Relat\u00f3rios do USDA estimam que entre 2021 e 2022 a demanda por algod\u00e3o come\u00e7ar\u00e1 a se recuperar ap\u00f3s os impactos da Covid, e ser\u00e1 maior que a produ\u00e7\u00e3o, devendo diminuir os estoques mundiais.<\/p>\n
Alessandra Zanotto Costa produtora de algod\u00e3o na Bahia<\/p><\/div>\n
De acordo com a Conab, a \u00e1rea plantada no Brasil caiu cerca de 16%, perdendo espa\u00e7o para a soja e para o milho. O atraso da safra de soja deslocou o plantio do algod\u00e3o para fora da janela ideal. AgriBrasilis – O que faz da Bahia o segundo maior produtor de algod\u00e3o do pa\u00eds?<\/strong> AgriBrasilis – Qual a rentabilidade por hectare? Quais os insumos que mais pesam no custo de produ\u00e7\u00e3o?<\/strong> AgriBrasilis – Quais as pragas mais comuns e quais os produtos mais utilizados para controle?<\/strong> AgriBrasilis – Que novas tecnologias s\u00e3o empregadas?<\/strong> AgriBrasilis – Qual a previs\u00e3o da safra deste ano?<\/strong> Relat\u00f3rios do USDA estimam que entre 2021 e 2022 a demanda por algod\u00e3o come\u00e7ar\u00e1 a se recuperar ap\u00f3s os impactos da Covid, e ser\u00e1 maior…<\/p>\n","protected":false},"author":4,"featured_media":4666,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[30,54,34],"tags":[33],"acf":[],"yoast_head":"\n
\nO Brasil \u00e9 um importante player no mercado e dentro dele, a Bahia \u00e9 o segundo maior produtor de algod\u00e3o do Brasil, tendo plantado 266.912 hectares na safra 2020\/2021.
\nA AgriBrasilis<\/strong> entrevistou Alessandra Zanotto Costa \u2013 Produtora rural e vice-presidente da Associa\u00e7\u00e3o Baiana dos Produtores de Algod\u00e3o \u2013 Abapa.<\/p>\n
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\nAlessandra Zanotto Costa –<\/strong> Em primeiro lugar, a \u00e1rea plantada. Na safra 2020\/2021, a Bahia plantou 266.912 hectares, atr\u00e1s apenas do Mato Grosso (950 mil hectares) e \u00e0 frente de Goi\u00e1s (27,3 mil hectares). Mas existe ainda um fator relevante para o excelente desempenho da cotonicultura baiana que \u00e9 a produtividade. O estado tem m\u00e9dia de produtividade superior \u00e0 nacional, que j\u00e1 est\u00e1 entre as maiores do mundo no c\u00f4mputo geral, e na lideran\u00e7a, quando se considera apenas a produ\u00e7\u00e3o em sequeiro. Na Bahia, colhem-se 1.845 quilos de pluma por hectare, contra 1.784 apurados no Brasil.<\/p>\n
\nAlessandra Zanotto Costa –<\/strong> \u00c9 dif\u00edcil falar em rentabilidade por hectare, pois este \u00e9 um n\u00famero atrelado, principalmente, a tr\u00eas fatores: custo de produ\u00e7\u00e3o, produtividade e pre\u00e7o de mercado. Custo de produ\u00e7\u00e3o depende, dentre outras coisas, do quanto se investe em tecnologia, do n\u00famero de aplica\u00e7\u00f5es de defensivos etc. Isso muda muito de produtor para produtor. Da mesma forma, a produtividade, sobre a qual, al\u00e9m dos investimentos que s\u00e3o feitos e da t\u00e9cnica, tamb\u00e9m influi o clima. Mesmo o mercado, que, em linhas gerais, \u00e9 o mesmo para todos os produtores, pode pagar mais ou menos a um produtor em fun\u00e7\u00e3o da qualidade do produto. A t\u00edtulo de par\u00e2metro, podemos falar numa rentabilidade EBITDA de 30%, mas n\u00e3o \u00e9 um n\u00famero estanque. Defensivos e fertilizantes s\u00e3o os que pesam mais no custo.<\/p>\n
\nAlessandra Zanotto Costa –<\/strong> O algodoeiro \u00e9 atacado por um n\u00famero grande de pragas e tamb\u00e9m de doen\u00e7as. Dentre as pragas, o bicudo-do-algodoeiro continua sendo o pior inimigo das lavouras de algod\u00e3o, desde que chegou no Brasil, em 1983 e quase erradicou a cotonicultura como atividade econ\u00f4mica no pa\u00eds. Contra ele \u00e9 preciso controle intensivo com inseticidas e t\u00e9cnicas agron\u00f4micas como a destrui\u00e7\u00e3o de soqueiras e de tigueras, com manejo qu\u00edmico e mec\u00e2nico, al\u00e9m de rota\u00e7\u00e3o de culturas e do cumprimento do vazio sanit\u00e1rio. O complexo de lagartas tamb\u00e9m causa grande dor de cabe\u00e7a. Alguns anos atr\u00e1s, o surgimento da helicoverpa trouxe preju\u00edzos bilion\u00e1rios, pois ela era desconhecida dos produtores e t\u00e9cnicos. Hoje ela est\u00e1 sob controle, e isso \u00e9 feito tanto com qu\u00edmicos inseticidas, como com materiais gen\u00e9ticos resistentes e tamb\u00e9m com tecnologias biol\u00f3gicas, como v\u00edrus e bact\u00e9rias. Nesta safra, a maior press\u00e3o tem sido por conta da lagarta spod\u00f3ptera. Outras pragas como o pulg\u00e3o, \u00e1caro e mosca-branca tamb\u00e9m exigem muita aten\u00e7\u00e3o. Dentre as doen\u00e7as, as mais relevantes s\u00e3o a mancha de ramul\u00e1ria e os nematoides.<\/p>\n
\nAlessandra Zanotto Costa –<\/strong> O manejo integrado de pragas e doen\u00e7as tem sido a chave da sustentabilidade na cotonicultura e nessa matriz est\u00e3o os materiais gen\u00e9ticos, os defensivos qu\u00edmicos, os tratos culturais, e, cada vez mais presentes, os m\u00e9todos de controle biol\u00f3gico. O uso consorciado de todas essas tecnologias tem se mostrado o mais eficaz.<\/p>\n
\nAlessandra Zanotto Costa –<\/strong> De acordo com o levantamento mais recente, ser\u00e3o 492.453 toneladas de pluma na safra que come\u00e7a a ser colhida em breve.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"