Proteção e nutrição de plantas - Update Semanal Brasil & América Latina (19/06/25 – 25/06/25)

Estudo realizado por pesquisadores do Brasil e Uruguai no RS revela que a buva (Conyza bonariensis), que já apresentava resistência ao glifosato na região, também apresenta resistência ao clorimurom-etílico. Biótipos avaliados demonstraram tolerância de até 49 vezes a dose de glifosato recomendada. Para o clorimurom, o fator de resistência ultrapassou 4900 em alguns casos. Mais informações em doi.org/10.1016/j.pestbp.2025.106501. (INIA; UFRGS)  

Escalada do conflito no Oriente Médio [guerra Irã – Israel] provocou aumento nos preços futuros da ureia, gerando impacto direto no mercado de fertilizantes nitrogenados e fosfatados no Brasil. A região é um importante polo de produção e fornecimento desses insumos, o que eleva a preocupação dos investidores e compradores, principalmente num momento em que o mercado já vinha demonstrando sinais de firmeza para os nitrogenados. (StoneX Consultoria)  

Diálogo Agropolítico Brasil Alemanha realizou em 24 de junho o webinar Bioinsumos na Agricultura: tendências e desafios na América Latina e na Europa. “Esse webinar reúne especialistas do Brasil, Alemanha, Argentina, Uruguai e Colômbia para discutir tendências e desafios na adoção de bioinsumos. O evento busca promover a troca de experiências entre setores público, privado e científico a fim de fortalecer a bioeconomia por meio da colaboração internacional”. Para representar o Brasil foi convidada a pesquisadora Christiane Abreu Oliveira Paiva, da Embrapa Milho e Sorgo, que ministrou a palestra “Bioinsumos na agricultura – Tendências e desafios no Brasil”. (ADP)  

Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto os EUA e Europa enfrentam entraves burocráticos ou modelos fragmentados, o Brasil avança com um marco regulatório ágil – como a Lei nº 15.070/2024, que simplifica registros de bioinsumos. Combinando flexibilidade com segurança, o modelo brasileiro acelera a inovação, reduz custos para o produtor e fortalece a competitividade verde do agro nacional. (Cepea)  

Com atuação reconhecida na produção de ovos e frangos orgânicos, a Korin vem ampliando sua frente de negócios agrícolas, com foco em bioinsumos: de microrganismos para o solo aos fertilizantes biológicos. Atualmente, a capacidade produtiva da fábrica da empresa em Ipeúna, no interior de São Paulo, é de 2,4 milhões de litros de bioinsumos por ano, mas, para atingir esse volume, ainda são necessários ajustes em etapas como envase, filtração e gestão de estoques. Hoje, a produção anual gira em torno de 1,3 milhão de litros. (Korin)  

Custo de produção da soja em MT para a safra 2025/26 apresentou leve queda em maio. Segundo informações do boletim informativo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, o custo por hectare ficou estimado em R$ 4.136,97, uma retração de 0,19% em relação ao mês anterior. A principal explicação para essa redução está nos menores gastos com fertilizantes, corretivos e defensivos agrícolas. (IMEA)  

Biotrop encerra 2024 com o equivalente a 41 milhões de hectares tratados por suas soluções biológicas e naturais, consolidando‐se como uma das principais fornecedoras de bioinsumos do país. “O número comprova a evolução do uso desses produtos e nosso impacto real na agricultura brasileira”, afirma Rogério Rangel, diretor de marketing da empresa. (Biotrop)  

Governo vai poder cobrar a Taxa de Avaliação e de Registro de pesticidas, aditivos e outros produtos relacionados a agrotóxicos. Foi o que o Congresso Nacional decidiu, nesta terça-feira (17), ao derrubar o veto (VET 47/2023 – itens 10 a 15) a essa previsão na nova Lei dos Agrotóxicos, Lei 14.785/2023. (Agência Senado)  

Para Roberto Rodrigues, especialista em manejo da Ourofino Agrociência, a disparada no preço e a escassez de produtos como o cletodim evidenciam a necessidade de transição para práticas mais sustentáveis, como o Manejo Integrado de Plantas Daninhas. “Não é mais viável depender de uma única molécula. A diversificação dos mecanismos de ação é fundamental para preservar a produtividade e a rentabilidade das lavouras”. O cletodim, um dos principais herbicidas utilizados no controle de gramíneas em culturas como soja, milho e algodão, registrou aumento de 55% nos primeiros meses de 2025. (Ourofino Agrociência)  

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou financiamento de R$ 133,2 milhões à Coopavel Cooperativa Agroindustrial. A operação foi estruturada no âmbito do Plano Safra, com recursos do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns e do Prodecoop. O projeto, cujo investimento total é de R$ 144,3 milhões, viabiliza o crescimento e a sustentabilidade das operações da cooperativa paranaense. A operação prevê ampliação e modernização das unidades de recebimento de grãos e comercialização de insumos agrícolas nos distritos de Santo Izidoro, em Três Barras (PR), e Nova União, em Céu Azul (PR). (BNDES)  

Congresso Nacional rejeitou vetos presidenciais à Lei do Autocontrole (Lei 14.515/2022) e restabeleceu a isenção de registro para insumos biológicos produzidos dentro da propriedade rural. A norma vale exclusivamente para o uso próprio e proíbe a comercialização desses produtos. (Congresso Nacional)  

Sumitomo, por meio da Agro Amazônia, vai investir R$ 140 milhões em uma nova planta de armazenamento e beneficiamento de sementes de soja em Patos de Minas, MG. O anúncio ocorreu nesta sexta-feira (20/6), durante missão do Governo de Minas ao Japão. A operação deve começar integralmente até o fim de 2026. (Sumitomo Corporation)  

Casos de greening dos citros foram confirmados em Doutor Ulysses e Cerro Azul, no Vale do Ribeira, Estado do Paraná. Em resposta, o Sistema Estadual de Agricultura emitiu orientações sobre medidas obrigatórias para o enfrentamento da doença. (Seagri)  

Em Herculândia, SP, uma ação da Polícia Militar Ambiental e da Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo apreendeu 2.330 mudas cítricas acondicionadas em local irregular. No local da apreensão, também foram encontradas 276 mudas de café que seriam comercializadas irregularmente. (Defesa Agropecuária de SP)  

Segundo o consultor em agronegócio Carlos Cogo, o Estreito de Ormuz, por onde circulam 20% das exportações globais de petróleo e volumes expressivos de gás natural e fertilizantes nitrogenados, torna-se um ponto estratégico e gargalo logístico global para a commodity. Com sanções econômicas vigentes, o Irã pode reagir bloqueando rotas marítimas ou interrompendo o envio de insumos estratégicos, pressionando ainda mais os custos de produção. “O ataque pode ter impacto direto na oferta de fertilizantes. O Irã é o terceiro maior exportador de ureia do mundo, responsável por 10% da oferta global, com 4,8 milhões de toneladas por ano, e o sétimo maior exportador de amônia anidra”, comenta Cogo. Cerca de 17% das importações brasileiras de ureia são do país. (COGO Inteligência em Agronegócio)  

Deputada federal Carol De Toni protocolou Projeto de Decreto Legislativo para sustar imediatamente os efeitos da Portaria nº 805/2025, do MAPA, que institui o Programa Nacional de Rastreabilidade de Produtos Agrotóxicos e Afins. A parlamentar aponta que a portaria foi editada de forma precipitada, sem a conclusão dos trabalhos do grupo técnico que discutia o tema dentro do Ministério. O deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion, também apresentou na Câmara um Projeto de Decreto Legislativo para sustar os efeitos da portaria. (FPA)  

Agentes do Departamento de Operações de Fronteira apreenderam, nesta quarta-feira (18/6) mais de dois mil litros de agrotóxicos em Mato Grosso do Sul, na divisa entre Brasil e o Paraguai. Na operação, os policiais encontraram os galões do produto na caçamba. O material produzido no país vizinho é proibido aqui no Brasil. A carga avaliada em mais de R$ 2 milhões foi apreendida e o motorista do caminhão foi preso em flagrante. (DOF)  

Em uma série de ações realizadas entre fevereiro e junho de 2025, a Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária promoveu trabalho de fiscalização e controle no comércio e armazenamento de agrotóxicos e produtos afins na região de Bom Jesus, PI, resultando na interdição de mais de 50 toneladas de produtos vencidos e na aplicação de notificações a fabricantes e distribuidores. A ação foi realizada por meio da Unidade de Sanidade Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí. De acordo com o relatório da USAV foram lavrados sete autos de interdição, totalizando 50.500 kg e 5.094 litros de agrotóxicos e afins, considerados impróprios para uso, em virtude de estarem vencidos. Além disso, foram registrados cinco autos de desinterdição, abrangendo 375 kg e 4.764 litros, após a regularização das pendências. (SADA)  

Com o objetivo de fortalecer o controle ambiental e promover maior transparência nos processos relacionados ao cadastro de agrotóxicos no Ceará, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente participou em 17/06 de reunião remota com representantes da Associação Nacional de Empresas de Produtos Fitossanitários. A finalidade do encontro foi orientar empresas sobre os procedimentos e diretrizes para o cadastro adequado dos produtos no Sistema de Cadastro e Registro de Agrotóxicos – SICRA. O SICRA tem como finalidade cadastrar agrotóxicos para uso e comercialização no Ceará. Por meio desse sistema, as empresas interessadas realizam o envio da documentação técnica exigida para análise e posterior aprovação, conforme os critérios legais estabelecidos pela legislação ambiental e sanitária. (Semace)  

Produtores de milho temem instabilidade no mercado em função da guerra entre Israel e Irã. Os iranianos estão entre os principais compradores do cereal do Brasil e são importantes fornecedores de adubo nitrogenado. “Claro que o conflito preocupa, pois Israel também fornece insumos, assim como Rússia e Ucrânia, que também estão em guerra”, alerta Glauber Silveira, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo. (Abramilho) 

Grupo Wirstchat, de fertilizantes, terá fábrica de adubos especiais em Portugal. Empresa de origem paranaense, dona da marca Harvest Agro, deu início à sua expansão internacional com a construção de sua primeira fábrica na Europa. A planta deverá começar a produzir efetivamente até dezembro de 2026, com capacidade produtiva de 300 mil L/mês. Expectativa de receita de 2 milhões de euros, aproximadamente R$ 15 milhões, no primeiro ano de funcionamento. (Grupo Wirstchat)