Silvia Yokoyama<\/strong> \u00e9 diretora de assuntos regulat\u00f3rios do CTC<\/strong>, formada em engenharia de alimentos pela Unicamp, com MBA e mestrado pela FGV.<\/p>\n Silvia Yokoyama<\/strong>, diretora de assuntos regulat\u00f3rios do CTC<\/p><\/div>\n AgriBrasilis – Qual \u00e9 o enfoque da pesquisa de cana-de-a\u00e7\u00facar no Brasil?<\/strong><\/p>\n Ferreira<\/strong> e Yokoyama –<\/strong> L\u00edder global da ci\u00eancia da cana-de-a\u00e7\u00facar, o CTC re\u00fane um portf\u00f3lio de variedades de alta produtividade e resistentes a pragas. Completo e abrangente, inclui variedades que podem ser exploradas durante toda a safra, em diferentes ambientes de produ\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Esse portf\u00f3lio est\u00e1 sendo refor\u00e7ado constantemente com variedades que apresentam elevada produtividade, superando os padr\u00f5es do mercado.<\/p>\n A segunda gera\u00e7\u00e3o de biotecnologia dever\u00e1 ser disponibilizada ao mercado nas pr\u00f3ximas safras. Em adi\u00e7\u00e3o \u00e0s gen\u00e9ticas de alt\u00edssima produtividade, essa gera\u00e7\u00e3o deve trazer avan\u00e7os para o setor no manejo de plantas daninhas.<\/p>\n Aliado a esse portf\u00f3lio completo, destaca-se o advento das sementes de cana \u2013 projeto disruptivo do CTC que dever\u00e1 ser implementado em escala comercial dentro de algumas safras. A nova tecnologia vai acelerar a ado\u00e7\u00e3o de novas variedades, o que tamb\u00e9m favorecer\u00e1 a amplia\u00e7\u00e3o da nossa participa\u00e7\u00e3o no mercado.<\/p>\n A busca por variedades mais produtivas adaptadas aos diversos tipos de solos e ambientes \u00e9 chave para o setor. Para tracionar a ado\u00e7\u00e3o dessas tecnologias, contamos com uma ampla equipe comercial em campo, com vasta experi\u00eancia na cana-de-a\u00e7\u00facar, al\u00e9m de um time de consultores multidisciplinar \u00e0 disposi\u00e7\u00e3o dos clientes.<\/p>\n Suzeti Ferreira<\/strong>, diretora de marketing do CTC<\/p><\/div>\n Somado ao apoio t\u00e9cnico, o CTC investe no seu Programa de Melhoramento, e busca trazer ganhos gen\u00e9ticos superiores a 3% ao ano, o que se traduzir\u00e1 em novas variedades com produtividade de 16 a 18 toneladas de a\u00e7\u00facar por hectare no prazo de cinco a dez anos.<\/p>\n AgriBrasilis – Quais s\u00e3o as alternativas para o controle da broca-da-cana (Diatraea\u00a0<\/em><\/strong>saccharalis<\/em><\/strong>)?<\/strong><\/p>\n Ferreira<\/strong> e Yokoyama –<\/strong> O CTC possui quatro variedades GM adaptadas \u00e0s condi\u00e7\u00f5es de clima e solo das v\u00e1rias regi\u00f5es canavieiras. Por serem resistentes \u00e0 broca, elas protegem contra perdas de produtividade causadas pelo inseto, reduzem custos de produ\u00e7\u00e3o e trazem ganhos em sustentabilidade. A broca provoca preju\u00edzos estimados em R$ 5 bilh\u00f5es por ano aos canaviais brasileiros.<\/p>\n AgriBrasilis – <\/strong>Como melhorar os indicadores de produtividade das lavouras de cana, como o ATR m\u00e9dio?<\/strong><\/p>\n Ferreira<\/strong> e <\/strong>Yokoyama<\/strong> –<\/strong> Para melhorar os indicadores de produtividade das lavouras de cana, tanto em termos de ATR m\u00e9dio quanto de toneladas de cana por hectare, algumas pr\u00e1ticas s\u00e3o fundamentais. Por exemplo, o manejo correto das variedades de cana \u00e9 essencial, o que significa alocar as variedades de acordo com o local, o clima e a \u00e9poca do ano. Variedades antigas tendem a perder efici\u00eancia, por isso o foco deve estar em adotar variedades mais modernas, que trazem avan\u00e7os tecnol\u00f3gicos e oferecem melhores resultados.<\/p>\n Tamb\u00e9m \u00e9 crucial seguir as recomenda\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas espec\u00edficas para cada variedade. Aplicar o manejo da forma correta, seguindo orienta\u00e7\u00f5es detalhadas, garante o m\u00e1ximo de produtividade.<\/p>\n \u00c9 preciso considerar fatores externos, como a \u00e9poca de plantio e colheita, al\u00e9m das caracter\u00edsticas do ambiente, como solo e clima. Essas vari\u00e1veis influenciam diretamente o desempenho da cana e, se bem analisadas, ajudam a maximizar os resultados.<\/p>\n O uso de maturadores pode tamb\u00e9m ser alternativa para otimizar o rendimento.<\/p>\n “Pol\u00edticas p\u00fablicas t\u00eam influenciado significativamente a pesquisa e desenvolvimento no setor…”<\/em><\/span><\/strong><\/p><\/blockquote>\n AgriBrasilis – <\/strong>Como as pol\u00edticas p\u00fablicas t\u00eam afetado a pesquisa e desenvolvimento no setor?<\/strong><\/p>\n Ferreira<\/strong> e <\/strong>Yokoyama<\/strong> –<\/strong> Pol\u00edticas p\u00fablicas t\u00eam influenciado significativamente a pesquisa e desenvolvimento no setor por meio de dois grandes pilares: forma\u00e7\u00e3o de profissionais especializados e financiamento direcionado a projetos de inova\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Primeiro, h\u00e1 um forte incentivo \u00e0 forma\u00e7\u00e3o de profissionais em \u00e1reas estrat\u00e9gicas, como energias renov\u00e1veis, sustentabilidade ambiental, mitiga\u00e7\u00e3o dos efeitos das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e preserva\u00e7\u00e3o de recursos naturais. Pol\u00edticas p\u00fablicas voltadas para capacita\u00e7\u00e3o buscam aumentar o n\u00famero de especialistas nesses campos.<\/p>\n Al\u00e9m disso, h\u00e1 linhas de financiamento que apoiam diretamente projetos de P&D, incluindo \u00e1reas como ci\u00eancia de dados aplicada \u00e0 sustentabilidade e energias renov\u00e1veis, al\u00e9m de investimento em parques de pesquisa estrategicamente posicionados. Esse suporte financeiro estimula a incorpora\u00e7\u00e3o de novas tecnologias, al\u00e9m de parcerias estrat\u00e9gicas com outras institui\u00e7\u00f5es e pa\u00edses.<\/p>\n
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