2<\/sup> de folhas, considerando apenas uma face foliar.<\/p>\nV\u00e1rios fatores afetam a efici\u00eancia das aplica\u00e7\u00f5es: condi\u00e7\u00f5es meteorol\u00f3gicas, volume de aplica\u00e7\u00e3o, tipo de equipamento, caracter\u00edsticas morfol\u00f3gicas da cultura, bico de pulveriza\u00e7\u00e3o, etc.<\/p>\n
Geralmente na recomenda\u00e7\u00e3o de defensivos, as doses s\u00e3o de alguns gramas ou ml de formula\u00e7\u00e3o por hectare. Dessa forma, a dose recomendada \u00e9 dilu\u00edda em determinado volume de \u00e1gua para que o produto seja uniformemente distribu\u00eddo na \u00e1rea foliar da cultura.<\/p>\n
Para conseguir distribui\u00e7\u00e3o uniforme, o l\u00edquido precisa ser transformado em got\u00edculas, que devem ser dispersas pela superf\u00edcie da cultura, para garantir que o problema fitossanit\u00e1rio seja controlado com a dose mais adequada. Infelizmente, a efici\u00eancia desse processo com os m\u00e9todos convencionais \u00e9 muito baixa.<\/p>\n
Em 1896 j\u00e1 eram descritas tr\u00eas categorias de bicos utilizados na agricultura:<\/p>\n
1) com orif\u00edcios el\u00edpticos ou retangulares, que emitiam jatos em forma de leque;<\/p>\n
2) com obstru\u00e7\u00f5es postas imediatamente \u00e0 frente do orif\u00edcio de sa\u00edda do l\u00edquido, que tamb\u00e9m produziam jatos em forma de leque (bicos de impacto);<\/p>\n
3) bicos que promoviam rota\u00e7\u00e3o do l\u00edquido imediatamente antes de sua emerg\u00eancia pelo orif\u00edcio de sa\u00edda, produzindo um jato formato c\u00f4nico e vazio no interior do cone.<\/p>\n
Esses bicos s\u00e3o at\u00e9 hoje os mais utilizados na aplica\u00e7\u00e3o de defensivos. Eles conseguem arremessar gotas em distancias curtas, entre 20 a 60 cm. Para que gotas atinjam dist\u00e2ncias maiores, \u00e9 necess\u00e1rio usar ventiladores ou aumentar a press\u00e3o de trabalho.<\/p>\n
V\u00e1rias pesquisas demostraram que gotas pequenas proporcionam melhores resultados no manejo fitossanit\u00e1rio. Por\u00e9m, got\u00edculas com pequenas massas possuem pouca energia cin\u00e9tica e sofrem efeito da deriva, com baixa captura pelos alvos.<\/p>\n
A maior efici\u00eancia de utiliza\u00e7\u00e3o de gotas pequenas somente ocorre em condi\u00e7\u00f5es especiais. Para garantir efici\u00eancia em suas pulveriza\u00e7\u00f5es, agricultores utilizam bicos que produzem gotas grandes (maior do que 200 mm).<\/p>\n
Para que gotas pequenas sejam coletadas pelo alvo, livres da deriva, \u00e9 necess\u00e1rio acrescentar for\u00e7as \u00e0s mesmas. For\u00e7as el\u00e9tricas podem ser introduzidas para controlar seus movimentos, inclusive contra a gravidade. Por exemplo, gotas com carga eletrost\u00e1tica apresentam a habilidade de se depositarem na p\u00e1gina abaxial (inferior) das folhas durante pulveriza\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Gotas de uma nuvem eletrificada pr\u00f3xima a um corpo aterrado ir\u00e3o se movimentar seguindo linhas de fluxo. Devido \u00e0 natureza curvil\u00ednea dessas linhas, as gotas projetadas por um bico poder\u00e3o atingir todos os lados do alvo.<\/p>\n
Al\u00e9m disso, gotas de uma nuvem eletrificada t\u00eam mesma polaridade e se repelem, melhorando a uniformidade da deposi\u00e7\u00e3o no alvo.<\/p>\n
Bico Pneum\u00e1tico Eletrost\u00e1tico<\/strong><\/p>\nA Embrapa Meio Ambiente patenteou um bico pneum\u00e1tico eletrost\u00e1tico que trabalha com tens\u00f5es de indu\u00e7\u00e3o muito baixas, em torno de 1.500 volts, com carga de nove Microcoulomb por grama de l\u00edquido pulverizado.<\/p>\n
Cada Microcoulomb de carga causa incremento de 10% na deposi\u00e7\u00e3o de gotas. Gotas produzidas pelo dispositivo apresentam tamanho entre 20 e 50 mm. \u00a0Se o bico pneum\u00e1tico estiver produzindo gotas de 30 mm, em cada mililitro ser\u00e3o produzidas 70.735.365 gotas.<\/p>\n
No caso de um bico hidr\u00e1ulico, que produz gotas relativamente finas, seriam produzidas somente 565.883 gotas por mililitro, por exemplo. A biodisponibilidade das gotas produzidas pelo bico eletrost\u00e1tico \u00e9 125 vezes maior.<\/p>\n
Pulveriza\u00e7\u00f5es eletrost\u00e1ticas hidr\u00e1ulicas ou pneum\u00e1ticas aumentam a efici\u00eancia das deposi\u00e7\u00f5es entre 20 e 90% em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s pulveriza\u00e7\u00f5es convencionais, dependendo das caracter\u00edsticas da cultura em que \u00e9 realizada a aplica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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Novas tecnologias<\/strong><\/p>\nA Embrapa Meio Ambiente e a empresa Socer est\u00e3o desenvolvendo um antievaporante de gotas. Faz muita falta no mercado um produto que fa\u00e7a com que uma gota de 80 mm perca apenas 20 a 30% do seu volume durante a trajet\u00f3ria entre o bico de pulveriza\u00e7\u00e3o e o alvo de aplica\u00e7\u00e3o. Certamente ser\u00e1 extremamente ben\u00e9fico para uso de drones em pulveriza\u00e7\u00e3o, permitindo dr\u00e1stica redu\u00e7\u00e3o no volume de aplica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Al\u00e9m disso, a Embrapa Meio Ambiente est\u00e1 desenvolvendo um sistema de calibra\u00e7\u00e3o de deposi\u00e7\u00e3o de calda de pulveriza\u00e7\u00e3o. O equipamento, muito barato, analisa o grau de cobertura de deposi\u00e7\u00e3o de defensivos nas plantas.<\/p>\n
Por fim, dispomos de muitas novidades com rela\u00e7\u00e3o aos bicos eletrost\u00e1ticos. Uma delas \u00e9 a pulveriza\u00e7\u00e3o simult\u00e2nea de at\u00e9 seis produtos sem mistura de tanque, armazenados separadamente na m\u00e1quina, com potencial de uso agr\u00edcola e industrial.<\/p>\n
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