Proteção e nutrição de plantas - Update Semanal Brasil & América Latina (28/03/24 – 03/04/24)

Tribunal de Contas da União encontra “indícios robustos de irregularidades graves” em contrato entre Petrobras e Unigel


Brasil

Em cumprimento à decisão judicial, Anvisa aprova avaliação toxicológica de agrotóxico trifloxistrobina + protioconazol, da Perterra. (Anvisa)

Sinara Giombelli Ferreira é a nova diretora de negócios da FMC no Brasil. (FMC Corporation)

Fertilizantes Heringer apresentou prejuízo de R$ 24,6 milhões no quarto trimestre de 2023, uma redução de 65% ante a perda de R$ 70 milhões no mesmo período de 2022. Em 2023, o prejuízo líquido atingiu total de R$ 361 milhões, 140% acima da perda de R$ 150,5 milhões de 2022. (Fertilizantes Heringer)

Jose Henrique Galli é o novo CEO da Goplan, franqueadora de insumos agrícolas sediada em Campinas, SP. (Goplan)

Apontado como um dos mais baratos do mundo, o hidrogênio verde brasileiro deixa de ter um preço tão baixo quando contabilizados os encargos e subsídios para o consumidor final de eletricidade. Nesse contexto, a autoprodução de energia elétrica pode ser uma solução para garantir a competitividade, segundo a diretora de energia renovável da Atlas Agro, Maria Gabriela da Rocha Oliveira. “Então hoje a gente está pensando no modelo que a gente chama de power-to-nitrogen. Então, [esse modelo] é a gente ser dono da cadeia inteira, desde a geração de renovável até a produção do fertilizante nitrogenado”. (Atlas Agro; EPBR)

Anvisa aprova avaliação toxicológica de produto técnico novo, com ingrediente ativo ainda não registrado no país, baseado em espidoxamato, da Bayer. (Anvisa)

Programa Monitora Milho SC identificou cigarrinhas-do-milho (Dalbulus maidis) infectadas com fitoplasma do enfezamento-vermelho, espiroplasma do enfezamento-pálido e vírus-da-risca, que são doenças transmitidas pelo inseto, capazes de comprometer a produção do grão. Maria Rappussi, pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC afirmou que “o aumento da infectividade é esperado nesta época de safrinha e já foi observado nos monitoramentos realizados em anos anteriores… Como a infectividade da cigarrinha está alta, o risco do patógeno ser viabilizado para a safra seguinte também é alto”. (Epagri)

Cauê Tavares é o novo diretor de marketing de clientes e inteligência de negócios da Bayer no Brasil. (Bayer Crop Science)

Da safra 2014/15 até 2022/23 o mercado de fungicidas para milho cresceu mais de quatro vezes, de R$ 561 milhões para R$ 2,8 bilhões. Gabriel Pedroso, especialista da Kynetec Brasil, destaca que 85% da movimentação total, ou R$ 2,4 bilhões, corresponderam ao plantio da segunda safra, e os 15% restantes, R$ 412 milhões, ao cultivo de verão. Em comparação com 2021/22, quando os fungicidas movimentaram R$ 2,25 bilhões na cultura, houve aumento de 26% nas vendas. (Kynetec Brasil)

Syngenta anunciou aquisição do Grupo Produtécnica, distribuidora de insumos agrícolas com enfoque no MA, PI e TO. “Não estamos meramente buscando expandir ou consolidar, mas sim ter uma rede de distribuição capaz de promover tecnologias, serviços e suporte”, disse Andre Savino, presidente da Syngenta Proteção de Cultivos no Brasil. Conclusão da aquisição está sujeita à aprovação do CADE. (Syngenta)

Rodrigo Gutierrez é o novo CEO do Grupo Sinova, antes chamado de Grupo Sinagro, focado nos segmentos de defensivos, fertilizantes e sementes para a região do Cerrado. (Sinova)

Mosaic Fertilizantes e SulGesso Agro, do RS, anunciaram parceria comercial para distribuição de gesso agrícola na região sul. Após 1/05, a SulGesso será a distribuidora exclusiva de gesso agrícola para o PR, SC e RS. “A parceria com a Mosaic Fertilizantes certamente significa um novo momento no mercado de insumos para correção e condicionamentos de solos no sul do Brasil”, disse o presidente da SulGesso, Manoel Ferreira. O gesso agrícola produzido pela Mosaic é originado durante a produção do ácido fosfórico, a partir da reação da rocha fosfática de alta pureza com o ácido sulfúrico. (Mosaic Fertilizantes; SulGesso Agro)

De acordo com Kassio Mendes, pesquisador da Universidade Federal de Viçosa, os herbicidas corresponderam a quase metade do total consumido de pesticidas em 2021 e 2022. “A soja e o milho estão no topo, e o foco de registro das empresas de pesticidas é nas commodities. Por isso, as HF (hortifruti) têm poucos produtos registrados”, disse Mendes. Segundo ele, MT é o estado que mais consumiu pesticidas no Brasil. (Sindiveg; UFV)

Através de aporte de R$ 100 milhões, a gestora Aqua Capital passou a ser controladora da SoluBio, passando a contar com mais de 50% da empresa de bioinsumos. Objetivo da SoluBio é atingir faturamento de R$ 1 bilhão em cinco anos. Aqua Capital também anunciou captação de aproximadamente R$ 2,2 bilhões em seu novo fundo, dedicado a investir em companhias de agronegócios e alimentos. (Aqua Capital; SoluBio)

Roberto Araújo, diretor de defensivos químicos na CropLife Brasil, irá palestrar no workshop “Nova Lei dos Agrotóxicos: Impactos para a Aviação Agrícola”, organizado pelo Instituto Brasileiro de Aviação Agrícola. Evento será realizado em 04/04, às 15h, em formato online. (Abravag; CropLife Brasil)

Com investimentos de aproximadamente R$ 65 milhões, a Adufértil passará a utilizar o Portocel, terminal portuário especializado na movimentação de produtos florestais em Aracruz, ES, para importação e manuseio de fertilizantes no Brasil. A operação faz parte do processo de diversificação do terminal portuário, cujos acionistas são as empresas de celulose Suzano e Cenibra. Espera-se uma movimentação entre 120 mil e 180 mil toneladas/ano de fertilizantes no porto. (Adufértil)

Pedido do ministro André Mendonça interrompeu, em 2/04, o julgamento do Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal sobre a validade de normas que estabelecem a redução de impostos para agrotóxicos. Com isso, a análise do caso será reiniciada em sessão presencial, ainda sem data marcada. Até o pedido de destaque, o julgamento era virtual, com término previsto para esta quarta-feira, 03/04. (STF; Conjur)

Sheilla Pereira Albuquerque é a nova CEO da SoluBio, empresa focada na produção de bioinsumos “on farm”, ou seja, diretamente nas propriedades agrícolas. (SoluBio)

Tribunal de Contas da União encontra “indícios robustos de irregularidades graves” em contrato entre Petrobras e Unigel para produção de fertilizantes em duas fábricas na BA e uma em SE. O TCU recomendou a suspensão do contrato. (TCU)



América Latina

Segundo a Trimble, da área de tecnologia, o sistema WeedSeeker 2 da empresa utiliza “óptica avançada e processamento potente para detectar e aplicar pesticidas apenas nas áreas infestadas“, o que poderia gerar economia de até 60% no uso de produtos. “Além de realizar a aplicação de dessecação, [o sistema] também é capaz de eliminar ervas daninhas com a cultura já emergida . Esses e outros fatores permitem que o produtor tenha um retorno alto de investimento, pois possibilita a economia de defensivos sobre a área infestada”, disse José Carlos Bueno, diretor comercial para a América Latina da empresa. (Trimble)

“Os níveis de fósforo, enxofre e zinco dos solos da Argentina têm caído de forma preocupante”, segundo Amancay Herrera, gerente comercial do laboratório Suelo Fértil, da Associação de Cooperativas da Argentina. “Viemos de uma colheita fraca em muitos casos, que devolveu nutrientes ao solo. Mas de uma forma geral os níveis de fósforo, enxofre e zinco têm caído de forma preocupante”. É necessário avaliar o custo-benefício da fertilização e considerar práticas sustentáveis de gestão do solo para garantir uma reposição eficaz de nutrientes a longo prazo. (ACA)

Associação de Fornecedores de Insumos, Bens e Serviços Agropecuários – Aprisa da Bolívia e a Associação de Fornecedores de Insumos Agropecuários – APIA alertam que o Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária e Inocuidade Alimentar – Senasag estaria realizando “uma série de retrocessos” no registro de agrotóxicos. Segundo as associações, o Senasag costumava realizar um registro “mais ágil e menos burocrático”, mas após a inclusão dos ministérios da Saúde e do Meio Ambiente no processo através de regulamentos aprovados em 2017, as cobranças de taxas triplicaram os custos de registro de produtos. “A regra diz que eles devem nos dar uma resposta em até 90 dias. Quatro anos se passam e não temos resposta. Se um novo produto sai hoje e é mais amigável para o meio ambiente, na Bolívia ele só pode ser utilizado daqui a quatro anos”, disse Jorge Araníbar, presidente da Aprisa. Segundo Martín Ascarrunz, presidente da APIA, dos 1000 pedidos de registro realizados nos últimos 5 anos, apenas 132 foram aprovados. “Ou seja, aproximadamente 26 registros por ano. Anteriormente, eram 470 registros por ano”. (Aprisa; APIA)



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