Agrochemical Update Brasil & América Latina – 26/07/2023

agrotóxicos

Mais de 100 milhões de abelhas morreram em Sorriso após aplicação de fipronil


Brasil

Em cumprimento a decisões judiciais, Anvisa aprova avaliação toxicológica dos agrotóxicos protioconazol (Ouro Fino); clomazona (Rainbow); trifloxistrobina + ciproconazol (CHDS); e mancozebe (Indofil). (Anvisa)

Amaggi lançará em 28/07 sua plataforma de vendas online, onde será possível a aquisição de defensivos agrícolas, fertilizantes e sementes. De acordo com pesquisa realizada pela consultoria McKinsey com 5,5 mil produtores rurais, 70% dos produtores entrevistados no Brasil utilizam canais digitais na compra de insumos. (McKinsey; Amaggi)

Custos de produção da soja no MT apresentaram queda. Preço médio da semente de soja teve redução de 22,2% em junho, ante o mesmo período do ano passado. Fertilizantes tiveram retração de 23%. Custos médios com defensivos para a soja reduziram apenas 0,8% no período. (Imea)

Os bioinsumos receberam condições especiais no Plano Safra 2023/24. Produtores que adotarem práticas mais sustentáveis, como no caso do uso de bioinsumos, recebem descontos de 0,5% nos juros de custeio. “Os bioinsumos são ferramentas que promovem a sustentabilidade ambiental e dos negócios, tendo em vista que ajudam a alavancar os resultados dos produtores utilizando menos recursos financeiros e contribuindo para a proteção da terra para as gerações futuras. Por isso, o maior destaque no Plano Safra é essencial para a questão da sustentabilidade”, afirma o CEO da Gênica, Marcos Petean. (Gênica; MAPA)

Em sete anos, o faturamento da Superbac cresceu mais de 40 vezes. Em 2022, a empresa faturou R$ 1,2 bilhão com a venda de biofertilizantes. (Superbac)

Mais de 100 milhões de abelhas morreram em Sorriso, MT, após o uso indevido de fipronil, aplicado através de avião agrícola. A Associação de Apicultores e Meliponicultores do Vale do Teles Pires denunciou o caso ao Instituto de Defesa Agropecuária de MT, que realizou vistorias em 22 fazendas da região. O proprietário da fazenda onde a aplicação foi realizada poderá responder por crime ambiental. (Indea)

Comercializadas 130 milhões de doses de inoculantes biológicos em 2022, sendo que 80% foram destinadas ao cultivo da soja. Para o diretor executivo da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes, Solon Araújo, o agro está buscando cada vez mais os insumos biológicos. “Hoje já podemos dizer que os produtos biológicos estão se tornando não uma alternativa, mas a primeira opção para muitas culturas”, segundo Araújo. (ANPII)

Syngenta dispõe de R$ 800 milhões para crédito rural através do programa de barter da empresa, que oferece recursos para que agricultores realizem a compra de adubos desde que se comprometam a adquirir os defensivos da empresa. (Syngenta)

Segundo os pesquisadores Crébio Ávila e Charles de Oliveira, da Embrapa, e Ivana da Silva, da Universidade Federal da Grande Dourados, a pulverização de inseticidas na parte aérea das plantas de milho tem proporcionado baixa eficiência de controle (< 50%) da lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), em função da posição em que o inseto fica alojado na planta. O tratamento de sementes do milho com inseticidas sistêmicos, especialmente contendo neonicotinoides isolados ou em mistura com piretroides, carbamatos ou diamidas, tem se mostrado uma prática eficiente para o controle da lagarta-elasmo. (Embrapa Agropecuária Oeste; Embrapa Cerrados; UFGD)

Fertilizantes compõem parte significativa dos custos de produção de grãos, representando entre 25% e 30% do investimento nas lavouras. No caso do trigo, a adubação nitrogenada está diretamente relacionada à produtividade: “A aplicação de nitrogênio ao solo no cultivo do trigo é uma das práticas de manejo mais seguras em relação ao retorno econômico. As pesquisas demonstram que a eficiência no uso de nitrogênio oscila entre 12 a 21 kg de grãos para cada kg de nitrogênio adicionado”, segundo o pesquisador da Embrapa Trigo, Fabiano de Bona. (Embrapa Trigo)

Reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e conclusão das obras da Fafen Mato Grosso do Sul (Fafen-MS) poderiam reduzir pela metade a importação brasileira de fertilizantes, segundo o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar. (FUP)

Agrocete, empresa nacional de nutrição de plantas, apresentou crescimento de 36% no número de clientes atendidos entre 2018 e 2022. A empresa registrou alta no volume de vendas de 82% e de 132% no valor das vendas durante o período. (Agrocete)



América Latina

Proibição do uso do glifosato na província de Misiones, Argentina, só entrará em vigor após dois anos, mas exportadores alegam que já existem efeitos econômicos negativos. Empresas compradoras de produtos argentinos estão exigindo informações e certificações sobre como o controle de ervas daninhas será realizado, já que não existe substituto eficaz para o glifosato. “A eliminação do glifosato não pode ser uma imposição do Estado. Além disso, vai incentivar o uso de agrotóxicos mais nocivos”, segundo nota da Unión Cívica Radical. (Agrositio; Unión Cívica Radical)

Governo da Argentina confirmou a adoção de novo imposto sobre as importações, denominado PAIS – Imposto Para uma Argentina Inclusiva e Solidária, que deve ser de 7,5%, e inclui os insumos agrícolas. O imposto será implementado através de processo de unificação da taxa de câmbio, por requisição do FMI. (Ministério da Economia da Argentina)

Câmara de Produtos Fitossanitários e Fertilizantes do Paraguai e a Universidad Columbia del Paraguay assinaram acordo para capacitação de alunos e professores universitários sobre boas práticas agrícolas e manejo seguro de defensivos agrícolas. Uma equipe de trabalho será formada pelas duas entidades. (Cafyf)

Pesquisadores e organizações da sociedade civil do México enviaram ofício ao Ministério da Saúde clamando pela proibição de agrotóxicos contendo clorpirifós metílico e etílico. Segundo o documento assinado pela Rede de Ação em Pesticidas e Suas Alternativas no México, a autorização de produtos contendo clorpirifós “viola o direito à saúde, a um ambiente limpo, saudável e sustentável e a uma alimentação saudável… sua presença foi confirmada em diferentes ambientes, como lagoas e sedimentos, além de leite comercial pasteurizado, águas pluviais, fossas e rios”. (Universidade Autônoma de Nayarit; Rapam)



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