CADE suspende a Moratória da Soja
8 em cada 10 produtores escolhem o dólar como moeda para financiamentos. Em muitos casos, os financiamentos ocorrem a taxa zero e sem comissões, e espera-se que essa tendência continue até o final do ano. Há um ano, 79% dos contratos de crédito eram pactuados em pesos e apenas 21% em “moeda forte”. (Nera)
Inflação na Argentina atingiu 1,9% em julho e caiu para 36,6% em 12 meses. O resultado está de acordo com a expectativa de economistas, representando uma aceleração em relação aos 1,6% registrados em junho. (Indec)
Operação de fiscalização sanitária resultou na apreensão de mais de três toneladas de manga brasileira, transportadas sem a documentação exigida. De acordo com o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina, foram retidas 1.512 caixas de manga, totalizando 30.240 kg. A carga tinha como destino a cidade de Timbo Viejo, na província de Tucumán. (Senasa)
Segundo Gustavo Idígoras, presidente da CIARA-CEC, a redução permanente das retenções agrícolas já elevou os preços de soja e milho e deve ampliar a área de plantio. Idígoras destacou que a previsibilidade criada “muda as regras do jogo” e influencia decisões produtivas, além de considerar a medida uma manobra política em ano eleitoral. Sobre o acordo Mercosul-UE, que pode entrar em vigor em 2026, Idígoras explicou que 90% dos produtos ficarão isentos de tarifas, enquanto soja e derivados terão retenções de até 14% reduzidas gradualmente em quatro anos, ressaltando que o setor deve defendê-lo por garantir regras claras e limitar a interferência política. (CIARA-CEC)
Argentina lidera exportação mundial de amendoim com 23% do mercado, vendas de US$ 1,19 bilhão em 2024 e 322 mil toneladas exportadas no 1º semestre de 2025. Produção de 1,48 milhão de toneladas em 434 mil hectares. Quase toda a produção é exportada. (Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina; Indec)
Suspensão preventiva das exportações de carne de aves e subprodutos após confirmação de caso de gripe aviária de alta patogenicidade em Buenos Aires. Foi estabelecida uma zona de controle sanitário de três km, com abate das aves, descarte seguro e desinfecção das instalações. Caso não haja novos surtos e passem 28 dias após o abate e desinfecção, o país poderá solicitar novamente o reconhecimento de livre de influenza aviária e retomar as exportações. (Senasa)
Impacto da tarifa de 50% dos EUA sobre o frigorífico Minerva deve ser neutro, segundo Edison Ticle, CFO. De acordo com Ticle, a Minerva tem a capacidade de redirecionar seus volumes exportados do Brasil para os EUA por meio de outros países, como Argentina, Paraguai e Uruguai. (Minerva Foods)
Geada registrada no Cerrado Mineiro em 11 de agosto deve reduzir a próxima safra de café da região em cerca de 412 mil sacas de 60 kg, ou 5,5% do potencial produtivo. Segundo a Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado a região de Patrocínio, o maior município produtor de café do Brasil, e de outras cidades como Ibiá e Araxá foram as mais afetadas. (Expocacer)
Conselho Administrativo de Defesa Econômica determinou que traders de soja suspendam o acordo da “Moratória da Soja” dentro de 10 dias, sob pena de multas pesadas. O pacto privado, que já dura duas décadas, busca proteger a floresta amazônica ao impedir que traders de soja comprem de produtores que tenham praticado desmatamento na região após julho de 2008. No entanto, o pacto representa uma possível violação da legislação brasileira de concorrência. (CADE)
China e União Europeia retomarão compra de frango e derivados do Brasil, uma vez que as autoridades brasileiras controlaram um surto de gripe aviária que desencadeou proibições comerciais no segundo trimestre, segundo a BRF. O caso de gripe aviária no Brasil em uma granja comercial em maio provocou uma série de restrições comerciais, que foram gradualmente suspensas pelos importadores à medida que o Brasil controlava o surto. Governo declarou o Brasil livre da doença altamente contagiosa em junho. (BRF)
Associação Brasileira de Cafés Especiais divulgou nota em apoio ao Plano Brasil Soberano, anunciado pelo governo federal como resposta à tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros. Para a entidade, trata-se de um conjunto de ações necessárias para enfrentar os efeitos imediatos da medida sobre o setor. “A BSCA entende que se tratam de medidas importantes, no curtíssimo prazo, as quais darão um direcionamento para o segmento no enfrentamento da crise”. (BSCA)
Balança comercial registrou superávit de US$ 1,090 bilhão na terceira semana de agosto. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,632 bilhões e importações de US$ 5,542 bilhões. O superávit acumulado no mês de agosto é de US$ 3,048 bilhões. No ano, o superávit soma um total de US$ 40,030 bilhões. Exportações da agropecuária cresceram quase 15%, somando US$ 3,5 bilhões. (MDIC)
China aumentou em 13,9% as importações de soja do Brasil, totalizando 10,39 milhões de toneladas, representando 89% do total comprado pelo país, enquanto as compras dos EUA caíram 11,5% para 420,9 mil toneladas. O volume geral de importações atingiu 11,67 milhões de toneladas, recorde para o mês. (Administração Geral de Alfândega da China)
Aumento das tarifas dos EUA ao Brasil pode levar mais carne brasileira ao Chile, pressionando preços internos. Brasil responde por 48% das importações, produção nacional abastece 30% do consumo, e Federação dos Produtores de Carne do Chile pede igualdade de padrões entre carne nacional e importada. (Fedecarne)
Instituto Nacional de Investigação Agropecuária Chile realizou agenda no México para fortalecer cooperação científica, tecnológica e comercial, incluindo reunião com o Instituto Nacional de Pesquisas Florestais, Agrícolas e Pecuárias e visita à Estação Experimental Sanjaya Rajaram do Centro Internacional de Melhoramento do Milho e do Trigo. O Diretor Nacional Carlos Furche destacou ciência, inovação e cooperação internacional como pilares para enfrentar desafios produtivos e ambientais. (INIA; Cimmyt)
Exportações de tomate registram maior queda desde 2012, com variação de -19,2% entre janeiro e junho, ante mesmo período de 2024. Esse cenário ocorre no contexto da decisão dos Estados Unidos, em julho passado, de rescindir o Acordo de Suspensão do Tomate de 2019 e, desde então, uma taxa antidumping de 17,09% foi aplicada às importações mexicanas de tomate. (Banxico)
México pretende alcançar a meta de 25 milhões de toneladas de milho branco até 2030, trabalhando com 2,5 milhões de pequenos e médios produtores.O governo destaca que cada produtor deve elevar a produtividade em cerca de 1 tonelada por roça para garantir a soberania alimentar e reduzir a dependência externa. (Sader; Mexicampo)
Maior exportação florestal do país no ano registrada em julho, com 19.984 toneladas e receita de US$ 9,97 milhões, alta de 7,7% ante a 2024. Os principais destinos foram Reino Unido, EUA, Alemanha, Brasil e Espanha. (BCP; Fepama)
Produção de sementes de soja para a safra 2025/26 abrange 90.970 hectares e 144 variedades, com plantio estendido até 10 de março devido ao clima. 23 das 37 empresas produtoras são associadas à Associação Paraguaia de Produtores de Sementes, representando 94% da área, e seguem processos finais de certificação e controle de qualidade para garantir sementes de alta produtividade. (Aprosemp; Unidade de Gestão de Produção)
Congresso aprovou a nova Lei Agrária, reduzindo o Imposto de Renda de 29,5% para 15% para exportadores agrícolas pelos próximos 10 anos. A lei beneficia pequenos produtores e empresas agroindustriais. O Conselho Fiscal e o Fundo Monetário Internacional alertam que a medida pode gerar um rombo fiscal anual estimado em US$ 545 milhões. (FMI; Governo do Peru)
Área de cultivo de arroz deve cair entre 15% e 20%, passando de 180 mil para cerca de 155 mil hectares, devido à escassez de água em reservatórios e à queda de mais de 30% nos preços internacionais, afirmou Juan Miguel Silva, vice-presidente da Associação de Arrozeiros. Segundo ele, a renda dos produtores caiu de US$ 17 para US$ 11,50 por saca, enquanto os custos seguem altos, entre US$ 1.800 e US$ 2.000 por hectare, o que compromete a viabilidade econômica da cultura. Silva acrescentou que, caso não haja chuvas suficientes, parte das áreas poderá ser convertida para pecuária ou culturas de verão. (ACA)
Em 2024, o país exportou US$ 227 milhões em produtos agropecuários para a Associação de Nações do Sudeste Asiático, com crescimento de 8,5% ante a 2023, e retomou vendas de soja e trigo para a região. Tailândia correspondeu a 31% das exportações, Vietnã 23% e Singapura 21%. (União de Exportadores do Uruguai)
Federação Rural do Uruguai cobrou soluções para a precariedade da infraestrutura rodoviária, que não acompanhou o aumento de cinco vezes na produção agrícola nas últimas duas décadas, e propôs à ministra dos Transportes, Lucia Etcheverry, que as estradas rurais mais utilizadas passem ao ministério para melhor manutenção. Também alertou sobre o aumento dos roubos de gado e a sensação de insegurança, apesar da criação da Diretoria Nacional de Segurança Rural. (FRU)
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