Investimento em agricultura familiar cresce 46% no Brasil
40% da produção de soja em 2024, equivalente a 20,392 milhões de toneladas, ainda não foi vendida devido à estratégia dos produtores de priorizar a venda de milho para garantir liquidez imediata. O total de grãos não precificados soma 25,205 milhões de toneladas, com a soja representando 81% dessa quantidade. (CIARA; CEC)
Estudo conjunto da Bolsa de Cereais de Entre Ríos (Bolsacer) e da Universidade Nacional de Entre Ríos (UNER) revela que, mesmo com rendimentos históricos, a soja não cobre os custos de produção em Entre Rios. O trigo, por sua vez, consegue cobrir 88% dos custos em campo próprio e 76% com arrendamento. O estudo destaca que os custos operacionais representam cerca de 51% do total, e a tendência de queda nos preços desde 2022 agrava a situação econômica para a soja e o trigo na região. (Bolsacer; UNER)
Entidades agrícolas de Córdoba exigiram do governo nacional uma revisão imediata das retenções, afirmando que a prorrogação desse imposto coloca em risco a sobrevivência dos produtores. Eles também pediram políticas agrícolas de longo prazo para garantir a sustentabilidade do setor. (Coninagro; Sociedad Rural; Federação Agrária; Cartez)
Em dezembro de 2024, a falta de chuvas impactou negativamente as condições hídricas da soja e do milho, especialmente no norte de Buenos Aires, onde 50% da região apresenta reservas de água do solo baixas ou secas. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu a previsão de plantio de soja em 200 mil hectares, e o milho precoce enfrenta dificuldades devido à seca. (Bolsa de Cereais de Buenos Aires)
Em Formosa, a área plantada de banana foi reduzida de 1.000 para 500 hectares em 2024 devido principalmente a fatores climáticos. Cerca de 300 famílias enfrentam custos elevados e prejuízos, com muitos destruindo plantações. (Federação Agrária Argentina)
Safra 2023/24 foi a terceira consecutiva de crescimento da produção brasileira de algodão. Com 1,9 milhões de hectares cultivados e com produtividade de 1,8 toneladas por hectare, foram produzidas 3,7 milhões de toneladas de algodão em pluma. Assim, o Brasil se consolidou como o maior exportador mundial de algodão, com destaque para a China, que consome 49% da produção nacional. (Abrapa; Scot Consultoria; Itaú BBA)
Rodobens registrou aumento de 70% nas vendas de consórcios voltados para o agronegócio, especialmente em máquinas e caminhões. (Rodobens)
Safra de cana-de-açúcar 2024/25 no Norte e Nordeste alcançou 39,97 milhões de toneladas até 15 de dezembro, com um crescimento de 2,4% ante o mesmo período do ano anterior. As usinas do Nordeste processaram 32,64 milhões de toneladas (81,67% do total), enquanto as do Norte processaram 7,32 milhões de toneladas (18,31%). A produção de açúcar cresceu 15,1%, totalizando 2,51 milhões de toneladas, e o etanol hidratado teve alta de 26,9%, atingindo 1,02 bilhão de litros. (NovaBio)
Reduzida oferta de café para 2025 no Brasil devido a fatores climáticos, diminuição das colheitas e infraestrutura portuária. (Conab; Ceagesp)
BNDES aprovou financiamento de R$ 1 bilhão para a Raízen construir uma usina de etanol de segunda geração (E2G) em Andradina (SP), com capacidade anual de 82 milhões de litros, com geração de 1.500 empregos na construção e 200 na operação por planta. (BNDES; Raizen)
Ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu os processos relacionados à sub-rogação do Funrural, que exige que o adquirente da produção rural pague a contribuição em lugar do produtor. A decisão liminar, válida imediatamente, abrange todos os contribuintes, exceto casos já transitados em julgado. A medida traz alívio para as empresas em execução fiscal, garantindo segurança jurídica até o posicionamento final da Corte. (Abrafrigo)
Em 2024, o governo federal investiu R$ 11,3 bilhões na agricultura familiar, com destaque para o programa Mais Alimentos, que cresceu 46% no número de operações de crédito, passando de 187 mil em 2023 para 274 mil. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) aumentaram a renda de agricultores em até 106%, beneficiando especialmente os de menor renda. (Ipea; Ministério do Desenvolvimento Agrário)
Exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 164,4 bilhões em 2024, o segundo maior valor da história, representando 49% das exportações totais do país. Este total representa US$ 2,18 bilhões a menos que em 2023, ou uma queda de 1.3%. (Conab; Mapa)
Procuradoria Econômica Nacional (FNE) finalizou a investigação sobre o mercado de batata no Chile, iniciada em agosto de 2023 após denúncias de aumento excessivo de preços, e concluiu que não houve abuso de posição dominante. No entanto, a FNE identificou lacunas significativas na transparência do mercado, recomendando ao Ministério da Agricultura modificar a Lei nº 19.147 para permitir à Gabinete de Estudos e Políticas Agrícolas (ODEPA) coletar e publicar informações obrigatórias sobre preços e participantes da cadeia de comercialização. (FNE; Minagri; ODEPA)
O Serviço Agrícola e Pecuário (SAG) da região de Los Lagos, reforçou o apelo para intensificar a vigilância sanitária devido à gripe aviária H5N1. Embora o país ainda não tenha infecções registradas, o diretor regional Francisco Briones destacou a necessidade de ações preventivas, especialmente na criação de aves domésticas, e alertou para a importância das medidas de biossegurança para evitar o contato com aves silvestres. (SAG)
Queda no preço do arroz verde gerou grande preocupação entre os produtores, que não conseguem cobrir os custos de produção, o que pode afetar a colheita de 2025 e a segurança alimentar do país. As importações de arroz aumentaram 52%. Fedearroz pediu ao governo que tome medidas, como interromper as importações e reaprovar incentivos à armazenagem, para proteger os produtores colombianos e garantir a sustentabilidade da cultura. O preço do arroz ao produtor caiu 12% entre 2023 e 2024. (Fedearroz)
2024 teve menor produção de milho branco em 12 anos, com 23,3 milhões de toneladas, uma queda de 17,3% ante o ano anterior. A área plantada foi de 7 milhões de hectares, com destaque para uma redução de 26% na área cultivada no ciclo outubro-inverno. O país enfrenta desafios para manter sua autossuficiência no grão. (Grupo de Consultoria ao Mercado Agrícola; Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural)
Falta de rastreabilidade nos produtos provenientes da pesca do México dificulta a comercialização no mercado internacional. A organização Oceana destaca a importância da implementação de um sistema de rastreamento desde a captura até o consumidor final, o que ajudaria a combater a pesca ilegal e a promover boas práticas. (Oceana; Conapesca; Imipas)
Em 2024, a exportação de carne paraguaia para os EUA alcançou 28.310 toneladas, gerando US$ 143,8 milhões, o que representa 8% das exportações totais. O país se consolidou como fornecedor confiável, atendendo aos rigorosos requisitos norte-americanos. Isso abriu portas para novos mercados, como o sudeste asiático, México e Canadá. (Senacsa; ARP)
La Niña, com 72% de probabilidade de ocorrer entre janeiro e fevereiro de 2025, pode gerar um déficit pluviométrico no Paraguai, afetando a bacia do rio Paraguai e a região Leste, com chuvas abaixo do normal. Autoridades e sindicatos alertam para a necessidade de medidas de adaptação, como otimização do uso da água e fortalecimento dos sistemas de armazenamento. (Mades)
A agricultura paraguaia encerrou 2024 com recuperação, destacando-se a soja com 10,3 milhões de toneladas produzidas em 3,6 milhões de hectares, e o milho com 3,9 milhões de toneladas em 950 mil hectares. A produção total dos 16 principais itens foi de 26,4 milhões de toneladas, em 5,7 milhões de hectares. (DCEA; MAG)
Em 2024, as exportações de morango totalizaram 34.094 toneladas, gerando US$ 62,5 milhões, com uma queda de 4% no volume, mas um aumento de 1% no valor ante a 2023. Em dezembro, os envios somaram 6.713 toneladas, com aumento de 45% no volume e 32% no valor. Os principais destinos foram os EUA, com 50% das exportações, seguidos por Canadá (26%) e Japão (8%). (Fresh Fruit)
Em 2023/2024, o Peru liderou as exportações mundiais de uvas com um recorde de 622 mil toneladas. (Midagri)
Governo do Uruguai decidiu não decretar a essencialidade na indústria de processamento de carnes, apesar do pedido da Associação Rural do Uruguai (ARU), que visava desbloquear o conflito com a Federação dos Trabalhadores da Carne e Afins (Foica). O ministro da Pecuária, Fernando Mattos, explicou que a essencialidade não é viável, pois não há risco para a segurança pública ou saúde. O conflito persiste com greves em frigoríficos. (ARU; Foica)
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