Produção de etanol de milho deve subir até 3,5 bilhões de litros

Argentina firmou com EUA acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões para fortalecer reservas e estabilizar a moeda. Tesouro dos EUA classificou o pacto como medida de “estabilização econômica”, e Donald Trump sugeriu importar carne argentina para conter preços internos, gerando críticas de pecuaristas. Após o anúncio, os títulos argentinos em dólar subiram, indicando maior confiança no mercado. (Banco Central da Argentina; Departamento do Tesouro dos EUA)
Trigo e cevada avançam em boas condições, com 89,9% e 90% das áreas, respectivamente, classificadas entre boas e excelentes, com projeções acima das médias históricas, sendo que a produção de cevada deve alcançar 5,3 milhões de toneladas. Safra 2025 segue com desempenho superior aos últimos anos. (Bolsa de Cereais de Buenos Aires)
Recorde histórico na cadeia do amendoim. Entre janeiro e agosto de 2025, o país exportou 539 mil toneladas do produto, gerando US$ 774 milhões, um aumento de 34% em volume e 16% em valor frente ao mesmo período de 2024. Safra 2024/25 atingiu 1,8 milhão de toneladas, com área cultivada de 533 mil hectares, o maior patamar em sete anos. Crescimento foi impulsionado pelo óleo de amendoim (+71% em volume) e pela expansão para mais de 50 destinos, incluindo a retomada de mercados como Sérvia, Egito e Vietnã. (Ministerio de Economía)

Produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil pode crescer 4% em 2026/27, alcançando 43,2 milhões de toneladas. O aumento seria impulsionado pela recuperação da moagem de cana para 625 milhões de toneladas e por um mix de 52% destinado ao açúcar. Produção de etanol de milho deve subir até 3,5 bilhões de litros, enquanto o etanol total recua com maior preferência do mercado pela produção de açúcar. (Datagro)
Pesquisa da Quiddity e Bayer revela que 93% das mulheres do agronegócio reconhecem sua influência, mas ainda não se veem como líderes. O estudo aponta avanço na sustentabilidade e inovação, com 76% priorizando práticas sustentáveis e 80% adotando bioinsumos. O empoderamento e a capacitação continuam sendo desafios centrais para ampliar a liderança feminina no campo. (Quiddity; Bayer)
Orplana propôs criação de índice de ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) negociado em bolsa, com o objetivo de aumentar a transparência e a previsibilidade na formação de preços da cana-de-açúcar. Segundo o presidente Gustavo Rattes de Castro, a medida poderia reduzir a assimetria de informações entre produtores e usinas e fortalecer a governança do setor sucroenergético. (Orplana)
Preços das principais hortaliças caíram em setembro. Alface teve a maior redução (-16,01%), seguida por cebola (-14,8%) e batata (-10,4%), devido à oferta elevada. Já frutas como banana, laranja, maçã e mamão registraram alta, com destaque para o mamão (+12,72%). (Conab)
Mercado global de cacau apresenta sinais de recuperação, com superávit estimado em 287 mil toneladas em 2025/26, segundo a StoneX. A melhora é impulsionada por safras mais favoráveis fora da África e menor demanda industrial. Brasil deve produzir 215 mil toneladas, beneficiado por clima regular e expansão no Pará, enquanto Gana e Costa do Marfim ainda enfrentam irregularidades climáticas. (StoneX)
Exportações do agronegócio mineiro atingiram US$ 14,5 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, alta de 12,8% em relação ao mesmo período de 2024, liderando o crescimento nacional. Café respondeu por mais da metade da receita, com US$ 7,77 bilhões e aumento de 48% nas vendas, seguido pelos complexos soja, sucroalcooleiro, carnes e produtos florestais. MG exportou 13 milhões de toneladas para 175 países, com destaque para China, EUA e Alemanha. (Seapa)
Relatório da Coffee Watch aponta que o desmatamento associado às lavouras de café no Brasil somou 737 mil hectares entre 2002 e 2023, incluindo 312,8 mil hectares de desmatamento direto para o cultivo. A organização alerta que a perda de florestas ameaça o regime de chuvas e a produtividade do setor. No entanto, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil contestou os dados, citando pesquisa da Universidade Federal de MG que mostra que 99% das 115 mil propriedades cadastradas não registraram desmatamento significativo desde 2008. (Coffee Watch; Cecafé; Universidade Federal de Minas Gerais)
Belagrícola suspendeu por 60 dias pagamentos a credores e fixação de grãos após decisão judicial que permite reestruturação financeira. Com queda de 39% no faturamento da safra 2023/24 e prejuízo de mais de R$ 400 milhões, a empresa alega impacto de quebras de safra, juros altos e inadimplência recorde. (Pine Agronegócios)


Exportadas 14.611 toneladas de abacate Hass em setembro de 2025 e 147.013 toneladas no acumulado do ano, um aumento de 32,9% e 46,6%, respectivamente, ante 2024. Colômbia sediará, em Medellín, a sétima edição do evento “Territorio Aguacate”, nos dias 5 e 6 de novembro, organizado por Corpohass e Agrilink, com visitas a fazendas e plantas empacotadoras, além de uma agenda técnica e comercial voltada à cadeia produtiva do abacate Hass. (Sicex; Corpohass)
Importação de 6,38 milhões de toneladas de grãos no primeiro semestre de 2025, segundo a Federação Nacional de Cultivadores de Cereais, Leguminosas e Soja – Fenalce. Cereais representaram 75% do total (4,79 milhões t), seguidos pela soja (1,47 milhão t) e leguminosas (111,6 mil t). O milho amarelo liderou com 3,44 milhões de toneladas, seguido pelo trigo (998 mil t). O país deve encerrar 2025 com importações semelhantes às de 2024, mantendo alta dependência externa. Fenalce alertou para a falta de políticas públicas que promovam competitividade e soberania alimentar. (Fenalce)

América Latina concentra mais de 60% da produção mundial e 62% das exportações de abacate, com o México mantendo posição de liderança global. Em 2025, o país deve superar US$ 4 bilhões em exportações, com volume estimado em 1,34 milhão de toneladas. Abacate segue como principal fruta de exportação mexicana, responsável por grande parte do crescimento de 27,4% das vendas externas de frutas e frutos comestíveis no acumulado até agosto de 2025. Apesar da forte presença internacional, o consumo interno é pressionado por preços elevados, o que restringe o acesso de parte da população ao produto. (Secretaría de Economía; Inegi; USDA)
Agronegócio mexicano enfrenta cenário misto, de forte dinamismo exportador e desaceleração produtiva. Apesar do crescimento do PIB nacional, a produção primária desacelerou no segundo trimestre de 2025, influenciada por fatores sazonais como o fim do ciclo agrícola anterior. Ainda assim, em comparação com 2024, o setor manteve avanço anual, sustentado por culturas exportadoras de alto valor, como café e abacate, cujas vendas externas cresceram fortemente, compensando parcialmente a queda de outras, como bovinos e hortaliças. Em paralelo, o Fundo Monetário Internacional elevou a projeção de crescimento do México para 2025, sinalizando confiança na recuperação gradual da economia. (FMI; Governo do México)


Exportações paraguaias de milho da safra 2025 triplicaram entre junho e setembro em comparação ao mesmo período do ciclo anterior, alcançando 1,7 milhão de toneladas. Esse volume representa aumento de 245%, impulsionado por maior produção e demanda externa. Brasil segue como principal destino, com 45% das compras, seguido por novos mercados como Peru, Bolívia e Oriente Médio. (Capeco)

Peru, Chile e México criaram o Global Grape Group para enfrentar a estagnação do consumo e o aumento de 41% na oferta de uvas nos últimos oito anos. A primeira campanha, “Have a Grape Day”, focada nos EUA, investiu US$ 600 mil, gerou mais de US$ 10 milhões em vendas e aumentou o consumo em 1,4 kg per capita. Para 2025/26, o investimento deve subir para US$ 3 milhões, com meta de US$ 250 milhões em vendas extras e 21 milhões de novos consumidores. (Provid Perú; Frutas de Chile; Mexico Table Grapes)

China devolveu contêiner de carne uruguaia por resíduos de medicamentos, e o presidente do Instituto Nacional de Carnes, Gastón Scayola, alertou para o risco contra a reputação do país. Ele destacou que o caso foi isolado e que a demanda internacional segue forte, mas falta volume de gado. (INAC)
Ministro Alfredo Fratti reuniu-se com o setor do arroz para tratar da queda dos preços, custos de energia e logística. Já foram vendidos 70% da safra recorde anterior e 80% do novo plantio está concluído. Setor pediu revisão das tarifas elétricas e melhorias logísticas. Também foi discutida a revisão do protocolo comercial com o México. (MGAP; ACA)
Uruguai vê o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia como oportunidade estratégica para elevar padrão de desenvolvimento e integração da região. Chanceler Mario Lubetkin afirmou durante o fórum World in Progress, em Barcelona, que o país está pronto para assinar o tratado “assim que a UE indicar a data”, destacando que o pacto representa um “salto de qualidade” para as duas regiões nos próximos 20 anos. O ministro reforçou o papel de estabilidade democrática e credibilidade do Uruguai dentro do Mercosul. Não há, porém, confirmação oficial de que a assinatura ocorrerá até o fim de 2025. (Ministério das Relações Exteriores; Comissão Europeia; EFTA-Mercosul)

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