Mercado de bioinsumos alcançou US$ 819 milhões
Ofício-Circular nº 6/2025, do MAPA, apresenta a primeira distribuição oficial de processos de registro de agrotóxicos, dando início ao modelo de fila unificada estabelecido pelo Ato nº 40/2025, publicado em 2/9. O MAPA passou a centralizar o recebimento e distribuição dos pedidos para Anvisa e Ibama, o que consolida seu papel como gestor do fluxo regulatório, conforme previsto na Lei 14.785/2023. A lista inclui produtos orgânicos, de baixo impacto, e formulados com novos ingredientes ativos. (MAPA)
Em cumprimento a decisões judiciais, Anvisa aprova avaliação toxicológica dos pesticidas picoxistrobina (Biorisk); metoxifenozida (GSP); trifloxistrobina técnico (Prospecta); picloram + 2,4-D (Syncrom); APMSL (Syncrom). (DOU, Res. n° 4603 – 4607 de 14/11/2025, Anvisa)
Confirmado caso de resistência de Ischaemum rugosum (capim-macho) aos herbicidas imazapir e imazapique. Biótipo resistente foi identificado na região de Itajaí, SC. Não há relatos semelhantes em outras regiões do Brasil. Recomenda-se monitoramento contínuo e boas práticas agrícolas, como uso de sementes certificadas, rotação de mecanismos de ação, limpeza de maquinários, eliminação de plantas sobreviventes e manejo antecipado. (HRAC-BR)
Roberto Levrero, presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal, foi nomeado para o Conselho Superior da Academia Latino-Americana do Agronegócio no biênio 2025/2026. (Abisolo)
Mercado de bioinsumos alcançou US$ 819 milhões na safra 2024/25, aumento de 18% em relação ao ano anterior. O setor, que já representa quase 5% do mercado de proteção de cultivos, cresceu quase 4 vezes desde 2020. Os fatores que impulsionam esse crescimento são a resistência de pragas e doenças a químicos e a busca por manejo complementar. (Kynetec)
MAPA atualizou lista de pragas quarentenárias presentes no Brasil, incluindo a região de Almeirim, PA, como nova área de ocorrência da praga da mandioca (Rhizoctonia theobromae) e o estado do RN para como área da praga da videira (Xanthomonas campestris). A medida exige que essas novas áreas sigam imediatamente regras estritas de controle de trânsito de vegetais hospedeiros para evitar a disseminação. (DOU, Portaria SDA/MAPA nº 1.443/2025, MAPA)
Anvisa publica desistência de 50 pedidos de avaliação toxicológica de pesticidas por parte das empresas registrantes. (DOU, Res. n° 4589 de 14/11/2025, Anvisa)
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços apresentou as missões, ações estratégicas e indicadores do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia. Dentre os objetivos, busca-se “Ampliar esforços de prospecção, conservação (ex situ, in situ, on farm), caracterização, valoração e uso sustentável dos ativos e bioinsumos da sociobiodiversidade”. (DOU, Res. CNBIO n° 7 de 07/11/2025, MDIC)
Anvisa reprova avaliações toxicológicas de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae da OPHICINA. (DOU, Res. n° 4592 de 14/11/2025, Anvisa)
3tentos registrou crescimento de 42,9% na receita de insumos no 3T25, impulsionada pela expansão no RS e MT e pelo maior volume de sementes, fertilizantes e defensivos adquiridos para o início da safra 2025/26. Lucro bruto ajustado do segmento avançou 73,3%, refletindo a recuperação das margens comerciais. (3tentos)
Vittia reportou lucro líquido ajustado de US$ 9,6 milhões no 3T25, um crescimento de 11,9% em relação a 2024. Apesar do cenário desafiador do agronegócio e atrasos na comercialização de defensivos, a receita líquida cresceu 5%, atingindo US$ 61,3 milhões, impulsionada pelo segmento de fertilizantes de solo e soluções biológicas. EBITDA ajustado teve leve alta de 0,4%, ficando em US$ 15,7 milhões, e a empresa expandiu significativamente a geração de caixa operacional, 130,1% no acumulado do ano, mantendo uma baixa alavancagem. (Vittia)
Syngenta abriu a plataforma Cropwise para desenvolvedores, com acesso a dados agrícolas de 74 milhões de hectares em mais de 30 países, para acelerar a digitalização da agricultura. (Syngenta)
Tereos ampliou uso de bioinsumos em seus canaviais e afirma ter alcançado economia de R$ 50/ha desde 2018, ao combinar soluções biológicas com fertilizantes minerais. Segundo o COO Everton Luiz Carpanezi, 70% das áreas próprias já utilizam biológicos, em parceria com a Koppert, incluindo manejo integrado contra o esfenóforo (Sphenophorus levis). (Tereos)
Koppert Brasil busca captar US$ 115 milhões para construir três novas fábricas no país e avançar rumo à independência financeira e de gestão da matriz holandesa. Segundo o co-CEO Gustavo Herrmann, a operação é conduzida pelo Itaú BBA e integra o plano de expansão local, que inclui possível abertura de capital no médio prazo. (Koppert)
Cerca de 37 toneladas de fertilizantes adulterados foram apreendidas em Divino, MG, após técnicos identificarem que a carga de sulfato de amônio não correspondia às especificações originais. A Polícia Militar confirmou a adulteração em laudo técnico. (Polícia Militar)
Plataforma de networking look2agro™ alcançou 50 mil nomes de empresas do agro da China, Índia e Brasil. (look2agro™)
UPL confirmou novos investimentos no Brasil. Segundo o CEO Jai Shroff, a empresa continua ampliando sua capacidade industrial na fábrica de Salto de Pirapora, SP, e destina aproximadamente 20% de seus investimentos globais ao Brasil, o que alcança cerca de US$ 100 milhões ao ano. O crescimento recente da companhia foi impulsionado pela forte demanda por fungicidas no Brasil e pela recuperação das vendas na Argentina. (UPL)
Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou o PL 2556/25, que busca substituir os termos “agrotóxico” e “agrotóxicos” por “defensivo agrícola” e “defensivos agrícolas” na Lei nº 14.785/2023. O texto define “defensivo agrícola” como termo abrangente para pesticidas e produtos fitossanitários e afirma que a mudança não altera regras de segurança. A proposta ainda passará pelas comissões de Defesa do Consumidor e de Constituição e Justiça, antes de ser enviada ao Senado. (Câmara dos Deputados)
Segundo Jeferson Souza, analista da Agrinvest Commodities, preços do cloreto de potássio (KCl) seguem mais altos em 2025, com valores no CFR entre US$ 80 e US$ 90/t acima de 2024 e, no interior do Brasil, até US$ 100/t superiores ao que foi pago em outubro de 2024. O encarecimento externo e os custos internos de frete pressionam o insumo, enquanto a soja apresenta preços mais firmes em dólar. Relações de troca no MT estão acima das registradas em 2024 e levemente superiores à média histórica, exigindo estratégias mais complexas, como uso de futuros e opções, para melhorar a relação soja/KCl. A oferta limitada no País deve manter o mercado firme, tornando as compras para 2026/27 mais lentas. (Agrinvest Commodities)

América Latina
Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina emitiu segundo alerta fitossanitário obrigatório para o controle da praga Lobesia botrana (traça-da-videira) na província de San Juan. Produtores devem aplicar produtos autorizados dentro dos prazos oficiais, até 24 de novembro para a maior parte da província. Até mesmo produtores que utilizam feromônios devem realizar aplicações complementares. (Senasa)
Explosão no Polo Industrial de Spegazzini, em Ezeiza, na Argentina. Segundo a Promotoria de Ezeiza, a explosão teve início em um galpão da Logischem, empresa especializada no armazenamento de fertilizantes e produtos agroquímicos. Mais de 20 empresas foram atingidas, causando danos severos em estruturas industriais e residências próximas. (Promotoria de Ezeiza)
Instituto de Desenvolvimento Agrário inaugurou biofábrica no município de Hijuelas, no Chile. O projeto beneficia produtores locais ao permitir que produzam seus próprios bioinsumos, biofertilizantes e composto, utilizados em culturas como couve, feijão e abacate. A iniciativa busca reduzir custos, melhorar a saúde do solo e fortalecer práticas de agricultura sustentável. (INDAP)
5ª Escola Internacional de Bioinsumos México 2025 foi inaugurada em Zautla, Puebla, reunindo representantes de 11 países da América Latina e Caribe. O evento terá três semanas de atividades práticas e teóricas em agroecologia, manejo do solo e produção de bioinsumos. (Gobierno del Estado de Puebla)
Especialistas do Instituto de Ecologia, centro público de pesquisa ambiental do México, alertam que a expansão do monocultivo de batata na região de Xalapa aumenta a contaminação de água, solo e de florestas locais devido ao uso de agroquímicos perigosos. (Inecol)
Universidad de la República, no Uruguai, desenvolveu robô equipado com câmera e inteligência artificial capaz de detectar e rastrear formigas em tempo real. O projeto busca oferecer alternativa mais ecológica ao uso de pesticidas no controle de pragas. (Universidad de la República)
Ministério da Agricultura do Uruguai realizou pesquisa sobre uso de bioinsumos na agricultura. Mais de 1,6 mil fazendas participaram do levantamento e 66% dos agricultores declararam ter utilizado bioinsumos nos últimos dois anos. O mercado é altamente concentrado em inoculantes: 47,8% dos produtores afirmaram ter usado apenas esse tipo de produto. Aplicações totalizaram 759,2 mil hectares, dos quais 508,9 mil hectares correspondem ao cultivo de soja. Entre aqueles que não utilizam bioinsumos, 40% apontaram a falta de informação como principal barreira. (Ministério da Agricultura)
Agricultores de Tala, Uruguai, alegam que cultivo de beterraba açucareira com uso de insumos químicos degradou o solo, contaminou aquíferos e prejudicou a saúde da população local. Segundo Marcelo Fossati, da Rede Nacional de Sementes Nativas e Crioulas, houve perda da capacidade de retenção de água no solo e aumento de casos de câncer e doenças respiratórias entre agricultores expostos sem proteção. (Agência Brasil; Rede Nacional de Sementes Nativas e Crioulas)

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