Overview by AgriBrasilis (19/07/25 – 25/07/25)

Published on: July 25, 2025

“Tarifaço” dos EUA ameaça exportações de café do Brasil 

 

Atividade econômica apresentou avanço de 5% em maio ante mesmo mês de 2024. Resultado representa o sétimo mês seguido de alta. (Indec)

“Não tenham dúvidas de que as retenciones [impostos de exportação] vão acabar durante a presidência de Javier Milei. Eliminar as retenciones é uma obsessão deste governo“, afirmou Luis Caputo, ministro da Economia. “A paciência não traz renda para o agricultor… O ministro tem que se sentar em uma mesa de negociações com a gente do campo”, disse em resposta Ignacio Kovarsky, presidente da Confederação das Associações Rurais de Buenos Aires e La Pampa. (Carbap; Governo da Argentina)

Adecoagro, com quatro moinhos e três plantas de secagem na Argentina, tem um plano de expansão de cinco anos, que prevê a instalação de mais silos metálicos, secadores e automação. “Nosso foco é crescer com qualidade e reduzir riscos operacionais, como os associados aos silos-bolsa”, afirmou Walter Cardozo, diretor de operações da companhia.. (Adecoagro)

Produção de arroz deve cair 13% em Entre Ríos na safra 2025/26, com área estimada em 59 mil hectares, devido à queda dos preços do arroz fino longo pela metade e aumento dos custos de produção. A área irrigada por poços, núcleo da produção, deve reduzir 20%, de 44.850 para 36.000 hectares. (Bolsa de Grãos de Entre Ríos; Siber)

Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária reporta seca no oeste e norte de Santa Fé com solos abaixo de 10% de umidade, enquanto o leste e nordeste mantêm níveis entre 50% e 100%. Plantio de trigo está 92% concluído em boas condições, mas a colheita de milho está atrasada, com apenas 82% da área colhida, afetada por chuvas e inundações. (INTA)

“Tarifaço” anunciado pelo governo dos EUA ameaça exportações totais de café do Brasil. A expectativa é que o movimento leve o país a buscar oportunidades na China e nas Filipinas. “Exportadores brasileiros de café devem buscar mercados alternativos aos EUA, caso o país concretize suas ameaças. Eles precisam mirar em mercados que combinam alto crescimento absoluto projetado com alta taxa de crescimento anual composta… Filipinas e China oferecem ambos”. (GlobalData)

Coreia do Sul liberou importação de couros e peles de boi e outros animais do Brasil. Em 2024, o país exportou mais de US$ 2,8 bilhões em produtos agropecuários para a Coreia do Sul, com destaque para soja, cereais, farinhas e carnes. (MAPA)

Exportações da carne do Brasil para os EUA registraram queda de quase 80% em menos de três meses, entre abril e julho, antes mesmo de entrar em vigor a nova rodada do “tarifaço” comercial imposto pelo governo do presidente Donald Trump, prevista para 1/8. (MDIC; ABIEC)

Pesquisadores da Embrapa, em parceria com a FAO, estão propondo a criação de observatório global da biodiversidade do solo. Iniciativa pretende estabelecer sistema unificado de monitoramento dos organismos que vivem no solo. “Hoje, os dois indicadores globais que tratam do solo, a agrobiodiversidade e carbono orgânico, não capturam a complexidade das interações biológicas”, afirma George Brown, da Embrapa Florestas. (Embrapa)

AgRural eleva previsão da produção total do milho 2024/25, estimando 136,3 milhões de toneladas, ante 130,6 milhões previstos anteriormente. Aumento do volume foi puxado por ajustes positivos na produtividade da safrinha, com rendimento médio recorde em MT, GO, PR e MS. A produção da segunda safra foi estimada em 108,9 milhões de toneladas. (AgRural)

Redução nas médias de produtividade e qualidade da cana-de-açúcar na região Centro-Sul em junho. Produtividade agrícola média caiu 10,8% e o indicador de toneladas de açúcar por hectare caiu 11,5%. (CTC)

UE segue com restrições às exportações brasileiras de carne de frango por conta do caso de gripe aviária ocorrido em maio. “O Brasil registrou apenas um caso isolado e foi um dos últimos países a registrar a doença. Isso só comprova que temos potencial de ser o mercado do futuro de carne de frango“, disse Marcelo Osório, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Proteína Animal. “Não há motivos técnicos para a UE não reabrir o mercado de frango para o Brasil”, segundo Osório. (ABPA)

Aprovado pela Assembleia Legislativa de SC o Projeto de Lei 403/2024, que prorrogou para dezembro de 2025 a redução de 60% do ICMS cobrado sobre os insumos agropecuários na venda para outros Estados. (ALESC)

Na manhã de 23/7, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ocupou a sede da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra em São Paulo, SP. O objetivo da ocupação é pressionar o governo federal a “avançar em políticas estruturantes para o campo“. (MST/SP)



Aumento de 9% nas exportações de alimentos no primeiro semestre de 2025, que somaram somaram US$ 12,46 bilhões, com destaque para cerejas, 14,4%, uvas, 10,9%, e nozes, 53,6%. EUA lideraram as importações, com US$ 2,9 bilhões, seguidos por China, Europa e África, respectivamente. (ProChile)

Recordes em exportações agrícolas. Café, abacate e óleo de palma lideraram o crescimento, tendo os EUA como principal destino. Até maio, as exportações agrícolas atingiram US$ 6,401 bilhões, 36,8% a mais do que no mesmo período de 2024. Café apresentou crescimento de quase 60% no valor das exportações durante o período. (Unidad de Planificación Rural Agropecuaria)

México enfrenta uma das piores crises agrícolas das últimas décadas. Produção de grãos e oleaginosas caiu para 32,4 milhões de toneladas, o menor volume em pelo menos 25 anos. Isso representa queda de 20,59% em relação aos 40,8 milhões de toneladas registrados em 2021. A principal causa é a seca que afetou grande parte do país em 2024. O milho é a cultura mais afetada, com queda de 5,4% pelo segundo ano consecutivo, sendo Sinaloa e Sonora os estados mais afetados. (GCMA)

Área de produção de frutas vermelhas diminuiu em mais de 10.000 hectares em quatro anos. A área produtiva está entre 48.000 e 50.000 hectares, indicando período de maior cautela. Miguel Ángel Curiel, presidente do conselho de administração da Associação Nacional de Exportadores de Frutas Vermelhas, explicou que a redução é resultado de um processo de ajuste após vários anos de crescimento acelerado, num contexto marcado por secas, doenças nas lavouras e estabilização da demanda internacional. (Aneberries)



Colheita do milho avança para o final no Paraguai com produtividades dentro do esperado, segundo Adilson Raimondi, encarregado operacional da Cooperativa Copasam. Trabalhos devem se encerrar em 8 dias e o que preocupa são os preços para a comercialização. (Copasam)

Entidades do setor produtivo apresentam Sistema de Identificação da Soja para Exportação para a União Europeia (SISE-UE). De acordo com nota assinada por diversos grêmios do agro, o SISE-UE é um sistema de identificação e rastreabilidade da soja e derivados. “Tem caráter privado, voluntário, seguro e verificável. Não constitui uma licença prévia de exportação nem autorização obrigatória, mas sim uma ferramenta fundamental para garantir o cumprimento dos requisitos que serão exigidos pela UE para o ingresso de soja e seus derivados oriundos do Paraguai”. (Capeco; Cappro; UGP)

Peru assumiu a presidência da Plataforma de Ação Climática para a Agricultura na América Latina e Caribe, com mandato até 2026, focando em agricultura regenerativa, infraestrutura hídrica, inclusão de jovens e mulheres rurais e restauração de terraços. O país lidera com 53% de suas políticas produtivas incorporando critérios ambientais, o dobro da média dos países do grupo, e 31% com abordagem territorial. (Midagri; Placa)

Uruguai assinou acordo de cooperação bilateral com a Alemanha em bioeconomia florestal para desenvolvimento de projetos conjuntos. O objetivo é promover o desenvolvimento sustentável do setor florestal por meio da ciência, inovação e colaboração institucional, buscando a utilização de recursos florestais de forma sustentável para geração de valor agregado nas cadeias produtivas. (Ministério da Agricultura)

Uruguai participou de debate sobre febre aftosa no Paraguai, com participação de delegação que incluía o vice-presidente da Federação Rural, Jorge Andrés Rodríguez. “Devido ao seu tamanho, o Uruguai não tem a capacidade de segmentar se temos um problema com a aftosa… Acreditamos que estamos em uma categoria superior em relação à febre aftosa, porque, além de sermos livres como os outros, temos a vacina que protege o rebanho e, em caso de qualquer problema, os animais estão imunizados… Por enquanto, estamos longe de considerar algo diferente”, disse Rodríguez. (Federação Rural do Uruguai)


LEIA MAIS:

Brasil se destaca no mercado global de algodão