Dependência da importação de fertilizantes não tem solução rápida
Brasil
CADE aprovou sem restrições a aquisição de 30% do capital social da Superbac pelo fundo de investimentos XP Private Equity II. (Superbac Biotechnology Solutions S.A; XP Investimentos)
“Agora será um ano de redução de custos nas lavouras, de retirada de fertilizante e de corte em alguns químicos”, segundo Leandro Köhn, presidente da Aprosoja-BA. Köhn diz que por enquanto não é possível mensurar a queda no volume de adubos utilizado pelos produtores, que já foi de 25% na safra passada, mas que haverá redução, especialmente de fósforo. “A grande maioria dos produtores vai reduzir [o uso de] adubos, principalmente o fósforo e parte do cloreto de potássio. O produtor vai avaliar caso a caso, mas haverá redução porque, embora os preços dos fertilizantes tenham recuado, as cotações da soja caíram mais”, pontuou. A safra de 2023/24 começa a ser semeada em meados de outubro na BA. (Aprosoja-BA)
Déficit na balança comercial dos produtos químicos alcança US$ 19,5 bilhões durante os primeiros cinco meses de 2023. Valor representa queda de 16,3% ante 2022. Houve redução dos valores importados de produtos para o agronegócio, com queda de 36,1% em intermediários para fertilizantes e 32,8% em defensivos agrícolas. (Abiquim)
Anvisa aprova avaliação toxicológica do fungicida ipflufenoquina (I
MAPA participa de conferência internacional da OCDE sobre uso de drones para aplicação de pesticidas, representado pela chefe da Divisão de Aviação Agrícola, Uéllen Colatto. O Ministério está revisando a legislação que trata da aviação agrícola no Brasil. Recentemente foi finalizada a etapa de consulta pública do regulamento que substituirá o Decreto nº 86.765/1981. Alterações nesse Decreto podem impactar diretamente outras normativas, tanto para veículos tripulados, quanto no caso dos drones. A Portaria nº 298/2021, que estabelece regras para operação de drones para aplicação de pesticidas, também estará sujeita a alterações. “Somos um país pioneiro na regulamentação específica de drones agrícolas”, disse Colatto. (MAPA)
PRF apreende 50 galões de paraquate, herbicida proibido no Brasil, em Ijuí, RS. Suspeita-se que o agrotóxico seja de origem argentina. (Polícia Rodoviária Federal)
Custos para importação de fertilizantes seguem em queda, alcançando o menor valor em quase dois anos, em maio de 2023. Valor médio de importação foi de US$ 0,40/kg no período. Preço médio de importação entre janeiro e maio de 2023 alcançou US$0,44/kg, valor 30,5% menor ante o mesmo período de 2022. (Secretaria de Comércio Exterior)
Entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro encerraram o primeiro trimestre de 2023 com 8,5 milhões de toneladas, registrando redução de 1,2% ante o mesmo período de 2022. MT continua na liderança nas entregas ao mercado, atingindo 25,1% do volume total, com 2,14 milhões de toneladas. (ANDA)
Segundo Luiz Roberto Barcelos, co-fundador da Agrícola Famosa e diretor da Abrafrutas, “mais liberação de defensivos não significa que haverá mais utilização“. Segundo Barcelos, “são moléculas novas, mais modernas, mais seletivas, mais eficientes e menos tóxicas… só vai usar quem precisa e haverá uma substituição de uso das antigas pelas novas”. (Abrafrutas)
ES foi o estado com mais casos de intoxicação por agrotóxicos entre 2021 e 2022, alcançando 304 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão TO e PR, respectivamente. (Ministério da Saúde)
“Não há solução rápida para a dependência do Brasil da importação de fertilizantes“, segundo o CEO da Yara Fertilizantes, Marcelo Altieri. “O Brasil deveria produzir mais matérias-primas como fósforo e potássio. Isso requer investimento em mineração. Hoje, há outros lugares no mundo onde você consegue fazer mineração com menor impacto ambiental… até 2050, não vemos um cenário que solucione rápido essa dependência”, disse Altieri. (Yara Fertilizantes)
Ex-ministra da agricultura e coordenadora política da Frente Parlamentar do Agronegócio, Tereza Cristina, comentou sobre o PL dos Pesticidas nº 1459/2022: “Eu acho que a coisa vai caminhar. O presidente Rodrigo Pacheco foi muito enfático: esse assunto precisa ser votado. Tem que dar uma solução. Seja sim ou não, mas ele tem que andar”. (FPA)
América Latina
Rainbow planeja expandir capacidade produtiva na Argent
Governo da Argentina busca estabelecer valor necessário para cobrir as importações de agroquímicos durante os próximos 90 dias. Ministério da Agricultura e câmaras privadas realizam reuniões para determinar a quantidade de dólares necessárias para importação dos insumos. Para a cultura do trigo, por exemplo, falta a entrada de US$ 200 milhões em agrotóxicos. Anualmente, a agricultura da Argentina precisa da entrada de US$ 3 bilhões em agrotóxicos e US$ 2,4 bilhões em fertilizantes, em média. “Todas as reivindicações de importação foram ouvidas; queremos chegar a um número para junho, julho, agosto, os próximos três meses, sobre as necessidades [de compras no exterior]”, segundo nota do Ministério. (Ministério da Agricultura; Ciafa)
Estudo realizado no âmbito do Plano Nacional de Fertilização e Nutrição Vegetal 2019 – 2025 da Bolívia estabeleceu que o uso de fertilizantes à base de NPK aumenta a produtividade das lavouras do país em 70%, em média. Ganhos de produtividade no trigo podem alcançar até 130. Segundo o ministro de hidrocarbonetos e energia, Franklin Molina, a Planta de Fertilizantes Granulados de Cochabamba, cuja construção deve ser finalizada em três meses, irá prover 60 mil toneladas de NPK por ano, o que deve suprir toda a demanda do país. (Ministério de Hidrocarbonetos e Energia)
Projeto de Lei nº 23.783 busca proibir pesticidas considerados altamente perigosos para a saúde e/ou meio ambiente na Costa Rica. PL visa proibir produtos como glifosato, clorotalonil, paraquate, fipronil, carbosulfan, brometo de metila, dentre outros. Alguns desses agrotóxicos já estão proibidos por decreto executivo. “Além de buscar a proibição de agroquímicos como o glifosato, estamos propondo uma receita digital para que os agrônomos mantenham um registro dos produtos que estão usando… Não é possível que nosso país demore tantos anos para registrar novas moléculas, menos poluentes”, disse a deputada Kattia Cambronero. (Assembleia Legislativa da República de Costa Rica)
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