Gustavo Arruda \u2013<\/strong> \u00c9 uma decis\u00e3o em fazer mais pelo mundo. Queremos que os clientes nos vejam como um ponto inicial na transi\u00e7\u00e3o que o mundo precisa passar, seja energ\u00e9tica, seja de produ\u00e7\u00e3o de materiais.
\nO BNP descontinuou alguns Businesses, e ajuda outros setores com interesse em fazer a transi\u00e7\u00e3o. Nem sempre no curto prazo vai ser lucrativo, mas esse \u00e9 o caminho. Alguns v\u00e3o tomar essa decis\u00e3o antes, outros depois. O BNP decidiu fazer isso muito antes do que a maior parte dos bancos no mercado.<\/p>\n

AgriBrasilis – Poderia comentar sobre o futuro do c\u00e2mbio?<\/strong><\/h4>\n

Gustavo Arruda \u2013<\/strong> Na economia, o c\u00e2mbio preocupa muito as pessoas. O c\u00e2mbio era R$1,50 foi para R$3, foi para R$4, foi para R$5. As commodities andaram muito. Normalmente, quando as commodities subiam, nosso c\u00e2mbio apreciava muito, mas n\u00e3o aconteceu.<\/p>\n

Tem um desafio futuro. Vemos isso com nossos clientes, em particular os investidores de longo prazo, que \u00e9 saber como agir: Se fazem hedge cambial, ou se protegem no geral. Temos um time que olha para c\u00e2mbio aqui e eles acham que no Brasil deveria estar mais apreciado do que est\u00e1.<\/p>\n

Sobre o d\u00f3lar: estava na casa de R$5,30, mas deveria estar mais pr\u00f3ximo de R$5, R$4,90, porque temos juros recuperando, mais altos, e isso ajuda na composi\u00e7\u00e3o da moeda. Quando investidores pensam onde alocar o dinheiro que tem de poupan\u00e7a, pensam no juro versus c\u00e2mbio. Se os juros aqui estiverem parecidos com os americanos, provavelmente o cliente vai preferir em d\u00f3lares. Com juros mais altos, a conta fica diferente.<\/p>\n

Segundo ponto \u00e9 o pre\u00e7o de commodities (termos de troca), que \u00e9 pre\u00e7o do que se exporta contra o que se importa. Est\u00e1 alto tamb\u00e9m e isso deveria sugerir que a nossa moeda ande.<\/p>\n

Nosso ambiente pol\u00edtico turbulento gera d\u00favidas no investidor. Isso impacta a moeda, gera volatilidade e deprecia\u00e7\u00e3o. Para o exportador, \u00e9 bom. Para o importador, gera o desafio de viabilizar o neg\u00f3cio com c\u00e2mbio mais valorizado.<\/p>\n

Imaginamos que o c\u00e2mbio ir\u00e1 convergir para a casa dos 5 BRL no final do ano que vem, s\u00f3 que ainda fica pressionado um tempo. O risco desse cen\u00e1rio \u00e9 voc\u00ea ter uma mudan\u00e7a grande: por exemplo, uma eventual desacelera\u00e7\u00e3o da China, min\u00e9rios de ferro que ca\u00edram de 220 para 100 e agora voltam aos poucos.
\nCom rela\u00e7\u00e3o a isso estamos menos preocupados. Nosso time de economia acredita que caso a economia Chinesa desacelere de maneira significativa, por exemplo, o governo chin\u00eas agira para estabilizar. \u00c9 sempre uma queda controlada, o que limita esse risco do lado negativo para a moeda brasileira e at\u00e9 para o crescimento do Brasil.<\/p>\n

AgriBrasilis – Num horizonte mais de longo prazo, qual \u00e9 a percep\u00e7\u00e3o dos investidores estrangeiros em rela\u00e7\u00e3o ao Brasil?<\/strong><\/h4>\n

Gustavo Arruda \u2013<\/strong> Investidores t\u00eam dificuldade em entender nossa pol\u00edtica dom\u00e9stica, por\u00e9m permanecem no Brasil. \u00c9 um pa\u00eds importante para a carteira, mas precisamos acalmar as institui\u00e7\u00f5es.
\nA liquidez mundial est\u00e1 alta. O investidor tem dinheiro, procura oportunidades e n\u00e3o \u00e9 dif\u00edcil encontrar: no Brasil tem tudo para fazer: privatiza\u00e7\u00e3o, concess\u00e3o em portos, estradas, ferrovias, aeroportos, 5G, e etc. O dinheiro tem interesse em vir aqui.<\/p>\n

O investidor compara o Brasil com outros pa\u00edses emergentes, que tem tamb\u00e9m volatilidade e barulho pol\u00edtico, c\u00e2mbio e infla\u00e7\u00e3o mais alta.
\nPor exemplo, o Chile era lembrado como um pa\u00eds est\u00e1vel na Am\u00e9rica Latina, mas h\u00e1 1 ano viam-se pessoas na rua, e est\u00e3o reescrevendo a Constitui\u00e7\u00e3o. Ou seja, volatilidade faz parte. O Brasil precisa ser mais previs\u00edvel para crescer mais.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

“Brasil precisa se aproximar da economia mundial.”<\/p>\n","protected":false},"author":4,"featured_media":6468,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[27,36],"tags":[33],"acf":[],"yoast_head":"\n