidade da safra 2025/2026. As dívidas dos produtores junto às principais instituições financeiras somam R$ 27,4 bilhões, envolvendo cerca de 65 mil agricultores em todo o estado. (Farsul)
Degradação das pastagens gera impactos ambientais graves. Estima-se que cerca de 50% das pastagens no Brasil apresentem algum grau de degradação. Esse quadro resulta em perdas anuais de aproximadamente R$ 7 bilhões. “Essa degradação é caracterizada pela queda progressiva da produtividade, afetando diretamente a capacidade de suporte da área. Ela pode ocorrer em diferentes níveis, começando com a perda de vigor do pasto até a deterioração física do solo, com erosão”, explica o técnico de sementes Thiago Neves Teixeira, da Sementes Oeste Paulista. (Soesp; Embrapa)
Expansão da área plantada de soja deve ser “limitada” na safra 2025/26, com crescimento estimado de 1,5% ante a safra anterior, em meio a custos de produção mais altos. “O estreitamento das margens, as elevadas taxas de juros e as incertezas geopolíticas têm reduzido o apetite por novos investimentos e limitado o potencial de expansão da cultura”. (Rabobank)
BrasilAgro anunciou que vai adotar “postura mais compradora” em 2025/26, mirando propriedades rurais em dificuldades financeiras, segundo o CEO André Guillaumon. No 4º trimestre de 2025, a companhia registrou lucro líquido de R$ 61,3 milhões, queda de 74% frente ao mesmo período de 2024. No acumulado do ano-safra 2024/25, o lucro somou R$ 138 milhões (-39% a/a), enquanto a receita líquida anual cresceu 12%, para R$ 1,23 bilhão, puxada por soja e cana. O portfólio da empresa soma 249,8 mil hectares no Brasil, Paraguai e Bolívia, avaliados em até R$ 3,5 bilhões. (BrasilAgro)
Ouro Safra projeta salto de receita com trading própria. A empresa prevê que a receita avance de R$ 5,7 bilhões em 2024 para R$ 9,5 bilhões em 2025 (+60%), com cerca de 30% a 40% do volume originado sendo comercializado pela nova trading. O grupo opera 32 unidades de armazenagem, 17 lojas de insumos e 20 centros de distribuição no Brasil. (Ouro Safra)
Exportações de limão cresceram 32,6% em 2025, superando Argentina e África do Sul. A estratégia de exportação chilena priorizou Europa e Ásia (China, Coreia, Japão), reduzindo embarques aos EUA, que enfrentaram preços altos e incerteza tarifária. Segundo Alejandro Moralejo, diretor da Salix Fruits, a temporada foi “especialmente complicada pela escassez de oferta”, mas os exportadores do sul conseguiram garantir volumes e preços, preparando terreno para 2026. (Salix Fruits)
Estudo liderado pela pesquisadora Paulina Ballesta desenvolveu modelos de predição genômica para a ameixeira-japonesa (Prunus salicina), importante fruta de exportação chilena. A pesquisa utilizou mais de mil árvores e 11 mil marcadores moleculares, alcançando precisão de até 90% na previsão de características como peso, acidez e teor de açúcar. Segundo o pesquisador Igor Pacheco, autor correspondente, a tecnologia permitirá acelerar o melhoramento genético, reduzir custos e gerar variedades “made in Chile”, adaptadas às condições climáticas locais, sem recorrer a transgênicos ou edição genética. (Horticultural Plant Journal)
Recepção de leite cru somou 1.076,2 milhões de litros entre janeiro e junho de 2025, alta de 7,9% frente ao mesmo período do ano anterior. O avanço interanual foi de 78,8 milhões de litros, impulsionado principalmente pelas regiões de Los Ríos (+13,3%) e Los Lagos (+6,6%), que juntas concentram mais de 77% da produção nacional. Em junho, a captação cresceu 10,4%, atingindo 145,8 milhões de litros. (Fedeleche; Odepa)
Instituto de Agricultura da Colômbia – ICA certificou 25 propriedades em Boas Práticas Agrícolas. A medida garante que o abacate colombiano atenda aos padrões internacionais de qualidade, inocuidade e sustentabilidade.”Estamos protegendo a água, as florestas e a biodiversidade; nosso compromisso é com a sustentabilidade, a dignidade dos produtores e a segurança alimentar do país”, disse Ana María Martínez, gerente do ICA na região de Quindío. Entre 2024 e 2025, Quindío registrou um crescimento de mais de 30% nas exportações de abacate. (ICA)
Ministro da Economia, Marcelo Ebrard, disse que o país descarta acordo de livre comércio com o Brasil, uma ideia que os dois países já exploraram diversas vezes no passado. As duas maiores economias da América Latina têm buscado repetidamente expandir suas relações comerciais, mas não conseguiram. As autoridades mexicanas anunciaram que vão iniciar auditorias em 14 frigoríficos brasileiros em setembro para autorizá-los a exportar carne para o México. (Ministério da Economia do México)
Instituto de Biotecnologia Agrícola divulgou que a área de milho safrinha na região Oriental do Paraguai alcançou 1,09 milhão de hectares em 2025, aumento de 23% em relação ao ano anterior. Foi a primeira expansão em três anos. Já a soja safrinha recuou para 312 mil hectares, queda de 22%. A estimativa utilizou tecnologias de sensoriamento remoto, análise geoespacial e sistemas de informação geográfica para garantir dados precisos e atualizados. (Inbio)
Conglomerado peruano Grupo Gloria concluiu a venda de sua planta industrial em Aguadilla, Porto Rico, e das marcas Suiza Dairy Corporation (laticínios) e Suiza Fruit Corporation (sucos e refrescos) para a Suiza Caribe LLC, afiliada à Coca Cola Puerto Rico Bottlers. A operação marca a saída definitiva da companhia do mercado porto-riquenho, após anos de dificuldades regulatórias e financeiras que comprometeram a rentabilidade local. O valor da transação não foi divulgado. (Grupo Gloria)
China intensificou compras de soja do Uruguai em meio à guerra comercial com os EUA. Para 2025/26, a China já reservou embarques que podem levar as importações do Uruguai e da Argentina a até 10 milhões de toneladas, um recorde. A safra uruguaia em 2024/25 alcançou 4,2 milhões de toneladas, acima das 3,3 milhões do ciclo anterior. (USDA; China General Administration of Customs)
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