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Paulo Bernadocki<\/p><\/div>\n
Entrevista com o Diretor de Solu\u00e7\u00f5es de Redes da Ericsson.<\/p>\n
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Paulo Bernardocki<\/strong> \u00e9 Diretor de Solu\u00e7\u00f5es e Tecnologia da Ericsson Latam South. \u00c9 engenheiro eletricista formado pela UNICAMP, possui MBA pela Funda\u00e7\u00e3o Get\u00falio Vargas (FGV) e certifica\u00e7\u00e3o em Data Science, e atua no mercado de telecomunica\u00e7\u00f5es h\u00e1 mais de 20 anos, com experi\u00eancia no Brasil e exterior. Bernardocki cedeu a seguinte entrevista para a\u00a0AgriBrasilis<\/strong>.<\/p>\n <\/p>\n
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AgriBrasilis – No mundo, quantos pa\u00edses j\u00e1 possuem a tecnologia em opera\u00e7\u00e3o e como a Ericsson tem desenvolvido o projeto de implementa\u00e7\u00e3o da tecnologia?<\/strong><\/div>\nPaulo Bernardocki –<\/strong> A Ericsson mant\u00e9m lideran\u00e7a e protagonismo em pesquisa, desenvolvimento e tamb\u00e9m na implementa\u00e7\u00e3o do 5G globalmente, e est\u00e1 preparada para seguir essa trajet\u00f3ria em todos os mercados em que atuamos.<\/div>\nNossos investimentos robustos em R&D&I e nossa reconhecida capacidade de ajudar a atender \u00e0s necessidades de 5G das operadoras ao redor do mundo \u00e9 refor\u00e7ada pela ampla experi\u00eancia que pudemos acumular nos \u00faltimos anos. A Ericsson estabeleceu uma forte vantagem na implanta\u00e7\u00e3o de 5G. Fomos o primeiro fornecedor a implementar redes 5G comerciais em cinco continentes e, atualmente, temos mais de 110 acordos\/contratos firmados com operadoras \u00fanicas, sendo 65 delas com opera\u00e7\u00f5es comerciais ativas em mais de 30 pa\u00edses, incluindo EUA, v\u00e1rios na Europa, China e Brasil.<\/div>\n
Os clientes em todo o mundo nos escolhem como parceiros para a implementa\u00e7\u00e3o do 5G e reconhecem os alt\u00edssimos padr\u00f5es de qualidade e de seguran\u00e7a da nossa tecnologia. Eles nos escolheram em nove das dez principais trocas de fornecedores nos \u00faltimos anos. Est\u00e1 claro que nossa abordagem para trabalhar com os clientes, junto com nossa lideran\u00e7a em tecnologia, est\u00e1 ressoando no mercado. Trabalhamos com nossos clientes para apoia-los na evolu\u00e7\u00e3o do 4G ao 5G de forma r\u00e1pida, simples, segura e custo-ben\u00e9fica.<\/div>\n<\/div>\n
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Aqui no Brasil, especificamente, fornecemos equipamentos para todas as operadoras e mais da metade de toda a infraestrutura 4G (radiobases, antenas, r\u00e1dios) \u00e9 Ericsson. Em S\u00e3o Paulo, a maior cidade do Pa\u00eds e uma das maiores do mundo, toda infraestrutura 4G \u00e9 fornecida por n\u00f3s. A rede de todos os nossos clientes j\u00e1 est\u00e1 sendo preparada para o 5G desde 2016, com a utiliza\u00e7\u00e3o de r\u00e1dios que podem ser convertidos para 5G com uma atualiza\u00e7\u00e3o de software. Estes equipamentos s\u00e3o produzidos em nossa f\u00e1brica em S\u00e3o Jos\u00e9 dos Campos-SP.<\/div>\n<\/div>\n
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AgriBrasilis – Qual estado da arte do 5G na regi\u00e3o latino americana do globo, sobretudo no setor agropecu\u00e1rio?<\/strong><\/div>\n\n
Paulo Bernardocki –<\/strong> O 5G vai transformar toda a sociedade e impactar positivamente varios setores daeconomia. No agro, a chegada do 5G vai promover uma revolu\u00e7\u00e3o. A tecnologia poder\u00e1 ser utilizada em uma s\u00e9rie de processos, transformando as fazendas em Fazendas Inteligentes (Smart Farming). Para se ter uma ideia desse impacto, com a agricultura de precis\u00e3o, estudos projetam que ser\u00e1 poss\u00edvel reduzir os custos relacionados \u00e0 opera\u00e7\u00e3o de campo e \u00e0 an\u00e1lise do solo, al\u00e9m de permitir aumento significativo em rela\u00e7\u00e3o aos rendimentos globais das lavouras, entre outros benef\u00edcios.<\/div>\n<\/div>\n\n
H\u00e1 dois meses, anunciamos uma parceria com a S\u00e3o Martinho, um dos maiores produtores sucroenerg\u00e9ticos do Pa\u00eds. O acordo \u00e9 focado no desenvolvimento de inova\u00e7\u00f5es tecnol\u00f3gicas para o agroneg\u00f3cio a ser aplicada no ambiente de IoT, com base nos padr\u00f5es abertos de conectividade 4G e 5G. Esta iniciativa aumentar\u00e1 a velocidade de transforma\u00e7\u00e3o das fazendas da S\u00e3o Martinho em Smart Farming por meio da conectividade 5G, sendo a primeira do Pa\u00eds a contar com essa tecnologia. Como pr\u00f3ximo passo, uma operadora de telecom, ainda a ser definida, ser\u00e1 selecionada pela S\u00e3o Martinho para fazer parte da parceria. Para completar o ecossistema, tamb\u00e9m est\u00e1 prevista a ades\u00e3o de empreendedores e startups, possibilitando assim integra\u00e7\u00f5es mais \u00e1geis e flex\u00edveis entre empresas e desenvolvedores do agroneg\u00f3cio.<\/div>\n<\/div>\n
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Nosso objetivo \u00e9 agregar o conhecimento da Ericsson em telecomunica\u00e7\u00f5es, com a experi\u00eancia de empresas do setor agr\u00edcole que conhecem a fundo o neg\u00f3cio. Esta n\u00e3o \u00e9 a primeira vez que atuamos em parceria com o setor. Em 2018, em uma parceria com a Vivo, Raizen e Esalqtec, montamos em Piracicaba o Agro IoT Lab, onde foram identificadas<\/div>\n
startups que desenvolveram solu\u00e7\u00f5es para o setor. Esse conhecimento acumulado levamos para os nossos clientes no agro.<\/div>\n<\/div>\n
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AgriBrasilis – Como o setor ser\u00e1 positivamente impactado pela tecnologia?<\/strong><\/div>\nPaulo Bernardocki –<\/strong> Atualmente, o setor do agroneg\u00f3cio corresponde a quase 25% do PIB brasileiro, mas possui apenas 29% das propriedades rurais conectadas, o que representa um fator restritivo para a inova\u00e7\u00e3o e produtividade.<\/div>\nA conectividade acelerar\u00e1 a transforma\u00e7\u00e3o digital no campo, habilitando o acesso a ferramentas na nuvem, fazendo com que haja maior automatiza\u00e7\u00e3o dos processos e ganhos de produtividade. Hoje o tempo entre a coleta de informa\u00e7\u00e3o no campo, seu processamento para tomada de decis\u00e3o, e aplica\u00e7\u00e3o em campo da atividade de manejo, pode durar dias. Com a conectividade esse ciclo passa a ser de segundos.<\/div>\n<\/div>\n
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O estudo 5G Business Potential, desenvolvido pela Ericsson, analisou a cadeia de valor do agroneg\u00f3cio, que \u00e9 a maior e mais importante atividade econ\u00f4mica do pa\u00eds, considerando n\u00e3o apenas o valor produzido no campo, mas todos os insumos utilizados na produ\u00e7\u00e3o, servi\u00e7os profissionais, transporte de carga, seja nas fazendas ou no trajeto do campo \u00e0s f\u00e1bricas e portos, e transforma\u00e7\u00e3o dos produtos prim\u00e1rios da agropecu\u00e1ria em alimentos, combust\u00edveis, insumos para ind\u00fastria qu\u00edmica, farmac\u00eautica e cosm\u00e9tica e outros. Os resultados mostram que essa vertical tem o potencial acumulado de capturar 49 bilh\u00f5es de reais entre 2020 e 2030. O desenvolvimento da cadeia do agroneg\u00f3cio por inteiro a partir do 5G pode tornar o Brasil muito mais produtivo do que j\u00e1 \u00e9. A demanda global por insumos vegetais, alimentos e prote\u00edna ir\u00e1 dobrar at\u00e9 2050 e o Brasil \u00e9 o \u00fanico pa\u00eds com \u00e1rea suficiente e condi\u00e7\u00f5es favor\u00e1veis para aumentar em escala a oferta de alimento, al\u00e9m do enorme espa\u00e7o para ganho de produtividade em diferentes etapas da cadeia, tornando-se assim o maior exportador de produtos agr\u00edcolas da nova d\u00e9cada. Por esse motivo, o Brasil \u00e9 ambiente de teste natural para as mais de 1.000 AgTechs (startups com foco em agro) em todo o mundo e o pa\u00eds j\u00e1 viu investimentos dispararem no ano passado estabelecendo uma nova gera\u00e7\u00e3o de agricultores que \u00e9 mais sofisticada e pioneira na ado\u00e7\u00e3o de novas tecnologias. Certamente, a tecnologia 5G ter\u00e1 um papel fundamental neste novo ciclo de inova\u00e7\u00e3o.<\/div>\n<\/div>\n
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De forma a se manter competitivo no cen\u00e1rio global, \u00e9 importante que se inicie prontamente a jornada de transforma\u00e7\u00e3o digital. H\u00e1 um caminho a percorrer, que se inicia com os investimentos em 4G. Nesse processo as empresas ir\u00e3o assimilar a nova tecnologia, incorporando-a em seus processos. Da\u00ed decorrer\u00e3o os ganhos de competitividade.<\/div>\n<\/div>\n
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AgriBrasilis – A maioria da zona rural brasileira n\u00e3o conta com cobertura de rede m\u00f3vel e a conectividade tem sido um dos principais gargalos da difus\u00e3o das tecnologias no campo. Como a lavoura poder\u00e1 se beneficiar do 5G e quando ser\u00e1 dado seu processo de dissemina\u00e7\u00e3o no agro?<\/strong><\/div>\nPaulo Bernardocki –<\/strong> O 4G j\u00e1 vem tendo um papel importante na digitaliza\u00e7\u00e3o do campo. As tecnologias j\u00e1 desenvolvidas para essas redes, como a NB-IOT, ampliam a cobertura, permitindo a instala\u00e7\u00e3o de centenas de sensores nas fazendas, com baixo consumo de bateria, que permitem que os equipamentos fiquem instalados por mais de 10 anos em solo.<\/div>\n<\/div>\n\n
Entre as diversas tecnologias dispon\u00edveis para cobertura rural, as redes celulares 4G\/5G apresentam caracter\u00edsticas que agregam um diferencial importante para os casos de uso na agricultura. Podemos ressaltar:<\/div>\n
– Flexibilidade dos casos de uso, desde aplica\u00e7\u00f5es que enviam poucos dados como uma esta\u00e7\u00e3o metereol\u00f3gica, at\u00e9 transmiss\u00e3o de v\u00eddeo em tempo real para um algoritmo de identifica\u00e7\u00e3o de pragas;<\/div>\n
– Raio de cobertura de dezenas de kil\u00f4metros para cada esta\u00e7\u00e3o;<\/div>\n
– Mobilidade dos dispositivos em opera\u00e7\u00e3o (tratores, colheitadeiras e caminh\u00f5es);<\/div>\n
– Resili\u00eancia a falhas, e seguran\u00e7a com encripta\u00e7\u00e3o fim a fim;<\/div>\n
– Cobertura global, sendo poss\u00edvel rastrear uma carga desde a origem at\u00e9 o destino final.<\/div>\n<\/div>\n
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Al\u00e9m disso as redes celulares contam com um ecosistema global, s\u00e3o mais de 8 bilh\u00f5es de usu\u00e1rios no mundo todo, o que assegura escala na redu\u00e7\u00e3o de custos dos dispositivos, e r\u00e1pido acesso a inova\u00e7\u00f5es que surjam em todo o globo.<\/div>\n
A evolu\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica das redes celulares \u00e9 permanente, e acompanha o desenvolvimento de casos de uso mais avan\u00e7ados. Para ilustrar, hoje j\u00e1 existem redes 4G que operam na velocidade de 1Gbps. E nossas redes de 4G j\u00e1 est\u00e3o preparadas para receber a tecnologia 5G assim que houverem casos de uso. Sobre a escalabilidade, no in\u00edcio, como em qualquer tecnologia, haver\u00e1 uma propor\u00e7\u00e3o menor, mas isso, com certeza, ser\u00e1 resolvido rapidamente, dada a mudan\u00e7a que a tecnologia proporcionar\u00e1 e o seu grande poder de alcance.<\/div>\n
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AgriBrasilis – A tecnologia \u00e9 algo que n\u00e3o depende apenas da Ericsson, a pr\u00f3pria Anatel declarou que o processo de leil\u00e3o das redes 5G estava prevista para ocorrer ainda em 2020, contudo o cen\u00e1rio mundial foi abalado pela pandemia. Qual \u00e9 a previs\u00e3o da chegada da tecnologia no Brasil?<\/strong><\/div>\nPaulo Bernardocki –<\/strong> O leil\u00e3o de frequ\u00eancias dever\u00e1 ocorrer no ainda no primeiro semestre do ano que vem, segundo informa\u00e7\u00f5es da Anatel.\u00c9 importante ressaltar que se trata de um leil\u00e3o de frequ\u00eancias, n\u00e3o de tecnologia. J\u00e1 existem servi\u00e7os 5G ativos no Brasil, fazendo uso das frequ\u00eancias do 4G, atrav\u00e9s da tecnologia de compartilhamento din\u00e2mico de espectro. Nesse caso o 4G e o 5G compartilham o espectro antes utilizado apenas pelo 4G. Apesar de n\u00e3o haver ganhos muito grandes de velocidade, uma vez que a quantidade de espectro \u00e9 a mesma, observam-se outras caracter\u00edsticas da tecnologia 5G, como a redu\u00e7\u00e3o do tempo de resposta da rede.<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n
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AgriBrasilis – Alguns pa\u00edses j\u00e1 possuem o selo de “5G-ready”. H\u00e1 alguma tend\u00eancia na regi\u00e3o da Am\u00e9rica Latina em rela\u00e7\u00e3o a implementa\u00e7\u00e3o da rede 5G?<\/strong><\/div>\nPaulo Bernardocki –<\/strong> Para a Ericsson, 5G j\u00e1 \u00e9 realidade h\u00e1 muito tempo. Nossos esfor\u00e7os e trabalho de inova\u00e7\u00e3o, pesquisa e desenvolvimento em 5G come\u00e7aram h\u00e1 mais de 10 anos. Lideramos tamb\u00e9m o trabalho de inova\u00e7\u00e3o no 5G — no relat\u00f3rio elaborado e publicado pela consultoria australiana independente Two Birds, \u00e9 poss\u00edvel ver em detalhes as empresas com maior dom\u00ednio em desenvolvimento de patentes essenciais 5G em n\u00edvel mundial. E o Brasil est\u00e1 diretamente envolvido nessa jornada. Nossos pesquisadores no centro de desenvolvimento em Indaiatuba est\u00e3o envolvidos desde o princ\u00edpio nos projetos de pesquisa que geraram diversas patentes 5G.<\/div>\n<\/div>\n\n
Desde a padroniza\u00e7\u00e3o do 5G, a Ericsson tem sido um player essencial para tornar as redes 5G uma realidade comercial, provando nosso protagonismo e lideran\u00e7a tecnol\u00f3gica. Somos o principal impulsionador da padroniza\u00e7\u00e3o da ind\u00fastria para 5G. Temos um portf\u00f3lio flex\u00edvel e competitivo de solu\u00e7\u00f5es que permite \u00e0s operadoras de telecomunica\u00e7\u00f5es ativar o 5G em suas redes 4G existentes. Desde 2015, j\u00e1 entregamos no mercado mais de 4 milh\u00f5es de r\u00e1dios 5G ready, isto \u00e9, que funcionam na rede 4G e s\u00f3 dependem de uma atualiza\u00e7\u00e3o de software para come\u00e7arem a operar no 5G quando as operadoras decidam faze-lo.<\/div>\n<\/div>\n
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\u00c9 da Ericsson a implementa\u00e7\u00e3o mais avan\u00e7ada da tecnologia DSS (Dynamic Spectrum Sharing) que permitiu a implementa\u00e7\u00e3o da primeira rede 5G comercial no Brasil (primeira tamb\u00e9m na Am\u00e9rica Latina), anunciada em julho. Muitas operadoras em outras partes do mundo tamb\u00e9m optaram por iniciar a implementa\u00e7\u00e3o do 5G usando a tecnologia DSS, isto \u00e9, usando a mesma infraestrutura ent\u00e3o implementada para o 4G. Com o leil\u00e3o da frequ\u00eancia 3,5 GHz, aguardado para o in\u00edcio do ano que vem, ser\u00e1 poss\u00edvel aproveitar o m\u00e1ximo das potencialidades oferecidas pela tecnologia 5G.<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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