Proteção e nutrição de plantas - Update Semanal Brasil & América Latina (16/01/24 – 22/01/25)

Last modified on: January 22, 2025

Resistência do capim-pé-de-galinha ameaça a soja


Brasil

AgroGalaxy registrou um prejuízo de R$ 1,6 bilhão no 3º trimestre de 2024, queda de sua receita líquida de 48,6% entre julho a setembro ante mesmo período em 2023. A empresa que está em recuperação judicial enfrenta uma dívida de R$ 3,7 bilhões. Nesta terça-feira, 21, anunciou a venda de sua carteira de crédito.  (AgroGalaxy)

Anvisa publica aprovação de ato de avaliação toxicológica para fins de registro de produtos com ingrediente ativo microbiológico novo no país. Biotrinsic N465 WP, Indigo 465, Biotrinsic Defender e Nemablocker, da Indigo Brazil. (Anvisa)

Agência Goiana de Defesa Agropecuária orienta produtores e população a adquirirem mudas de citros apenas de viveiros cadastrados na própria Agência e no Ministério da Agricultura e Pecuária, visando prevenir a disseminação de pragas como o Cancro Cítrico e o HLB (Greening). A legislação proíbe viveiros a céu aberto e a venda ambulante de mudas, exigindo produção em viveiros telados e documentação adequada para comercialização. (Agrodefesa;  Ministério da Agricultura e Pecuária)

Biotrop anunciou Jonas Hipólito como novo presidente. (Biotrop)

PHC Brasil iniciou 2025 com três contratações: Lucas Siqueira como Head de Desenvolvimento de Novos Negócios, Ferdinando Silva liderando a área de Pesquisa e Desenvolvimento, e João Renato Rodrigues Antonio integrando a área Comercial em Alfenas (MG). (PHC Brasil)

Pesquisadores da Universidade de São Paulo descobriram que o fungo Trichoderma pode ser um aliado eficaz no controle da Neopestalotiopsis, doença que afeta morangos. O estudo demonstrou que a aplicação de Trichoderma reduz a incidência da doença. (USP)

Em dezembro de 2024, o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes registrou 1,05, superior ao mês anterior. (Mosaic)

Pulverização aérea de agrotóxicos no MA tem afetado comunidades. Em 2024, o estado registrou 156 casos de contaminação por agrotóxicos, representando um aumento significativo ante 19 casos no ano anterior. Para combater essa prática, organizações como a Articulação das Pastorais Sociais/Repam e a Cáritas Regional Maranhão iniciaram uma campanha para criar um Projeto de Lei Estadual contra a pulverização aérea de agrotóxicos. (CPT/MA; RAMA)

Publicado o Ato nº 2 no Diário Oficial da União, com cancelamento de 16 registros agrotóxicos. (Ministério da Agricultura)

Em 30 de dezembro de 2024, a Amaggi obteve licença para produzir agrotóxicos em sua planta em Cuiabá, com capacidade de 283.335 litros mensais. A empresa informou que a fábrica produzirá “bioinsumos” a partir de organismos vivos. No entanto, a descrição da atividade como fabricação de defensivos agrícolas levanta preocupações sobre os impactos ambientais e à saúde humana, especialmente em uma região sensível como o Pantanal. (Amaggi)

Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas apreendeu 4,5 toneladas de frutos com restrição de trânsito em RR. Esses produtos, que tinham como destino Manaus, eram possíveis hospedeiros de pragas como o cancro cítrico e a mosca-da-carambola. A carga foi destruída após a apreensão. (Adaf)

Iniciado o vazio sanitário contra a ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), no AL, que vai de 1° de janeiro a 1° de abril de 2025. (Adeal)

Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobrás em Araucária (PR) iniciou a retomada de sua produção, com previsão de gerar 3 mil empregos. Terá capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia e de 475 mil toneladas/ano de amônia. A produção de fertilizantes vai integrar a cadeia do gás natural em linha com a transição energética da Petrobrás. (Fafen Araucária; Petrobras)

Controle biológico no combate à mosca minadora transformou a produção de melão em Mossoró (RN). A praga já levou a perdas de até 90% na produção, mas após a implementação de soluções biológicas, como o uso de organismos naturais, a qualidade e quantidade do melão aumentaram. (Famosa Agricultural Company)

País lidera o uso de bioinsumos na agricultura, com 14% da área plantada utilizando esses produtos. (ABBIns)

EPAMIG realiza estudo sobre a praga Rynchophorus palmarum, que afeta os pequizeiros. O estudo visa controlar a praga, com foco na proteção da produção de pequi, impulsionada pela Lei 23.853/2024 sancionada em 7 de janeiro, que cria um programa estadual para o controle de pragas que afetam os pequizeiros em MG. (EPAMIG)

Aumento nos custos dos insumos reduziram o poder de compra dos suinocultores no início de 2025. (Cepea)

Uso de agrotóxicos no oeste do PA tem 92 casos de intoxicação registrados entre 2000 e 2024, aumento de 123% nas mortes por neoplasias e 667% nas mortes por doenças do sistema nervoso entre 2000 e 2020. (Ufopa; Sinam)

Adjuvantes são essenciais para aumentar a aderência e penetração, mas não têm efeito fitossanitário direto. A regulamentação sobre esses produtos é discutida para garantir eficácia sem riscos. (Ministério da Agricultura; Embrapa)

Setor de fertilizantes perdeu R$ 43 milhões nos últimos quatro anos devido a roubos e adulterações. (Anda)

Cooperativa Tradição e a Corteva Agriscience firmaram parceria para ampliar o uso de tecnologias inovadoras na produção agrícola, e aumentar a produtividade das lavouras. A colaboração inclui o uso de soluções da Corteva, como sementes e defensivos, em diversas regiões atendidas pela cooperativa. (Cooperativa Tradição; Corteva)

Produção de biofertilizantes pela Organogreen gerou controvérsias devido a alegações de poluição e aumento de insetos. A empresa, que opera sem licenças, defende sua atividade como sustentável, utilizando resíduos orgânicos. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo investiga a solicitação de Licença Prévia e a eficácia das medidas ambientais adotadas. (Cetesb)

Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) tem avançado nos campos de soja do MT, preocupando agricultores devido à sua resistência a herbicidas como glifosato. (CTEC)

Plataforma utiliza algoritmos para melhorar o Manejo Integrado de Pragas, a tecnologia permite o registro em tempo real das culturas, com georreferenciamento por talhão, ajudando os produtores a tomar decisões rápidas e precisas. (Sima)

Embrapa firmou parceria com a Agrosmart para levar conectividade e tecnologia digital a pequenos e médios produtores no manejo de pragas. (Embrapa)

Na safra 2023/2024, o uso de defensivos agrícolas no algodão atingiu R$ 7,4 bilhões, um aumento de 9% ante o ano anterior. Esse crescimento é devido ao aumento de 18% na área plantada e à resistência crescente das pragas. O setor de inseticidas representou R$ 3,7 bilhões, e o uso de fungicidas triplicou devido a doenças foliares. (Kynetec Brasil; Abrapa)

Pesquisa da Universidade Federal da Grande Dourados revelou que a combinação de adubos orgânicos e organominerais pode reduzir em até 50% o uso de fertilizantes químicos. (UFGD)

Justiça Federal decidiu que empresas de controle de pragas não são obrigadas a se registrar no Conselho de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, pois o serviço prestado não envolve atividades exclusivas de engenheiros agrônomos. (TRF1)

Apenas 15% dos insumos foram comprados para a soja, safra 2025/26, devido a custos elevados. (Agrinvest)

Parceria entre a Embrapa, Elsys e Governo de SP levará conectividade 4G a áreas rurais de SP e usará IA para combater pragas. O projeto Semear Digital instalará armadilhas inteligentes para monitorar pragas como a broca da cana em municípios do estado. (Embrapa)

90% das amostras de plantas de uma pesquisa revelou contaminação por agrotóxicos no MS, com até 12 tipos diferentes, incluindo 45% de produtos proibidos na UE. (Abrasco; ENSP)



América Latina

Falta de chuvas na Argentina reduziu a demanda por insumo e piorou a relação insumo/produto. Em dezembro, a relação entre soja e glifosato aumentou 4,2% em comparação a novembro, enquanto os preços dos grãos caíram. (Fyo)

Sociedade Rural de Jesús María em Córdoba, Argentina, alertou sobre o aumento do grilo-comum (Acheta domesticus), uma praga secundária que tem causado danos significativos às lavouras de soja, especialmente em estágios iniciais como V3 e V4. O atraso no manejo das áreas de pousio permitiu o crescimento de plantas daninhas, criando condições favoráveis para a proliferação do inseto. Em algumas áreas, foi necessário replantar até 10% das plantações afetadas. (SRJM)

Diego Napolitano, presidente da Câmara Empresarial de Distribuidores de Agroquímicos, Sementes e Afins de Buenos Aires, Argentina, destacou que, desde a implementação do novo plano econômico pelo governo de Javier Milei, houve uma desvalorização de 35% no faturamento e no valor das empresas de insumos agrícolas. Napolitano enfatizou que, apesar dessa queda, o setor não está em crise, mas sim em transformação. (Cedasaba)

Na Argentina, o uso de inseticidas para controlar a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) aumentou 27% ante safra anterior, com cerca de 5 milhões de hectares afetados pela praga em 2024. (Bolsa de Cereais de Buenos Aires; Pesquisa de Tecnologia Agrícola Aplicada)

Raúl Monferrer, gerente de Aviación Agrícola Argentina, explicou que as autoridades devem focar no controle de profissionais não registrados, já que os registrados seguem as normas, e afirmou que a aplicação aérea de agroquímicos é segura. (Aviación Agrícola Argentina SA)

Pesquisa da Universidade Nacional da Colômbia, revela que plantas como o cacau e o pimentão herdam bactérias benéficas, como Pseudomonas e Pantoea, que ajudam as plantas a resistir a condições extremas, como a seca. (UNAL)

Em 2024, o México importou 3,7 milhões de toneladas de fertilizantes, ante 4,2 milhões em 2023, uma queda de 11,4% ocasionada pelo aumento da produção de fertilizantes no país. (Grupo de Consultoria de Mercado Agrícola)

Pemex, estatal mexicana de petróleo e gás, planeja mais que dobrar sua participação no mercado de fertilizantes do México, com participação de 33% para 80%. (Pemex)

Em 2024, as importações de fertilizantes no Paraguai aumentaram mais de 10%. (Senave)

No Peru, morangos destinados ao consumo local apresentam níveis de pesticidas até 13 vezes acima dos limites legais. Já os exportados para os EUA e UE atendem aos padrões internacionais. (Mérieux Nutrisciences)


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