O agroneg\u00f3cio \u00e9 respons\u00e1vel por parcela significativa do PIB brasileiro, e a crise econ\u00f4mica ocasionada pelo coronav\u00edrus faz imprescind\u00edvel o abastecimento de mantimentos para a popula\u00e7\u00e3o. Quando a pandemia atingiu o Brasil, o pa\u00eds estava em plena colheita de uma safra recorde, com aproximadamente 250 milh\u00f5es de toneladas de alimentos colhidos (MAPA, 2020).
\nJuntamente com a preocupa\u00e7\u00e3o de manter o suprimento interno ativo, com o qual o Brasil firmemente obteve sucesso, o pa\u00eds mostrou-se como um dos protagonistas no com\u00e9rcio exterior durante o per\u00edodo, mantendo a exporta\u00e7\u00e3o de seus alimentos para mais de 60 pa\u00edses no globo.<\/p>\n

\u00a0 \u00a0 \u00a0 Para tratar das nuances do mercado agro brasileiro, a Ministra da Agricultura, Pecu\u00e1ria e Abastecimento do Brasil, Sra. Tereza Cristina, cedeu \u00e0 AgriBrasilis<\/strong> entrevista exclusiva. Tereza Cristina Corr\u00eaa da Costa Dias \u00e9 formada em Engenharia Agron\u00f4mica pela Universidade Federal de Vi\u00e7osa (UFV), e foi deputada federal do estado do Mato Grosso do Sul desde 2014 e reelegeu-se em 2018, at\u00e9 assumir, em janeiro de 2019, o cargo de Ministra no Minist\u00e9rio da Agricultura, Pecu\u00e1ria e Abastecimento brasileiro.<\/p>\n

AgriBrasilis – Na vis\u00e3o da Sra. Ministra, qual \u00e9 o potencial do Brasil em abastecer alimentos para o mundo? Quais s\u00e3o as perspectivas para o setor em m\u00e9dio e longo prazo?
\n<\/strong>Ministra da Agricultura do Brasil – <\/strong>O Brasil \u00e9 um dos maiores produtores e exportadores mundiais de produtos agr\u00edcolas, vendendo para mais de 160 pa\u00edses. Mostrou-se um parceiro confi\u00e1vel no fornecimento de alimentos e tem potencial para ampliar sua inser\u00e7\u00e3o no mercado agr\u00edcola internacional por meio do aumento da produ\u00e7\u00e3o, da produtividade e da competitividade do agroneg\u00f3cio, conjugado \u00e0 abertura de novos mercados.<\/p>\n

A estimativa de colheita de 250,9 milh\u00f5es de toneladas de gr\u00e3os da pr\u00f3xima safra refor\u00e7a a for\u00e7a da agricultura brasileira. Nossos campos v\u00e3o produzir 3,6% a mais em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 colheita passada, gra\u00e7as ao empenho dos agricultores, que buscam na tecnologia e inova\u00e7\u00e3o o apoio vital para fortalecer a presen\u00e7a do pa\u00eds entre os maiores produtores e exportadores mundiais de alimentos. Esse crescimento s\u00f3 n\u00e3o ser\u00e1 maior devido \u00e0 quebra ocasionada pela seca no sul do pa\u00eds que afetou a produ\u00e7\u00e3o de soja, milho, feij\u00e3o e outros cereais. Parte dessa produ\u00e7\u00e3o \u00e9 consumida no mercado interno. Milho e farelo de soja, principalmente, v\u00e3o para alimenta\u00e7\u00e3o de bovinos, aves e su\u00ednos.
\nOs excedentes de soja e milho, bem como carne bovina e de frango, caf\u00e9, a\u00e7\u00facar, ovos, suco de laranja, frutas, algod\u00e3o e outros produtos do agro s\u00e3o exportados, gerando bilh\u00f5es de d\u00f3lares em super\u00e1vit comercial. Resultado de grande import\u00e2ncia, especialmente, neste momento, em que o n\u00edvel da atividade econ\u00f4mica nacional foi bastante afetado em fun\u00e7\u00e3o da pandemia do Coronav\u00edrus.<\/p>\n

Somente nos cinco meses do ano, as exporta\u00e7\u00f5es do agroneg\u00f3cio somaram US$ 42 bilh\u00f5es, alta de 7,9% em rela\u00e7\u00e3o ao mesmo per\u00edodo no ano anterior, puxado principalmente pelas exporta\u00e7\u00f5es do complexo soja e de carne bovina para a China. \u00c9 o maior valor exportado para o per\u00edodo (janeiro-maio) na s\u00e9rie hist\u00f3rica. O recorde anterior havia sido em 2013, quando as vendas somaram US$ 40,38 bilh\u00f5es no per\u00edodo. O crescimento das exporta\u00e7\u00f5es do agroneg\u00f3cio se deu em fun\u00e7\u00e3o do aumento da quantidade embarcada dos produtos, visto que o \u00edndice de quantum (quantidade) foi 13,7% superior nos cinco primeiros meses de 2020 em rela\u00e7\u00e3o a 2019, enquanto o \u00edndice de pre\u00e7os caiu 5,1% no mesmo per\u00edodo.<\/p>\n

As exporta\u00e7\u00f5es do agroneg\u00f3cio foram respons\u00e1veis por amenizar a queda de 7,2% nas vendas externas totais do Brasil no acumulado do ano at\u00e9 maio, O setor representou quase metade das vendas externas do pa\u00eds (49,7%), sendo a segunda maior participa\u00e7\u00e3o para o per\u00edodo, atr\u00e1s apenas do mesmo per\u00edodo em 2016, quando o share do setor nas exporta\u00e7\u00f5es totais foi de 49,9%.
\nAs exporta\u00e7\u00f5es do complexo soja alcan\u00e7aram US$ 19,00 bilh\u00f5es nos cinco primeiros meses de 2020. A soja em gr\u00e3os, principal produto do setor, registrou recorde nas vendas tanto em valor, US$ 16,34 bilh\u00f5es, quanto em quantidade, 48,13 milh\u00f5es de toneladas. O aumento da quantidade embarcada (+36,8%) foi determinante para a expans\u00e3o em valor (+32,1%), visto que o pre\u00e7o m\u00e9dio de exporta\u00e7\u00e3o do produto caiu de US$ 352 para US$ 339 por tonelada (-3,5%). As vendas para a China representaram 72,8% de toda a soja em gr\u00e3os exportada pelo Brasil em 2020, sendo o mercado chin\u00eas o principal respons\u00e1vel pelo crescimento em rela\u00e7\u00e3o ao ano anterior (+US$ 2,87 bilh\u00f5es).<\/p>\n

Dentre as grandes economias do mundo, o Brasil se destaca por ter crescido suas exporta\u00e7\u00f5es na crise, impulsionadas pelas exporta\u00e7\u00f5es do agroneg\u00f3cio, mesmo com um cen\u00e1rio agravado com medidas de isolamento social e problemas de log\u00edstica em v\u00e1rios pa\u00edses importadores. O Brasil \u00e9 um parceiro confi\u00e1vel no fornecimento de alimentos e tem demonstrado capacidade para suprir as necessidades de mais de um bilh\u00e3o de pessoas em todo o mundo. Posi\u00e7\u00e3o essa que o nosso pa\u00eds tem ratificada por meio de nossas a\u00e7\u00f5es, agindo com responsabilidade e solidariedade. Por reciprocidade, tamb\u00e9m queremos ter um forte compromisso do resto da comunidade internacional. A confian\u00e7a \u00e9 uma via de m\u00e3o dupla: estabilidade e previsibilidade no lado da oferta exigem estabilidade e previsibilidade no lado da demanda.<\/p>\n

Em recente videoconfer\u00eancia com representantes do G-20, observamos que as barreiras comerciais n\u00e3o devem ser levantadas apenas quando ocorrer uma calamidade, mas sempre que for conveniente para combater o medo da escassez de alimentos. N\u00e3o \u00e9 cab\u00edvel o uso de subs\u00eddios, neste momento da crise, pois acabam criando uma concorr\u00eancia desleal para pa\u00edses em desenvolvimento e afetam as condi\u00e7\u00f5es de vida no campo. Um com\u00e9rcio agr\u00edcola justo permite a dissemina\u00e7\u00e3o de melhores condi\u00e7\u00f5es nas \u00e1reas rurais, onde a maior parte da pobreza do mundo est\u00e1 concentrada.<\/p>\n

Acreditamos que o Brasil est\u00e1 preparado para fazer sua parte e se compromete n\u00e3o apenas como um dos protagonistas na produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola mundial, mas tamb\u00e9m como defensor da transforma\u00e7\u00e3o positiva em benef\u00edcio das gera\u00e7\u00f5es futuras. A Covid-19 nos oferece a oportunidade de repensar nosso comportamento coletivo. Vamos vencer a luta contra a Covid-19 juntos e emergir dessa situa\u00e7\u00e3o com uma mentalidade para finalmente alcan\u00e7ar seguran\u00e7a alimentar global est\u00e1vel e meios de vida decentes para toda a humanidade.<\/p>\n

AgriBrasilis – Quais as principais demandas dos diversos setores do agro? O cr\u00e9dito agr\u00edcola \u00e9 adequado?
\n<\/strong>Ministra da Agricultura do Brasil –<\/strong> As principais demandas do agro foram por maior disponibilidade de recursos credit\u00edcios, com redu\u00e7\u00e3o de taxas de juros, e pela ado\u00e7\u00e3o de medidas emergenciais de apoio credit\u00edcio. Isso abrange financiamentos para composi\u00e7\u00e3o de d\u00edvidas, em decorr\u00eancia da redu\u00e7\u00e3o de sua capacidade de pagamento causada pela pandemia da Covid-19 e pela ocorr\u00eancia de adversidades clim\u00e1ticas. Sim, o cr\u00e9dito agr\u00edcola \u00e9 adequado: foi ampliado e aprimorado, conforme divulga\u00e7\u00e3o do Plano Safra 2020\/21, lan\u00e7ado no \u00faltimo dia 17 de junho. S\u00e3o R$ 236,3 bilh\u00f5es para apoiar a produ\u00e7\u00e3o agropecu\u00e1ria nacional, um aumento de R$ 13,5 bilh\u00f5es em rela\u00e7\u00e3o ao plano anterior. Os financiamentos poder\u00e3o ser contratados de 1\u00ba de julho de 2020 a 30 de junho de 2021.<\/p>\n

Do total, R$ 179,38 bilh\u00f5es ser\u00e3o destinados ao custeio e comercializa\u00e7\u00e3o (5,9% acima do valor da safra passada) e R$ 56,92 bilh\u00f5es ser\u00e3o para investimentos em infraestrutura (aumento de 6,6%). Todos esses recursos v\u00e3o garantir a continuidade da produ\u00e7\u00e3o no campo e o abastecimento de alimentos no pa\u00eds durante e ap\u00f3s a pandemia do novo Coronav\u00edrus. Os recursos destinados aos investimentos cresceram em m\u00e9dia 29%.
\nVale destacar que o Plano Safra \u00e9 focado nos pequenos e m\u00e9dios produtores, que s\u00e3o os que mais precisam do suporte do Governo Federal. Os pequenos produtores rurais ter\u00e3o R$ 33 bilh\u00f5es para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 2,75% e 4% ao ano, para custeio e comercializa\u00e7\u00e3o. J\u00e1 para os m\u00e9dios produtores rurais, ser\u00e3o destinados R$ 33,1 bilh\u00f5es, por meio do Programa Nacional de Apoio ao M\u00e9dio Produtor Rural (Pronamp), com taxas de juros de 5% ao ano (custeio e comercializa\u00e7\u00e3o). Para os grandes produtores, a taxa de juros ser\u00e1 de 6% ao ano. O material pode ser acessado no hotsite em nossa p\u00e1gina: https:\/\/www.gov.br\/agricultura\/pt-br\/plano-safra<\/p>\n

Lembramos que a agropecu\u00e1ria cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2020, enquanto outros setores sofreram retra\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m de abastecer o mercado interno, o agro exportou 17,5% a mais em rela\u00e7\u00e3o ao mesmo per\u00edodo de 2019. Esse cen\u00e1rio nos d\u00e1 a convic\u00e7\u00e3o de que a agropecu\u00e1ria brasileira ser\u00e1 um dos principais motores da retomada econ\u00f4mica, ap\u00f3s a Covid-19, que imp\u00f4s uma situa\u00e7\u00e3o dram\u00e1tica, nunca vista, em esfera global. Desde in\u00edcio da pandemia, entre as diversas medidas adotadas pelo Mapa – como forma de apoiar o produtor nesta \u00e1rea \u2013 est\u00e3o a publica\u00e7\u00e3o da resolu\u00e7\u00e3o 4.801 do Conselho Monet\u00e1rio Nacional, que permitiu prorrogar prazos e capitalizar os produtores afetados pela crise; a antecipa\u00e7\u00e3o de recursos para o Garantia Safra e de recursos do Funcaf\u00e9.<\/p>\n

Foram adotadas tamb\u00e9m a\u00e7\u00f5es pelo Mapa para os pequenos produtores, agricultores familiares e comunidades tradicionais. Houve a destina\u00e7\u00e3o de R$ 500 milh\u00f5es para o Programa de Aquisi\u00e7\u00e3o de Alimentos, em conjunto com a Conab e com os minist\u00e9rios da Cidadania e da Economia, al\u00e9m da manuten\u00e7\u00e3o dos recursos do programa de alimenta\u00e7\u00e3o escolar para aquisi\u00e7\u00e3o e doa\u00e7\u00e3o de cestas.<\/p>\n

AgriBrasilis – Sobre a pandemia que estamos vivenciando, haver\u00e1 comida para todos?<\/strong>
\nMinistra da Agricultura do Brasil –<\/strong> Neste per\u00edodo da pandemia, houve aumento de produ\u00e7\u00e3o agropecu\u00e1ria, das contrata\u00e7\u00f5es de cr\u00e9dito rural – inclusive para investimentos – e das exporta\u00e7\u00f5es. Cen\u00e1rio esse que evidencia que o setor foi relativamente menos afetado em rela\u00e7\u00f5es a outras \u00e1reas da economia nacional, com a exce\u00e7\u00e3o de segmentos espec\u00edficos, assegurando a continuidade do pleno abastecimento do mercado interno em todas as regi\u00f5es do pa\u00eds. O Mapa teve sucesso em garantir o suprimento de alimentos \u00e0 sociedade brasileira e em manter o interc\u00e2mbio comercial fluindo.<\/p>\n

Neste cen\u00e1rio de uma crise de sa\u00fade, o Brasil conquistou recorde de exporta\u00e7\u00f5es agr\u00edcolas, como j\u00e1 mencionado. Nossa agricultura mostrou, mais uma vez, a sua import\u00e2ncia para o desenvolvimento do pa\u00eds, mesmo em situa\u00e7\u00e3o adversa, cumpriu seu papel de guardi\u00e3 da seguran\u00e7a alimentar com sanidade e sustentabilidade. Gra\u00e7as aos nossos produtores, trabalhadores rurais e entidades e empresas do setor, venceremos juntos essa pandemia. As primeiras a\u00e7\u00f5es do Mapa foram a cria\u00e7\u00e3o de um comit\u00ea para monitorar os impactos da pandemia e a publica\u00e7\u00e3o de uma portaria detalhando as atividades essenciais para garantir o funcionamento do setor.
\nTamb\u00e9m foram elaboradas recomenda\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas para diversos setores com diretrizes na preven\u00e7\u00e3o da contamina\u00e7\u00e3o nos locais de processamento, beneficiamento, transporte e comercializa\u00e7\u00e3o dos produtos. Al\u00e9m disso, foram elaboradas tamb\u00e9m recomenda\u00e7\u00f5es para o funcionamento de setores como frigor\u00edficos, transporte de alimentos, colheita, feiras e sacol\u00f5es.<\/p>\n

Diferente de outros pa\u00edses, o Brasil n\u00e3o sofreu interrup\u00e7\u00f5es no funcionamento do setor. Isso foi e est\u00e1 sendo essencial para a normalidade do fluxo de abastecimento da nossa popula\u00e7\u00e3o. Ainda neste cen\u00e1rio, um dado a ser destacado \u00e9 o Valor Bruto da Produ\u00e7\u00e3o Agropecu\u00e1ria (VBP) de 2020. De acordo com dados atualizados em maio, est\u00e1 estimado em R$ 703,8 bilh\u00f5es, 8,5% acima do obtido em 2019 (R$ 648,4 bilh\u00f5es). O valor \u00e9 recorde desde que iniciou a s\u00e9rie hist\u00f3rica, em 1989. As lavouras tiveram alta de 11%, com R$ 469,8 bilh\u00f5es, e a pecu\u00e1ria obteve R$ 234 bilh\u00f5es, acr\u00e9scimo de 3,9% do observado no ano passado.<\/p>\n

A safra recorde de gr\u00e3os estimada em 250,5 milh\u00f5es de toneladas, os pre\u00e7os agr\u00edcolas e o desempenho favor\u00e1vel de algumas lavouras, como o caf\u00e9 e a cana-de-a\u00e7\u00facar, s\u00e3o decisivos para estimarmos e esses valores. Mas, mais uma vez, refor\u00e7am a grandiosidade e a for\u00e7a do campo.<\/p>\n

AgriBrasilis – V\u00e1rias empresas estrangeiras, sobretudo da China e da \u00cdndia, t\u00eam investido no setor de pesticidas no Brasil. Nos \u00faltimos tr\u00eas anos houve um incremento consider\u00e1vel na aprova\u00e7\u00e3o de registros de agrot\u00f3xicos. Mesmo assim o tempo para aprova\u00e7\u00e3o e o acesso ao mercado ainda \u00e9 muito longo, podendo chegar a 10-12 anos. Tratando-se de um insumo, qual o motivo da demora?<\/strong>
\nMinistra da Agricultura do Brasil – <\/strong>Na verdade, o tempo \u00e9 menor do que o citado na pergunta. Ele varia de seis a oito anos, sendo que para os produtos de baixo impacto o prazo \u00e9 de um ano. A necessidade de se utilizar esse prazo tem um motivo: a legisla\u00e7\u00e3o brasileira \u00e9 uma das mais rigorosas do mundo, alinhando-se \u00e0s melhores pr\u00e1ticas regulat\u00f3rias dos pa\u00edses da Organiza\u00e7\u00e3o para a Coopera\u00e7\u00e3o e Desenvolvimento Econ\u00f4mico (OCDE). Por conta disso as an\u00e1lises desses produtos s\u00e3o extremamente t\u00e9cnico-cient\u00edficas e demandam, naturalmente, tempo para an\u00e1lise por tr\u00eas diferentes \u00f3rg\u00e3os. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov\u00e1veis (Ibama) analisa o produto do ponto de vista do impacto ambiental. A Ag\u00eancia Nacional de Vigil\u00e2ncia Sanit\u00e1ria (Anvisa) avalia\u00a0 a quest\u00e3o do impacto na sa\u00fade. J\u00e1 o Minist\u00e9rio da Agricultura, Pecu\u00e1ria e Abastecimento (Mapa) investiga a efic\u00e1cia do produto para a cultura. Tudo \u00e9 feito com muito cuidado.
\n<\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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