foi detectado em tomates na Argentina<\/a>. Esse v\u00edrus est\u00e1 se alastrando pelo mundo. Com a detec\u00e7\u00e3o do v\u00edrus na Argentina, \u00e9 alta a chance dele ser introduzido no Brasil.<\/p>\nO v\u00edrus causa sintomas variados de clorose, mosaico e deforma\u00e7\u00e3o nas folhas do tomateiro. Nos frutos, ele pode causar manchas amareladas ou marrons e rugosidade. Isso pode prejudicar a produ\u00e7\u00e3o e, se os frutos apresentarem sintomas fortes, eles n\u00e3o ser\u00e3o comercializ\u00e1veis.<\/p>\n
O v\u00edrus \u00e9 transmitido facilmente pelo contato, pelas m\u00e3os e equipamentos. Pode ser tamb\u00e9m transmitido por sementes e por alguns insetos. \u00c9 importante que o Brasil adote medidas rigorosas para impedir a entrada do ToBRFV. A primeira medida dever\u00e1 ser o controle da qualidade das sementes de tomateiro, pois a maior parte \u00e9 importada. Devemos nos certificar de que as sementes importadas sejam produzidas em regi\u00f5es onde o v\u00edrus n\u00e3o ocorre e monitorar a qualidade dessas sementes.<\/p>\n
Como o v\u00edrus \u00e9 transmitido por contato, \u00e9 importante cuidar para que frutos de plantas infectadas da Argentina n\u00e3o entrem no Brasil para consumo. Se um produtor tocar no fruto, pode contaminar as m\u00e3os e o v\u00edrus pode alcan\u00e7ar o tomateiro e se multiplicar.<\/p>\n
A boa not\u00edcia \u00e9 que cultivares h\u00edbridas est\u00e3o sendo desenvolvidas com resist\u00eancia \u00e0 infec\u00e7\u00e3o pelo ToBRFV. Em breve, essas sementes estar\u00e3o dispon\u00edveis no Brasil. Isso \u00e9 o que garantem as empresas de comercializa\u00e7\u00e3o de sementes.<\/p>\n
Caso o v\u00edrus seja introduzido de alguma forma e se estiver com distribui\u00e7\u00e3o restrita, ainda \u00e9 poss\u00edvel erradicar as plantas e impedir o alastramento.<\/p>\n
A an\u00e1lise das plantas em busca de sintomas da virose n\u00e3o deve ser realizada apenas nos estados que fazem fronteira com a Argentina, pois n\u00e3o sabemos como o v\u00edrus entrou naquele pa\u00eds. Existe risco desse v\u00edrus tamb\u00e9m j\u00e1 ter sido introduzido em tomates aqui no Brasil.<\/p>\n
Identificar as potenciais lavouras com plantas infectadas, realizar testes de confirma\u00e7\u00e3o e, caso positivo, realizar procedimentos de isolamento, de destrui\u00e7\u00e3o das plantas e sanitiza\u00e7\u00e3o dos equipamentos de trabalho poder\u00e1 resultar em sucesso na erradica\u00e7\u00e3o do v\u00edrus.<\/p>\n
A identifica\u00e7\u00e3o de plantas infectadas n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil. Outros v\u00edrus podem causar sintomas parecidos, al\u00e9m de que existe a interfer\u00eancia de outros fatores no desenvolvimento dos sintomas, como a presen\u00e7a de pat\u00f3genos (incluindo outros v\u00edrus), o estado nutricional da planta, a cultivar, temperatura, danos por insetos, etc. Atualmente, as doen\u00e7as virais mais preocupantes para os produtores s\u00e3o: o Vira-Cabe\u00e7a do Tomateiro, a Geminivirose, o Amarel\u00e3o e o Fogo Mexicano.<\/p>\n
O Mosaico do Tomateiro \u00e9 uma doen\u00e7a causada por um v\u00edrus da mesma fam\u00edlia do rugoso castanho, mas a sua ocorr\u00eancia em tomates no Brasil \u00e9 baixa. Os sintomas dessa doen\u00e7a s\u00e3o parecidos, mas as principais diferen\u00e7as s\u00e3o a capacidade do v\u00edrus rugoso castanho de causar sintomas de rugosidade e necrose nos frutos e poder infectar as cultivares com resist\u00eancia ao Mosaico.<\/p>\n
Todo esse esfor\u00e7o de monitoramento e erradica\u00e7\u00e3o vai valer muito a pena, considerando o preju\u00edzo que esse v\u00edrus causa e a experi\u00eancia relatada pelos produtores de outros pa\u00edses.<\/p>\n
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