Mercado de bioinsumos cresce 15% ao ano na Argentina
Brasil
Em cumprimento à decisão judicial, Anvisa
Segundo a senadora Tereza Cristina, ex-ministra da agricultura e relatora do PL dos agrotóxicos nº 1459/2022 na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, o PL pode ser votado nas próximas semanas no Senado Federal. De acordo com a senadora, esse é um tema prioritário para a bancada. “Estamos dialogando para que a matéria siga adiante. É de interesse do país ter uma agricultura moderna e desenvolvida, e é disso que se tratam os pesticidas”, disse Cristina. Sérgio Souza, ex-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, disse que, caso o PL seja aprovado, “iremos usar um volume menor de remédios para as plantas, pois eles vão ter uma maior eficiência. Vamos produzir mais alimentos com menos pesticidas. (FPA)
Anvisa aprova avaliação toxicológica de dois produtos formulados novos (com ingrediente ativo ainda não registrado no país), baseados em florilpicoxamida, da CTVA. Anvisa também aprovou produto técnico novo com ingrediente ativo bixlozona, ainda não registrado no país, da FMC. (Anvisa)
Segundo a Potássio do Brasil, a empresa objetiva abastecer o mercado de MT com fertilizantes retirados da mina em Autazes, AM. Para facilitar a chegada do potássio até os produtores mato-grossenses, a empresa fechou contrato com a Amaggi para fornecimento de 500 mil toneladas por ano. Adriano Espeschit, presidente da empresa, disse que a parceria com a Amaggi vai facilitar a entrega dos produtos, além de garantir baixa pegada de carbono da logística. (Potássio do Brasil)
Arthur Torres será o novo diretor comercial da Agrichem do Brasil, marca de nutrição de plantas da Nutrien Soluções Agrícolas, após novembro de 2023. (Nutrien Soluções Agrícolas; Agrichem do Brasil)
Segundo a Redirection International, especializada em fusões e aquisições, o crescimento do mercado brasileiro de insumos biológicos, estimulado pela implementação do Programa Nacional de Bioinsumos e pela busca por uma produção sustentável de alimentos, deve impulsionar as atividades de fusões e aquisições no país. “A atenção se volta cada vez mais para alternativas, como por exemplo a remineralização do solo e o uso de bioinsumos, que envolvem a utilização de matérias primas de origem biológica, como microrganismos, materiais vegetais, orgânicos ou naturais”, segundo Vinicius Oliveira, economista e sócio da Redirection International. (Redirection International)
Anvisa publica a desistência de 31 pleitos de registros de agrotóxicos da Basf. (Anvisa)
Fertilizantes Heringer informou a renúncia de Julio Enrique Varela Gubitosi da posição de Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Segundo a empresa, a renúncia faz parte do processo de reestruturação desde a alienação recente do seu controle indireto para a EuroChem. (Fertilizantes Heringer)
Segundo a CropLife Brasil, as vendas de defensivos biológicos cresceram 30% no Brasil até setembro de 2023 e a expectativa é fechar o ano com crescimento de 35%, movimentando aproximadamente R$ 4 bilhões. A Embrapa projeta que o setor alcançará R$ 16,9 bilhões até 2030. (Croplife Brasil; Embrapa Soja)
Unidade de Referência em Produtos Químicos e Biológicos (UR) informa que foram formados mais 130 instrutores de aplicação de agroquímicos, com objetivo de treinar aplicadores de defensivos. A UR promove capacitação profissional com base nas exigências do Decreto nº 10.833/2021, que instituiu o Programa Aplicador Legal, do Governo Federal. “Hoje em dia, somente entre 30% e 40% dos aplicadores de produtos são treinados segundo boas práticas de saúde, segurança e tecnologias, abrangendo pequenas, médias e grandes propriedades. O déficit de qualificação na área é elevado no Brasil e precisa ser reduzido”, disse Hamilton Ramos, coordenador da UR. (Unidade de Referência em Produtos Químicos e Biológicos)
Pequena queda no poder de compra de fertilizantes pelos agricultores brasileiros em setembro, segundo indicador da Mosaic Fertilizantes. O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes de setembro fechou em 1, ante 0,99 em agosto. Quanto mais baixo o indicador, melhor a capacidade de aquisição de adubo do agricultor. O indicador ainda está em patamar inferior ao registrado em agosto de 2022, quando as cotações de adubos dispararam por conta da guerra da Ucrânia, reduzindo o poder de compra do agricultor. Os preços dos fertilizantes fosfatados foram os que tiveram os maiores aumentos. “Já a oferta continua balanceada e alinhada ao fato de que os preços do Brasil continuam menos atrativos em relação a outras regiões compradoras como EUA, Europa e Índia.”, segundo relatório da Mosaic. Enquanto isso, os fertilizantes potássicos “mantêm o equilíbrio, resultando em um período de estabilidade”. (Mosaic Fertilizantes)
De acordo com Rodrigo Capella, diretor geral da Ação Estratégica, os profissionais que trabalham nas empresas do segmento de Defensivos Agrícolas são mais comprometidos com questões relacionadas à governança corporativa. “O cenário comprova o alto engajamento do setor de Defensivos Agrícolas com o tema governança corporativa. Os aspectos regulatórios e o crescente interesse da sociedade pelo processo produtivo são alguns dos impulsionadores”, disse Capella. (Ação Estratégica)
Segundo o gerente de agricultura digital da SLC Agrícola, Ronei Sana, através do uso da agricultura digital a empresa conseguiu economizar R$ 82 milhões até junho de 2023. A economia aconteceu principalmente com relação à aplicação de herbicidas, inseticidas e outros defensivos. De acordo com Sana, somente no caso dos herbicidas, por meio da aplicação seletiva, foi possível garantir uma economia de até 80% no volume utilizado nas lavouras na safra 2022/23. A aplicação seletiva consiste em fazer o pulverizador identificar, por meio de sensores instalados na barra de pulverização, onde está cada planta daninha. A partir desta identificação, apenas o bico que está passando sobre a planta daninha é acionado para aplicar o defensivo. (SLC Agrícola)
Produtores de bicho-da-seda no PR realizam manifestação contra a deriva de agrotóxicos em 23/10 em Nova Esperança, cidade considerada a “capital da seda” no Brasil. Nas últimas duas safras, mais de 500 famílias abandonaram a atividade por conta dos prejuízos decorrentes da deriva, causada pela aplicação irregular de agrotóxicos em lavouras vizinhas. Segundo os organizadores da manifestação, já foram formalizadas mais de mil denúncias aos órgãos fiscalizadores. “Tem produtor que só vai voltar a criação no ano que vem, porque precisa refazer o amoreiral. Em outros casos, o casulo não se desenvolveu, porque foi intoxicado. São dezenas de famílias sem produzir”, segundo Sandra Manieri, presidente da Associação de Produtores de Nova Esperança. (Acesp; Acine; Prefeitura de Nova Esperança)
Podridão de grãos na soja tem ocorrido com maior frequência na região do médio-norte de MT e em RO desde a safra 2018/19. “Durante as visitas à região, observamos que o problema atingia as cultivares de maneira diferente e os sintomas respondiam ao tratamento com fungicidas, por isso, foram formadas redes de ensaios cooperativos para avaliar a sensibilidade das cultivares à doença e a eficiência dos fungicidas”, relata o pesquisador Maurício Meyer, da Embrapa Soja. Segundo experimentos com aplicação de fungicidas realizados pela Embrapa Soja, a “severidade média da mancha-alvo na testemunha sem fungicida foi de 29,5%”, e os fungicidas contendo protioconazol se destacaram no controle, que variou de 45% a 52%. (Embrapa Soja)
300 litros de paraquate contrabandeados da Argentina foram apreendidos na BR-116, em Mafra, SC. (PRF)
3ª Vara Federal de Santa Maria, RS, condenou a União ao pagamento de R$ 19,8 mil como reparação por danos morais a uma adolescente de 16 anos, em decorrência da exposição da jovem a agrotóxicos. A adolescente ingressou com ação narrando residir em Santa Maria, em local próximo de área arrendada pela União para um agricultor, que utilizou o terreno para plantação de soja. Segundo a vítima, foram aplicados agrotóxicos no local de agosto de 2013 até abril de 2014. A União alegou que o arrendatário deveria ser considerado responsável pelo dano. (3ª Vara Federal de Santa Maria)
STF deve julgar a isenção de impostos sobre agrotóxicos no Brasil ainda durante essa semana. O relator, ministro Edson Fachin, votou pela inconstitucionalidade da redução e isenção. Gilmar Mendes divergiu e André Mendonça sugeriu um voto intermediário. Se não houver pedido de vista ou destaque, o julgamento termina na sexta-feira, 27/10. (Rádio e TV Justiça)
Bauru, Botucatu e Lençóis Paulista, SP, apresentaram agrotóxicos na água distribuída à população em 2022, segundo levantamento divulgado pela ONG Repórter Brasil, com dados do Ministério da Saúde. Conforme o levantamento, as três cidades estão na lista dos 210 municípios brasileiros que apresentaram índices de agrotóxicos na água. Os municípios também tiveram o maior número de agrotóxicos identificados na água, com 27 cada. (ONG Repórter Brasil)
2023 apresentou queda nos preços dos principais insumos utilizados na produção de batata, principalmente no caso dos fertilizantes. Segundo o relatório Especial Batata 2023, do Cepea, a safra de 2022/23 no Sul de MG apresentou a queda mais expressiva dos valores dos fertilizantes, de 38%. Os custos com fertilizantes para a cultura devem voltar a aumentar em 2024. Além disso, foi observada uma forte queda nos gastos com defensivos entre 2022 e 2023 em Vargem Grande do Sul, SP. (Cepea)
Importações do Brasil de produtos de origem israelense totalizaram US$ 1,1 bilhão entre janeiro e setembro de 2023, com destaque para fertilizantes, defensivos e sementes. Dentre esses produtos, quase 44% do valor refere-se à importação de fertilizantes. “Israel é o segundo maior fornecedor de fosfato e o quarto de cloreto de potássio e, caso as tensões venham a afetar as condições de logística desta região, podemos ter problemas no fornecimento. Lembrando que o petróleo também faz parte da cadeia de nitrogenados. No curto prazo, os estoques estão elevados no Brasil, mas se estas condições piorarem e afetarem as cadeias de distribuição, podemos ter problemas à frente. Precisamos lembrar que esta tensão maior também tende a desvalorizar o real, o que melhora a competitividade de nossos produtos, mas encarece os insumos importados”, segundo Alberto Pessina, CEO da consultoria AgroMove. (AgroMove)
América Latina
Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) anuncia novas regulamentações para o registro de bioinsumos, produzidos industrialmente, e de “biopreparações”, produzidas de forma artesanal. Foram estabelecidos os requisitos para registro de produtos biológicos, com avaliação de eficácia e de riscos ao meio ambiente, à saúde animal e humana. “Ambas as regulamentações surgem das necessidades específicas do setor e dos utilizadores [de bioinsumos] e estão focadas na sustentabilidade da produção agrícola nas suas diferentes escalas (periurbana, familiar e extensiva), e no cuidado da saúde pública”, disse a presidente do Senasa, Diana Guillén. (Senasa)
Mercado de bioinsumos cresce 15% ao ano na Argentina. Segundo Federico Elorza, coordenador de gestão sustentável da Câmara de Sanidade Agropecuária e Fertilizantes, esse mercado mobiliza quase US$ 100 milhões por ano. “Embora esteja abaixo dos defensivos e fertilizantes químicos, vem aumentando entre 15% e 17% na Argentina”, disse Elorza. Os produtos mais vendidos são os inoculantes (62% do mercado), seguidos pelos bioestimulantes (14%), bioinseticidas (11%), biofungicidas (5,1%) e biofertilizantes (4,8%). “Não pensamos que haverá uma substituição de produtos químicos por biológicos, porque em muitos casos ainda não existem biológicos que conseguem fazer a mesma coisa que alguns químicos fazem”, segundo Elorza. (Casafe)
Associação de Horticultores e Fruticultores de Santa Cruz, da Bolívia, pretende aumentar a produção de hortaliças e frutas com os fertilizantes produzidos pela nova Fábrica de Fertilizantes Granulados de Cochabamba, segundo o presidente da entidade, Nue Carrasco, que disse ter solicitado ao governo nacional agências de vendas de fertilizantes nos vales de Santa Cruz, em Comparapa, Saipina, Los Negros, Mairana, Vallegrande e Moro Moro, para que o produtor tenha acesso aos fertilizantes de alto desempenho sem a necessidade de intermediários. (Asofruth)
Inaugurado Centro Nacional de Bioinsumos do Chile, sob gestão do INIA Quilamapu, na região de Chillán. A diretora nacional do INIA, Iris Lobos, disse que “o Ministério nos encarregou de criar este centro, que irá concentrar todo o desenvolvimento científico e produtivo do INIA em bioinsumos, e deve fornecer uma oferta de produtos eficazes e ecológicos para a indústria, garantindo segurança para os consumidores, reduzindo os níveis de agroquímicos na agricultura local”. Fabiola González, vice-diretora nacional do SAG, destacou que “este centro marcará uma mudança de paradigma no uso de agroquímicos no território. Este centro é muito importante para o desenvolvimento de bioinsumos, o que faz parte da estratégia em busca da soberania e segurança alimentar do país”. (INIA; SAG)
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