Principais pragas agrícolas no Brasil

principais pragas agrícolas
Publicado em: 28 de abril de 2022

Lista com as 83 principais pragas agrícolas que apresentam risco fitossanitário para o Brasil foi definida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), resultado de um trabalho coordenado pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária.

Pragas foram classificadas em três categorias de risco: muito alto, alto e médio.

“A relação de pragas hierarquizadas de maior risco fitossanitário materializa o retrato atual dos principais problemas fitossanitários que afligem os produtores nacionais”, afirma a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro.

Resultados serão utilizados como base para priorização de processos de registro de agrotóxicos e como subsídio à tomadas de decisão em programas oficiais de prevenção e controle de pragas, para a atualização de parâmetros fitossanitários relativos aos padrões de qualidade de sementes e mudas e para o realinhamento com relação às prioridades de pesquisa científica.

As principais pragas agrícolas para a agricultura nacional estão listadas abaixo, classificadas como categoria de risco “muito alto” pelo estudo.


CATEGORIA DE RISCO: MUITO ALTO

  • Amaranthus palmeri – Planta daninha de crescimento rápido e extremamente agressiva. Apresenta resistência aos herbicidas. Foi encontrada pela primeira vez no Mato Grosso, em 2015. 
  • Bemisia tabaci – Conhecida como mosca branca. Uma das pragas mais importantes para agricultura mundial, afetando tomate, soja, feijão e algodão. Espécie cosmopolita e polífaga (tendo múltiplos hospedeiros). Dano direto pela sucção da seiva e danos indiretos pelo desenvolvimento de fungos nas plantas atacadas. 
  • Xanthomonas citri – Causa doença conhecida como cancro cítrico, de muita importância para a citricultura. A bactéria penetra através dos estômatos ou feridas nas plantas. Ocasiona lesões em folhas, frutos e ramos. Controle é realizado através da inspeção constante e eliminação de plantas contaminadas. 
  • Ralstonia solanacearum raça 2 – Bactéria causadora da murcha bacteriana. Ataca grande números de plantas, principalmente as da família Solanaceae (composta por tomate, batata, pimentão, jiló, dentre outras).
  • Candidatus Liberibacter asiaticus – Bactéria causadora do greening (também conhecido como HLB ou huanglongbing), doença destrutiva nos citros e de grande ameaça para a citricultura mundial. 
  • Schizotetranychus hindustanicus – Ácaro praga exótico dos citros. De importância quarentenária, foi recentemente introduzido no Brasil. Causa grave redução no valor comercial dos frutos. 
  • Ceratitis capitata – Conhecida como mosca do mediterrânea, ou mosca das frutas. Afeta diversas culturas, como abacate, café, citros, goiaba, maçã, mamão, dentre outras. O ataque dessa praga causa sérios danos aos frutos, causando halo característico de aproximadamente 2 cm no local de postura da mosca, com coloração escura, que facilita a entrada de fungos oportunistas. 
  • Bactrocera carambolae – Também chamada de mosca da carambola. Ataca várias espécies frutíferas, tais como carambola, manga, caju, laranja e acerola. As larvas da mosca penetram nos frutos, causando danos diretos. 
  • Helicoverpa armigera – Lagarta polígena exótica no Brasil, atacando diversas culturas, principalmente soja, milho e algodão. Seu controle é difícil pois toleram naturalmente muitos inseticidas e doses que controlam outras espécies, além de desenvolverem resistência com grande rapidez. 
  • Spodoptera frugiperda – Conhecida como lagarta do cartucho, sendo uma das principais pragas do milho, algodão e soja no Brasil. Desenvolveu resistência a inseticidas e tem alta dispersão, sendo necessário manejo a nível regional.
  • Tetranychus urticae – Chamado de ácaro rajado, ataca inúmeras culturas de importância no Brasil, como algodão, maçã, mamão e tomate, e vêm desenvolvendo resistência a fungicidas químicos. É de difícil controle devido a ausência de inimigos naturais.
  • Botrytis cinerea – fungo que afeta a pós colheita, caracterizado pelo aparecimento de um mofo cinzento na planta. Afeta diversas culturas, tanto em fase vegetativa quanto reprodutiva, sendo que seu controle é feito com pulverização de fungicidas a partir do começo de floração.
  • Xanthomonas campestris pv. viticola – Causa doença do cancro bacteriano. Sintomas são o surgimento de pontos necróticos de 1 a 2 mm de diâmetro, que causam a morte do limbo foliar. Relatada pela primeira vez em Petrolina, Pernambuco, em 1998. A doença também foi identificada em Juazeiro, Bahia, e posteriormente no Piauí, no Ceará, Roraima e Goiás

 

FONTE: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento